Polêmica na COP30: Aeroporto de Belém suspende contrato por cobrança milionária

Jota

13 de outubro de 2025

aviões estacionados em Belém sob cobrança milionária na COP30_Imagem Ilustrativa

A concessionária NOA – Norte da Amazônia Airports (SPE Novo Norte Aeroportos S.A.) administra o Aeroporto Internacional de Belém (Val-de-Cans / Júlio Cezar Ribeiro). A empresa decidiu suspender o contrato de locação das instalações com a Líder Táxi Aéreo. Essa decisão ocorreu após grande repercussão sobre a cobrança milionária para estacionamento de aeronaves durante a COP30, que ocorrerá em novembro de 2025.

Segundo informações divulgadas pela Folha de S.Paulo, o rompimento aconteceu depois que autoridades federais questionaram valores estimados em mais de R$ 2 milhões por avião. Esse montante foi considerado elevado demais para um evento internacional de caráter climático. Além disso, o episódio gerou desconforto entre organizadores e representantes do governo.

aviões estacionados em Belém sob cobrança milionária na COP30_Imagem Ilustrativa
aviões estacionados em Belém sob cobrança milionária na COP30_Imagem Ilustrativa

A Folha e a InfoMoney apuraram que relatórios da Casa Civil e do Itamaraty indicaram cobranças de até US$ 400 mil (cerca de R$ 2,1 milhões) por aeronave durante o evento. Por essa razão, o governo solicitou uma revisão imediata dos valores.

Essas cifras estão entre as maiores do mundo para serviços semelhantes, o que reforçou a necessidade de apuração. Em resposta, a Líder Aviação declarou que os preços variam conforme porte da aeronave, tempo de permanência e estrutura operacional exigida. Além disso, a empresa afirmou que os valores refletem a própria estrutura de custos do serviço prestado.

O Aeroporto Internacional de Belém é administrado desde setembro de 2023 pela NOA (Norte da Amazônia Airports), consórcio formado pelas empresas Socicam e Dix Empreendimentos. O grupo venceu a 7ª rodada de concessões da ANAC e firmou um contrato de 30 anos, que inclui também o Aeroporto Internacional de Macapá.

De acordo com a concessionária, a escolha da Líder Táxi Aéreo se baseou na experiência da empresa em eventos de grande porte. No entanto, diante das críticas e da repercussão nacional, a NOA suspendeu preventivamente o contrato. O objetivo é reavaliar as condições comerciais e garantir transparência no processo de operação durante a COP30.

Governo analisa medidas após o Aeroporto de Belém suspender contrato na COP30

O caso repercutiu amplamente entre autoridades e gerou preocupação sobre os custos operacionais do evento. Representantes da Casa Civil afirmaram que não há espaço para práticas abusivas e que novas medidas regulatórias poderão ser adotadas. Dessa forma, o governo busca evitar distorções em contratos de hospedagem, transporte e operações aéreas.

Com a suspensão do contrato, o Aeroporto de Belém deve revisar as políticas de tarifação e reforçar a transparência nos serviços. Além disso, a concessionária pretende ajustar seus protocolos internos para garantir preços compatíveis com padrões internacionais. Essa postura visa preservar a imagem do Brasil e assegurar a logística aérea adequada para as delegações estrangeiras que participarão da conferência.

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