Aeronave destruída em garimpo ilegal na Terra Yanomami durante operação militar
Ação militar identificou e destruiu aeronave usada por garimpeiros na Terra Yanomami
Militares localizaram e destruíram uma aeronave escondida em uma pista clandestina no garimpo Noronha, situado na região do Alto Uraricoera, em Roraima. A ação ocorreu no dia 18 de junho de 2025, durante uma fase da Operação Catrimani II. Embora estivesse camuflado, o monomotor apresentava indícios de uso recente, o que confirmou seu papel logístico no apoio ao garimpo ilegal.
Para garantir a eficácia da missão, as Forças Armadas utilizaram imagens de satélite e sensores do drone RQ-900 da Força Aérea Brasileira. Como resultado dessa estratégia tecnológica, foi possível verificar movimentações recentes na área e o envolvimento direto da aeronave nas operações clandestinas. Além disso, os militares apreenderam celulares, ferramentas, botijões de gás e galões de combustível.
Tropas da FAB e do Exército atuaram com infiltração rápida e destruição controlada
Equipes de infantaria e engenharia do Exército foram transportadas ao local por um helicóptero H-60 Black Hawk da FAB. Assim que desembarcaram, os militares executaram uma infiltração precisa e controlaram a área com rapidez. Em seguida, procederam à destruição da aeronave de forma segura, neutralizando seu uso futuro por parte dos criminosos.
Com essa medida, as Forças Armadas eliminaram mais um elo da cadeia logística que sustenta o garimpo ilegal na Terra Yanomami. A operação faz parte de uma estratégia mais ampla, que busca sufocar as atividades clandestinas por meio de ações integradas e permanentes.
Marinha bloqueia rotas fluviais e amplia a presença estatal na região
Desde abril de 2024, a Marinha mantém uma força-tarefa fluvial no rio Catrimani, ampliando o cerco contra o garimpo ilegal. No dia 15 de junho, os navios-patrulha fluviais Roraima e Amapá passaram a atuar no bloqueio direto das rotas de transporte utilizadas por garimpeiros. Além disso, o navio-hospital Carlos Chagas deverá integrar a missão nos próximos dias, oferecendo atendimento médico às comunidades indígenas da região.
Essa articulação entre Exército, Marinha e Força Aérea demonstra o esforço do Estado em manter presença contínua e coordenada na área. Ao integrar os eixos terrestre, aéreo e fluvial, a Operação Catrimani II reforça o controle sobre o território e reduz o espaço de atuação dos criminosos.
Dados oficiais apontam queda drástica no garimpo na Terra Yanomami
Entre março de 2024 e fevereiro de 2025, a área ocupada por garimpos ativos caiu 94,11%, segundo informações oficiais. Esse resultado expressivo reflete o impacto direto das operações militares e da presença constante de órgãos de fiscalização. A redução é considerada uma das mais significativas desde o início das ações integradas na região.
Ao mesmo tempo, a Polícia Federal investiga movimentações financeiras suspeitas que somam aproximadamente R$ 39 milhões. Os dados indicam a existência de uma rede sofisticada de lavagem de dinheiro ligada à exploração ilegal de ouro, o que reforça a complexidade da atuação criminosa desarticulada pelo Estado.
Operação Catrimani II fortalece a proteção da Terra Yanomami
A Operação Catrimani II foi criada em 2024, por meio das Portarias GM-MD nº 1.511 e nº 5.831. Desde então, a ação mobiliza Exército, Marinha, FAB, Polícia Federal, Ibama, Funai e outros órgãos públicos. O objetivo é proteger o território e combater crimes ambientais, por meio de ações conjuntas e permanentes na região amazônica.
A Terra Yanomami é o maior território indígena do Brasil, com 9,6 milhões de hectares. Ela abriga cerca de 31 mil indígenas, distribuídos em 370 comunidades, com seis subgrupos linguísticos distintos. Desde janeiro de 2023, a região enfrenta uma emergência em saúde pública, exigindo atenção constante das autoridades.
Destruição da aeronave representa mais um golpe contra a logística do garimpo
A destruição do monomotor escondido representa mais um passo concreto no desmonte da estrutura logística do garimpo ilegal. Ao eliminar esse meio de transporte, as Forças Armadas enfraquecem diretamente o abastecimento dos criminosos e dificultam sua permanência na região.
Dessa forma, o Estado reafirma seu compromisso com a proteção da Amazônia, o combate ao crime ambiental e a garantia dos direitos das populações indígenas. A presença militar, aliada ao uso de inteligência e tecnologia, tem sido fundamental para conter a expansão do garimpo e preservar a integridade da Terra Yanomami.
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