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A Importância dos Aviões AT-26 Xavante na Formação dos Pilotos Militares da Força Aérea Brasileira

A passagem dos Aviões AT-26 Xavante nas Unidades Aéreas instaladas na Base Aérea de São Paulo (BASP) / AeroJota Classificados Aeronáutico.

AeroJota_AT-26-Xavante-FAB-4585

Os aviões AT-26 Xavante fabricados pela Embraer desempenharam um papel fundamental na formação dos pilotos militares da Força Aérea Brasileira (FAB), na decada de 1971 a 2013, quando os últimos exemplares pararam efetivamente de voar. Foram fabricados 182 exemplares entre os anos de 1971 a 1983, quando foram entregues as últimas unidades estocadas. O 4º Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque  (4o EMRA) e o 1º/10º Grupo de Aviação (GAV), duas Unidades Aéreas que tinham suas instalações na Base Aérea de São Paulo (BASP), utilizaram o AT-26 Xavante para suas missões diárias.

Aproveitando o gancho da sua leitura, gostaria de informar que no site AeroJota você encontra algumas peças do Xavante a venda para uso decorativo, colecionável, assim como aviões pedalinho infantil vintage, réplica de hélices e capacetes para piloto.

O AT-26 Xavante foi o primeiro avião a jato fabricado no Brasil pela Embraer, sob licença da italiana Aermacchi. Projetado para dois tripulantes, foi inicialmente destinado ao treinamento de pilotos. A FAB operou o Xavante de 1971 a 2013, utilizando-o principalmente para formação de pilotos de caça, treinamentos com armamento, mas também para missões de ataque ao solo, bombardeio e reconhecimento tático.

Em 1981, com a desativação temporária da Esquadrilha da Fumaça que utiliza os clássicos aviões da 2a Guerra Mundial, ainda com motor radial, os lendários T-6, foi criada a Esquadrilha Alouette, que utilizaram por breve período de tempo, sete aeronaves AT 26 Xavante com um detalhe na pintura que os distinguia de outros Esquadrões. 

4º Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (4º EMRA)- Operações Aéreas Especiais.

AeroJota_AT 26 Xavante do 4o EMRA BASP

O Quarto Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (4º EMRA), especializado em Operações Aéreas Especiais, recebeu seu primeiro AT-26 Xavante em abril de 1975, durante a fase de transição da desativação dos AT-6 da Quadragésima Primeira Esquadrilha de Reconhecimento e Ataque (41 ERA) Vampiros. Com a mudança de nome para 4º EMRA, essas novas aeronaves a jato voaram no Esquadrão até 1982, quando o mesmo foi desativado e seus aviões redistribuídos para outras unidades que operavam o AT-26 Xavante.

O 4o EMRA teve participação ativa em atividades contra a Guerrilha na região do Vale do Ribeira em São Paulo e diversas outras localidades. Participou ativadamente utilizando um helicoptero UH-1H no resgate as vítimas do incêndio do Edificio Joelma na cidade de São Paulo no ano de 1974 e teve suma importância no Projeto RADAM BRASIL, nos anos 80, levando pesquisadores em seus helicópteros para a realização de levantamentos em botânica, geologia e mineração na Região Amazônica, dentre outras atividades.

Durante a existência do 4o EMRA, foram realizadas diversas missões de busca e salvamento, transporte de órgãos, transporte de feridos, apoio a equipes em desastres naturais, enchentes, incêndios, acidentes de trânsito, transporte de autoridades, tiveram a participação direta do Esquadrão, assim como apoio a missões do Exercito Brasileiro, no transporte de tropas.

1º/10º Grupo de Aviação (1º/10º GAV) – Esquadrão Poker

AeroJota_AT-26-Xavante-Esquadrao-POKER-BASP

O 1º/10º GAv, Primeiro do Décimo Grupo de Aviação, conhecido como Esquadrão Poker, recebeu seu primeiro AT-26 Xavante em 1976, quando seus antigos aviões A-26 Invader, bimotores com motores radiais, foram desativados. Essa unidade aérea da FAB é destinada ao reconhecimento tático e, para isso, os Xavante receberam em suas asas esquerda um pod de reconhecimento, com 4 câmeras fotográficas.

As aeronaves Xavante do 1º/10º GAV também possuíam uma camuflagem semelhante à do 4º EMRA. O padrão de camuflagem incluía um triângulo branco na parte superior da deriva, onde era inserido o emblema do Esquadrão POKER. Em 1982, o Esquadrão POKER foi transferido para a Base Aérea de Santa Maria (BASM), onde ainda opera atualmente com as aeronaves AMX A-1.

Com essa transferência, a Base Aérea de São Paulo (BASP) perdeu seus dois esquadrões operacionais com aeronaves AT-26 Xavante. No entanto, o 4º EMRA ainda operava os helicópteros multiuso Huey UH-1H e os aviões da 4ª Esquadrilha de Ligação e Observação (4º ELO) com as aeronaves monomotor Neiva L-42.

Hoje, em respeito e homenagem a todos aqueles que passaram por essas duas unidades, a BASP possui em exposição, em frente ao prédio do comando, um exemplar do AT-6 Xavante que voou pela 41ª Esquadrilha de Reconhecimento e Ataque, (41 ERA) Vampiros com prefixo FAB 1478, e um exemplar do AT-26 Xavante, com prefixo FAB 4585, com os emblemas do 1º/10º GAV e 4º EMRA, preservando assim a história desses dois ícones da aviação militar.

Os Veteranos da Força Aérea Brasileirahttps://www.facebook.com/avfab.oficial -, foram convidados pelo atual Cmte Coronel Aviador Tiago a fazerem o restauro dessas duas aeronaves monumentos, trazendo as mesmas, para o seu lugar de destaque, conservadas, pintadas e com novos emblemas em suas fuselagens.

Para saber mais sobre esse projeto va até o link a seguir e pesquise.
https://aerojota.com.br/noticias/

Para conhecer mais sobre o 41 ERA, 4o EMRA e 1o/10o GAv, acesse o link abaixo:
https://historiadafab.rudnei.cunha.nom.br/2020/12/29/esquadrilha-de-reconhecimento-e-ataque-41-esquadrilha-vampiros/

https://historiadafab.rudnei.cunha.nom.br/2021/01/14/embraer-emb-326gb-at-26-xavante/

Ou assista esse vídeo, produzido pelo Cmte Claudio Luchesi da Revista ASAS.
https://www.youtube.com/watch?v=jSLQu83ccX0

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