O poder da caneta.
O poder da caneta e a descida IFR pra SDTK.
Um CNPJ pode até se incomodar, mas se um CPF não botar a cara a bater com seus bolsos repletos dos melhores argumentos, jamais outro CNPJ que pode resolver, vai resolver.
600 pés ou 1.000 pés pra operação noturna?
CPF.
Tem que preencher PLN VFR pra voar numa TMA como a de SP? E as outras TMA? Como fica?
CPF.
Vc jamais infringiu qlqr regra, mas um dia deu mole. Pq começar com multa?
Segundo o cara da ANAC que foi convidado a bater um papo com a gente no hangar da Interávia, era pq a legislação não amparava a possibilidades de advertência.
– Mas pq o DECEA ja prevê a advertência?
Coincidentemente, a legislação da ANAC passou a considerar a possibilidade de advertência, na mesma época em que o Dr. Jackson Valério, estrategicamente convidado a participar da mesma reunião na Interávia, propôs o adendo artigo 289 parágrafo 1º ao CBA, que foi aprovado pelo Congresso por unanimidade, sem emendas.
Vc não sabia, né?
Fim de papo. Agora é cobrar.
CPF.
Vc sabia que agora vc pode pesquisar onde as infrações são mais constantes? Que tal abrir o olho e não ser surpreendido?
CPF.
Lembra da época em que a gente tinha que ficar um bom tempo tentando falar com a Sala AIS por telefone? O primeiro PLN digital da história da aviação civil brasileira saiu da sala dos pilotos da Interávia. Quem recebeu foi a sargento Regina. O tenente Tranin, cuja tese de mestrado no ITA foi justamente esse tema, estava na Interávia com sua equipe pra coisa acontecer. O PR-CMR decolou.
CPF.
Um dia o Operações do DECEA me perguntou numa reunião:
– Flemming, como está o uso do aplicativo FPL BR?
– Não uso. Prefiro o telefone pq resolve qlqr pendência na hora. A 100-11 precisa ser reescrita. Simplificada. As regras pra preencher um PLN VFR devem se conversar com o que acontece, na realidade, qdo um piloto voa VFR.
Tem muita coisa a ser feita.
Conversando com os Controladores de Voo, que são a ponta da lança dos voos VFR, muitos me garantiram duas coisas:
1 – PLN VFR não têm utilidade prática nenhuma. Dá pra resolver tudo durante o voo.
2 – Se for preencher um PLN VFR, tudo o que precisa é: matrícula, origem, destino, POB e autonomia.
Ponto.
Mais nada.
Ou acaba com o PLN VFR ou cria um formulário onde peça só isso: matrícula, origem, destino, POB e autonomia.
Ah! Quer incluir o código ANAC? Sem problemas.
Entende a necessidade de atualizar a 100-11? Esse papo de qual REA vai voar? Qual é a coordenada que vc vai mudar da REA tal pra REA tal? Tem primeiros socorros? Vc acha mesmo que uma missão de Busca e Salvamento vai postergar uma decolagem se vc declarar ter 1º socorros a bordo?!?
Nenhum CNPJ enxerga isso?!?
Essas e diversas outras exigências são baboseiras obrigatórias num plano de voo escrito no estado da arte, mas que não conversam com o que acontece no voo real.
Nem vou entrar na conversa do Point In Space pq o conceito de uma descida para um ponto no espaço não é o mesmo conceito usado para uma trajetória IFRH para um AD específico.
Finalizando.
Que tal ordenar descidas IFR pra aeródromos como Paraty?
Vale a pena?
Quais são os prós e quais são os contras?
Alguém (CPF ou CNPJ) está tão interessado nisso que arregaçou as mangas e está buscando as devidas soluções?
A caneta vai escrever as normas de acordo com as necessidades apresentadas e embasadas nos melhores argumentos.
Ponto.
Não importa se a origem for CPF ou CNPJ.
Gosto de como meus voos estão progredindo. Usei os melhores argumentos e tratei com caras bacanas pra isso acontecer.
Se for pra gente ter uma descida IFR pra SDTK, que seja possível ouvir todos que operam e controlam. Se não, há uma boa possibilidade de não atender quem opera.
Bons voos pra gente!
Abraços.
Ruy Flemming
Coletivo prá cima. Cíclico á frente!
Piloto de Helicóptero Ruy Flemming, Coronel Aviador da Reserva da Força Aérea Brasileira.
Formou-se na Academia da Força Aérea Brasileira – AFA
Piloto do 1º Esquadrão de Instrução Aérea da AFA – 1º EIA, das Aeronaves T-25 e T-27 Tucano, formando centenas de Pilotos Militares na Academia
Piloto de Helicóptero Bell UH-1H do 2º/10º Gav – Busca e Salvamento – SAR –
Piloto da Esquadrilha da Fumaça entre os anos de 1992 e 1995 como #3 Ala Esquerda e #7 Isolado
Piloto de Helicótpero Agusta 109
Ex-Diretor da ABRAPHE – Associação de Brasileira de Pilotos de Helicópteros –
Autorizou transcrever seus artigos, causos, dicas e curiosidades aeronáutica de asa fixa ou rotativa. Para acompanhar o Aviador Ruy Flemming nas redes sociais, acesse o link a seguir RUY FLEMMING NO AR