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A Manobra Lancevaque na Esquadrilha da Fumaça – Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA)

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A manobra acrobática Lancevaque, uma das mais incríveis da Esquadrilha da Fumaça, foi implementada por um dos pilotos do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), e hoje é feita pelo avião número 7, também conhecido como isolado. Essa manobra surgiu por volta do ano de 1981.

O Major Aviador Celso Vilarinho é um nome que se destaca na história da acrobacia aérea na Esquadrilha da Fumaça, e sua trajetória oferece uma visão fascinante de determinação e inovação. Natural de uma família que sempre teve um forte apreço pela aviação, seu interesse pela aeronáutica se manifestou ainda na infância. Para formalizar sua paixão, Vilarinho ingressou na Academia da Força Aérea (AFA), na cidade de Pirassununga–SP, onde recebeu uma educação rigorosa e se destacou entre seus colegas. Durante esse período, não apenas desenvolveu suas habilidades de pilotagem, mas também começou a explorar o mundo da acrobacia aérea.

Celso-Vilarinho_Foto-Divulgacao
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Após completar sua formação, anos depois Vilarinho entrou na Esquadrilha Cometa Branco, utilizando as aeronaves T-25 Universal, já que os aviões antes usados pela Esquadrilha da Fumaça, os North American NA T-6 haviam sido retirados do serviço ativo e aguardavam a chegada dos novíssimos EMB 312 T-27 Tucano. No T-25 Universal, o Capitão Vilarinho teve a oportunidade de voar em diversas apresentações.

Essa experiência foi crucial para seu crescimento como piloto acrobático, pois ele podia observar e aprender com os melhores da época. A primeira fase de sua carreira já revelava seu talento e dedicação à arte do voo, mas foi a busca pela inovação que o levaria ainda mais longe. O Capitão Vilarinho começou a se especializar nas manobras acrobáticas, que eram vistas com certo receio na esfera militar, em virtude de sua complexidade e riscos associados.

Na década de oitenta, o cenário da acrobacia aérea estava em transformação, e o Capitão Vilarinho, impulsionado por sua paixão e talento, decidiu explorar novas possibilidades. A manobra lancevaque, que combina elegância e técnica, se tornou um dos seus marcos como piloto. As influências de grandes nomes da aviação e a ousadia o posicionaram na vanguarda da acrobacia aérea no Brasil. Vilarinho não apenas deixou sua marca na Esquadrilha da Fumaça, mas também se tornou um símbolo de inovação e coragem em um campo que estava em rápida evolução.

T-25-Universal
T-25-Universal

A implementação da manobra lancevaque envolveu um aprofundado processo de pesquisa e desenvolvimento, liderado pelo Capitão Vilarinho, que buscava integrar elementos teóricos à prática da acrobacia aérea. Um dos principais recursos empregados foi o livro ‘Aerobatics’ de Neil Williams, que serviu como referência fundamental durante suas pesquisas. Este compêndio não apenas ofereceu uma base teórica robusta, mas também inspirou a abordagem experimental de Vilarinho, que começou a aplicar os conceitos discutidos nas páginas do livro em seus voos.

O início do processo foi marcado por desafios consideráveis. O Capitão Vilarinho constatou que a transição entre teoria e prática frequentemente apresentava complicações inesperadas. As primeiras tentativas de execução da manobra não atingiram o resultado desejado, levando a uma série de ajustes e retrabalhos. Ele investiu uma quantidade significativa de tempo em testes, ao longo de praticamente um ano, para desenvolver a manobra que buscava. Este período foi crucial para identificar as nuances que diferenciam uma execução satisfatória de uma tentativa primária. O conceito de ‘algo parecido’ com a manobra pretendida de fato se tornou um mantra durante esses testes.

No decorrer desse ano de ajustes, Vilarinho enfrentou dificuldades que variavam desde a precisão dos ângulos de ataque até a implementação correta das dinâmicas de movimento necessárias. Cada falha levou a um aprendizado valioso, permitindo-lhe refinar sua técnica e compor um novo entendimento sobre como a manobra poderia ser estruturada. Estas experiências não apenas moldaram a manobra lancevaque, mas também contribuíram para o crescimento pessoal e profissional do Capitão Vilarinho como piloto acrobático. O exercício de experimentar, falhar e ajustar se tornou uma parte essencial de sua jornada, resultando em uma nova manobra que desafiou os padrões estabelecidos da acrobacia aérea.

O Lomcovák ou Lancevaque é uma manobra de acrobacia aérea reconhecida por sua complexidade e pela exigência técnica que impõe aos pilotos. Trata-se de um movimento que combina várias manobras, resultando em uma queda rápida e aparentemente descontrolada, que, na verdade, é realizada com total domínio do piloto. Essa manobra pode ser vista como uma demonstração de habilidade, na qual um piloto executa voltas, giros e variações de altitude, desafiando as leis da física e criando uma apresentação espetacular para o público.

A origem do termo ‘Lomcovák’ remonta ao mecânico do renomado piloto acrobático Ladislav Bezák, que, durante um show aéreo realizado em 1958, começou a usar essa palavra para descrever uma das acrobacias aéreas de Bezák, que dizia que criou uma analogia humorística, descrevendo sua manobra a um dançarino realizando movimentos ousados e improvisados. Essa comparação não apenas trouxe um sorriso ao rosto do público, mas também ajudou a solidificar o termo no vocabulário da aviação acrobática na Tchecoslováquia.

A manobra Lancevaque começou a ser realizada na Esquadrilha da Fumaça quando a aeronave utilizada na época ainda era o famoso T-25 Universal. Este avião foi aprovado pela Fumaça de 1981 a 1983. O Fumaceiro que se debruçou sobre livros, pesquisou e tentou praticar a manobra para alcançar sua execução foi o Major Celso Luis Cardoso Vilarinho, o então Capitão Vilarinho, no início da década de 80.

T-25-Universal_Imagem-FAB
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A Viagem Decisiva e a Confirmação da Invenção

Uma viagem do Capitão Vilarinho a Pompano Beach, estado da Florida-EUA, foi um marco na trajetória da Esquadrilha da Fumaça e na confirmação da sua inovadora manobra, a lancevaque. Durante essa estadia, Vilarinho teve a oportunidade de voar ao lado do renomado acrobata Clint McHenry, uma figura icônica no mundo das acrobacias aéreas. Este voo não foi apenas uma demonstração de habilidade, mas um momento significativo para Vilarinho, que buscava autenticar sua técnica precisamente desenvolvida.

A experiência de voar com McHenry revelou-se transformadora. Observando o desempenho de McHenry, o Capitão Vilarinho pôde perceber a dinâmica de sua própria manobra em relação às práticas tradicionais de acrobacias. O feedback recebido durante e após o voo foi essencial. McHenry, admirando a singularidade das manobras de Vilarinho, fez comentários que corroboraram a singularidade da técnica que ele havia criado. A interação entre esses dois pilotos não apenas fomentou um senso de validação, mas também ofereceu a Vilarinho uma nova perspectiva sobre sua criação.

Capitao-Celso-Vilarinho_Imagem-FAB
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A confirmação de que Vilarinho não apenas reproduzia manobras existentes, mas que desenvolvia algo original, foi um passo fundamental para solidificar a lancevaque no repertório das acrobacias aéreas. O apoio de colegas, como José Ângelo Simioni, também foi crucial, uma vez que outros pilotos reconheciam a importância dessa inovação. Este contexto colaborativo ajudou a trazer à luz a importância da lancevaque, que se tornaria uma assinatura da Esquadrilha da Fumaça, uma unidade da Força Aérea Brasileira.

Essas interações e experiências durante a viagem a Pompano Beach enfatizam não apenas a relevância da manobra, mas também a riqueza das relações profissionais que podem validar e promover inovações no campo da aviação acrobática.

A execução da manobra Lancevaque, agora executada no avião EMB 312 T-27 Tucano, é um processo que exige precisão e controle absoluto por parte do piloto. O primeiro passo é a preparação adequada, que envolve uma série de verificações no sistema do avião e uma análise cuidadosa das condições meteorológicas. O piloto Major Vilarinho, conhecido por sua maestria em acrobacias aéreas, sempre enfatizava a importância de estar em perfeita sintonia com a máquina. A manobra começa com uma aceleração rápida e um ângulo de ataque ajustado, essencial para iniciar a ascensão vertical.

À medida que o avião ganha altitude, o piloto enfrenta a luta constante contra as forças aerodinâmicas; a sensação de G-forces se intensifica, exigindo resistência física e mental. A tensão acumulada nesse momento é palpável, e o Major Vilarinho afirmava que a concentração total é fundamental para evitar qualquer erro. O som potente do motor do Tucano se torna quase uma canção de motivação, sinalizando que o piloto está em plena operação. Essa combinação de elementos transforma a execução da manobra em um verdadeiro espetáculo de habilidades.

Conforme a manobra avança, a transição para a descida deve ser gerenciada com extrema cautela. O controle dos comandos da aeronave se torna crítico; qualquer desvio pode culminar em uma perda de controle. O Major Vilarinho relatava que, durante esses momentos, a adrenalina e a técnica se entrelaçam, proporcionando uma experiência sensorial única que poucos têm a oportunidade de vivenciar. Finalmente, ao completar a Lancevaque, a sensação de conquista e liberdade é indescritível, refletindo a inovação que pilotos como Vilarinho trouxeram à acrobacia aérea. A contribuição deles continua a impactar a aviação, inspirando futuras gerações a explorar os limites do que é possível nos céus.

Atualmente essa manobra é executada pela Aeronave EMB 314 A-29 Super Tucano, também o número 7, conhecido como “isolado”

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