O único instrumento que consegue se manter ‘orientado’ é o giroscópio, por isso, é usado para produzir o ‘horizonte artificial’.
“É tempo para o conhecimento”
‘A desorientação espacial em voo’
Quanto a sugestão de um colega professor de física e aviador, de se colocar um pêndulo para referência vertical no interior da aeronave, discordo diametralmente.
É de suma importância esclarecer que a ‘vertical’, no avião, geralmente significa a direção do piso da aeronave e não do solo abaixo dela.
Um teste simples: ao voar de jato (ou qualquer outro avião), feche os olhos durante uma curva e tente adivinhar sem observar pela janela, se o avião continua inclinado virando e em que instante ele voltou a posição normal.
É impossível, especialmente se o comando do piloto for suave.
Pois bem, essa é uma típica confusão espacial, porque a força gravitacional durante as curvas sofre a influência da força centrífuga fazendo a força resultante de atuação apontar para o piso do avião (por isso, o copo de água se mantém ‘nivelado) durante a curva e é possível andar pelo avião normalmente apesar da inclinação real em relação ao solo.
A ‘desorientação espacial’, portanto, não poder ser resolvida por um pêndulo, porque este apontará, sempre, a direção da força resultante ( conjugação de todas as forças atuantes) e, não, da foça gravitacional (que indicaria a direção do solo, o verdadeiro ‘para baixo’).
Na realidade, o único instrumento que consegue se manter ‘orientado’ é o giroscópio e, por isso, é usado para produzir o ‘horizonte artificial’.
Coluna de JPassarelli
Cmte. José Passarelli
Engenheiro Cívil
Professor Universitário
Instrutor de Navegação Aérea
Teoria de Voo
Aerodinâmica em Voo em Escolas de Aviação Civil
Escreve voluntariamente para o site AeroJota