Todos acompanharam e acompanham os desdobramentos do trágico acidente com o voo 7C2216 da empresa aérea de baixo custo JEJU Air, ocorrido no Aeroporto Internacional de Muan, na Coreia do Sul, na manhã de domingo, 29 de dezembro (09h03 horário local, 21h03 de sábado, horário de Brasília).
O Boeing 737-800, cumprindo o voo 7C2216 da JEJU Air, havia decolado da cidade de Bangkok, na Tailândia, com destino ao Aeroporto Internacional de Muan, no sul da Coreia do Sul, as duas cidades estão separadas por 3.500km em voo. A bordo havia 181 pessoas, sendo 175 passageiros entre 3 e 78 anos e mais 6 tripulantes. Ao chegar ao destino, em sua segunda tentativa de pouso, sem o trem de pouso estendido, o Boeing varou a pista escorregando, e veio a se chocar contra um muro ao final dela. 179 pessoas falecerem no local e apenas 2 sobreviventes membros da tripulação. Um comissário e uma comissária de voo, que estão hospitalizados.
A intenção dessa matéria, não é ser investigador de acidente aéreo, mas fazer nossos leitores questionarem alguns fatos apenas. Cabe as autoridades locais, Boeing e investigadores aéreos, possuidores de mais e detalhadas informações, resolverem investigando a causa ou as causas desse terrível acidente aéreo, o segundo em 22 anos no Coreia do Sul.
Seguindo as informações repassadas pelas autoridades de transporte da Coreia do Sul e por especialistas de fora do país, que acompanham o caso, veremos as versões apresentadas até agora.
De Bangkok na Tailândia até o Muan na Coreia do Sul, o voo com 3.500km transcorreu dentro da normalidade. O Boeing veio para o seu pouso, na cabeceira de pista 19, e por algum motivo ainda não revelado, precisou arremeter e nesse momento foi informado pela torre de controle, sobre pássaros nas imediações do aeroporto. Na arremetida, logo em seguida o avião já declarou emergência, acionando o código transpônder 7700. O código de transpônder 7700 é usado na aviação para indicar que uma aeronave está em perigo e precisa de ajuda imediata. O transpônder é um transmissor de rádio na cabine do avião que se comunica com o controle de tráfego aéreo, no radar. Ele envia dados, como a identificação da aeronave, sua velocidade, altitude e posição.
Depois o Boeing 737-800 foi visto e filmado, soltando labaredas e explosões pelo motor número 2, que fica do lado direito da aeronave. Todos sabem que os aviões comerciais bi motores, podem voar com apenas 1 motor em funcionamento. Existem diversos filmes nas redes sociais de aviões, que ingeriram pássaros em um dos motores na decolagem (ainda pesado com combustível), e continuam voando, sanando as panes e retornam para pouso em segurança.
O voo 7C2216 mesmo estando mais leve na chegada, do que na partida, 3.500km antes, não subiu, para alijar combustível e até ficar mais leve para retornar ao Aeroporto de Muan e fazer um pouco seguro. Nem o circuito correto para pouso ele fez.
Pergunta: Porque isso não aconteceu com o Boeing 737-800 da JEJU Air?
Quando o voo C72216 veio para o pouso, ele já estava com problemas hidráulicos no Trem de Pouso, que a tripulação não conseguiu resolver a bordo. Na realidade ele não veio para pouso, ele fez uma passagem baixa para a torre de controle visualizar a posição do trem de pouso se estava baixado ou recolhido. Nessa primeira passagem, ele arremeteu e já colidiu com um bando de aves, onde o motor número 2 foi o mais atingido, tendo explosões e soltando fogo e fumaça, característica de stol de compressor. O estol de compressor é uma interrupção ou desordem no fluxo de ar nos dutos do motor de um avião, que pode causar uma série de consequências: perda de compressão, turbulências que comprometem a taxa de compressão do motor, empurrar para fora chamas que já ocorrem no processo de combustão, e parece que o motor número 1 também foi comprometido de alguma forma.
Nessa versão (se for correta as informações), a tripulação com problemas nos dois motores, baixa altitude e sem tempo para resolver os problemas, optou em um pouso imediato, sem trem de pouso, sem flap e na cabeceira oposta onde eles iriam realizar o primeiro pouso. Não tinham tempo para fazer o correto. Era ali e naquela velocidade.
Também não ficou claro nessa segunda e última tentativa para pouso, o motivo que ele ficou flutuando 1.200 mts sobre a pista antes de tocar e sair arrastando. Ou se errou na aproximação. A pista tinha um comprimento total de 2.800 metros. Com a velocidade que ele estava, o restante da pista que sobrou foi insuficiente para uma parada sobre ela. E como ele alinhou com o eixo da pista e com a cabeceira, acredita-se que havia motor. Se não 100%, mas um pouco tinha.
Texto já traduzido do site AvHerald – The Aviation Herald: Durante a aproximação final para a pista 19, a aeronave encontrou um bando de pássaros, que foram ingeridos por ambos os motores. Com o trem de pouso já estendido e os flaps ajustados, a tripulação de voo decidiu executar uma arremetida, provavelmente para avaliar a extensão dos danos. No entanto, durante a arremetida, eles retraíram o trem de pouso e os flaps e, posteriormente, experimentaram uma falha de motor duplo em baixa altitude devido à ingestão de pássaros. Com tempo insuficiente para iniciar a APU para restaurar os sistemas hidráulicos, eles tentaram retornar e pousar na pista 01 sem a configuração adequada do trem de pouso e dos flaps. Infelizmente, eles pousaram muito longe da cabeceira da pista e em uma velocidade excessiva, impossibilitando parar a tempo.
Uma coisa é certa. Entre a primeira tentativa de pouso e o acidente, os pilotos tiverem panes graves no avião e pouco, ou nenhum tempo para resolver. A decisão de vir para pouso imediato, era a única solução viável naquele momento. Não daria para para ficar voando e solucionando panes. O Comandante do Boeing 737-800 acidentado, é funcionário da JEJU Air desde março de 2019 e tinha mais de 6.820 horas de voo. E o co-piloto tem mais de 1.650 horas de voo, e está na empresa desde fevereiro de 2023.
O Aeroporto Internacional de Muan continuará interditado até a terça-feira, dia 31 de dezembro, enquanto os peritos recolhem informações e evidências sobre esse desastre. As caixas pretas (que são na cor laranja), com as gravação de dados do voo e de voz, também foram achadas e já estão com as autoridades locais. Somente os peritos após avaliarem todos os dados e fatores poderão emitir um parecer. Nós aqui, apenas aguçamos a curiosidade dos nossos leitores com perguntas, e sem querer ser investigador de acidente aéreo.
Para saber mais sobre esse assunto, leias as matérias abaixo:
Boeing 737-800 da JeJu Air da Coreia do Sul, Tenta Pousar Sem o Trem de Pouso, Vara a Pista e Explode
Novas Imagens mostram o Boeing 737-800 da JEJU Air Voo 2216, Vindo para Pouso Sem o Trem de Pouso Estendido
Acidente Com o Boeing 737-800 na Coreia do Sul, Deixam muitas Dúvidas e Poucas Respostas
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