Aeroporto de Franca fechado para evento de carros e motos impede pouso de Rionegro e Solimões

Jota

23 de novembro de 2025

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O aeroporto de Franca foi fechado para evento com carros e motos na pista, que obrigou o desviou do voo que transportava a dupla sertaneja Rionegro & Solimões na madrugada deste sábado, 22 de novembro. A aeronave seguia para o Aeroporto Estadual Tenente Lund Presotto, mas encontrou a pista ocupada por corridas. Por isso o piloto redirecionou o pouso para Ribeirão Preto (SP). A dupla comentou a situação em suas redes sociais e criticou o uso do aeródromo para atividades automobilísticas.

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O voo decolou de Chapecó com destino a Franca. Entretanto, ao se aproximar do aeroporto, a equipe confirmou que o evento “1/2 Milha Race 100-200” utilizava toda a pista desde cedo. A competição reúne carros esportivos de alta potência, motocicletas e bloqueia a área de rolamento. Diante disso, Rionegro & Solimões seguiram para Ribeirão Preto e completaram o trajeto por terra.

Solimões afirmou que recebeu a notícia de última hora e demonstrou irritação com o fechamento. Rionegro reforçou a crítica e disse que um aeroporto deve priorizar operações aéreas, não corridas de carros e motos. Ele também divulgou um vídeo que mostrava o evento aplicado na pista do aeroporto, reforçando a preocupação com o uso da infraestrutura aeronáutica para atividades automobilísticas.

Rionegro mencionou o histórico envolvendo o King Air B-200 usado pela dupla. Em pouso anterior em Franca, um parafuso perfurou o pneu do avião e provocou um pouso forçado. O AeroJota registrou o caso. O cantor afirmou que eventos como o atual podem deixar resíduos metálicos ou detritos que prejudicam operações futuras. Por isso, ele questionou a segurança do uso da pista por carros e motos esportivas.

A ANAC comunicou o fechamento por meio de um NOTAM, sigla para Notice to Air Missions. Esse documento informa pilotos sobre alterações operacionais relevantes. O NOTAM foi publicado em 17 de novembro e determinou o fechamento entre 21 e 24 de novembro em razão do evento automobilístico. Além disso, ele reforça a necessidade de previsão e segurança para todas as tripulações. Esse procedimento atende padrões internacionais e evita riscos em operações reais.

Recentemente o AeroJota trouxe um relato detalhado sobre o uso da pista do aeródromo de Franca (SP), para corridas, o que provocou reações de usuários que questionam a real função pública do local. O texto aponta que, além das interdições para montagem, realização e desmontagem de eventos automobilísticos, pilotos e frequentadores do aeródromo indicam que as operações regulares ficam comprometidas.

Ao mesmo tempo, o Aeroclube de Franca vive momento delicado: negociando sua permanência no campo do aeródromo e sem definição clara sobre valores de contrato ou condições operacionais. O cenário mostra que, enquanto o espaço aéreo deveria abrigar ensino de pilotos e atividades aeronáuticas, ele passa por convulsão quando aparece diversão, bebidas e público de entretenimento — num local público, ainda que sob gestão temporária da concessionária, que pôde ver sua administração ser questionada.

Usuários do aeródromo destacam que ninguém é contra o automobilismo ou contra eventos esportivos, mas defendem que cada atividade deve ocorrer no espaço adequado. Eles lembram que aeródromos existem para receber aeronaves, enquanto autódromos atendem competições de carros, motos e caminhões. Segundo os pilotos, essa separação garante segurança operacional e preserva a finalidade pública do aeroporto, que precisa manter suas condições de uso para instrução, aviação geral e voos regulares.

A Rede VOA administra o aeroporto e recebeu questionamentos de veículos de imprensa. Apesar disso, ela não respondeu às solicitações até o fechamento das reportagens. A concessionária também não informou como realizará a inspeção pós-evento. Dessa forma, pilotos e operadores aguardam detalhes sobre o retorno das operações e sobre a limpeza completa da pista após o uso automotivo.

O aeroporto de Franca fechado para evento reacende discussões sobre o uso de aeroportos para atividades sem relação com aviação. Eventos automotivos deixam resíduos – óleos e graxas – e objetos metálicos com possibilidade de danificar, hélices, pneus ou motores de aeronaves. Além disso, aeroportos precisam realizar inspeções rigorosas antes de liberar novamente a pista. Pilotos defendem que locais com voos regulares devem evitar esse tipo de ocupação, já que o risco operacional cresce consideravelmente.

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