Zip‑lock virou polêmica: passageiros enfrentam demora e confusão em Guarulhos
Reforço nas regras de líquidos provoca frustração e filas no embarque internacional em GRU
Nos últimos dias, o Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU), em São Paulo, viveu uma polêmica envolvendo a norma do zip lock. O termo “zip lock” surgiu como apelido popular para esse saco plástico transparente com fechamento (tipo saquinho de cozinha com zíper). Mídia e aeroportos passaram a usar o nome para simplificar, mas juridicamente a regra é só sobre embalagem plástica transparente e fechável. As filas no embarque internacional aumentaram significativamente e, além disso, a falta de informação deixou passageiros confusos e irritados.
A regra, contudo, não é recente. Desde 2019, a Resolução nº 515 da ANAC determina que líquidos, géis, cremes e aerossóis transportados na bagagem de mão em voos internacionais devem estar em frascos de até 100 ml. Além disso, todos os recipientes precisam caber em uma embalagem plástica transparente, fechável e com capacidade máxima de 1 litro. Cada viajante só pode levar um saco plástico, que deve ser apresentado na inspeção.
Passageiros relatam transtornos e filas
Apesar de válida desde 2019, a regra era fiscalizada com flexibilidade até recentemente. Muitos viajantes afirmam que raramente enfrentaram cobranças tão rígidas. No entanto, na última semana, o cenário mudou. Passageiros relataram longas esperas nas filas do raio-x e, consequentemente, atrasos no embarque.
Segundo relatos, diversos viajantes só receberam a informação sobre a obrigatoriedade do saquinho zip lock no momento da inspeção. Dessa forma, muitos precisaram sair da fila para buscar a embalagem, o que aumentou ainda mais a frustração.
Em resposta, a GRU Airport declarou que nenhuma mudança ocorreu nas regras. A administração explicou que os atrasos aconteceram devido à instalação de novos equipamentos de segurança no Terminal 3 e ao treinamento das equipes responsáveis. Assim, a concessionária classificou os transtornos como pontuais.
ANAC esclarece as exigências
A ANAC também se manifestou e reforçou que a norma segue inalterada. Segundo a agência, não há obrigatoriedade de utilizar exatamente um zip lock. A exigência é apenas o uso de uma embalagem plástica transparente que possa ser fechada. Portanto, a recomendação do zip lock é vista como uma boa prática, mas não como uma obrigação absoluta.
Além disso, a ANAC informou que Guarulhos passou a operar com equipamentos modernos doados pelos Estados Unidos. Para completar, agentes foram treinados pela TSA, a agência de segurança norte-americana. A medida tem como objetivo elevar o padrão de triagem e aumentar a segurança das operações.
Recomendações para evitar contratempos
Há especulações de que a presença dos equipamentos da TSA esteja vinculada a acordos bilaterais de segurança entre Brasil e Estados Unidos. Entretanto, a GRU Airport não confirmou oficialmente essa relação.
Enquanto isso, especialistas recomendam que os passageiros se adaptem às regras com antecedência. Portanto, a orientação é clara: frascos de até 100 ml, todos dentro de uma única embalagem plástica transparente e fechável. Além disso, o viajante deve estar preparado para apresentar o saco plástico na inspeção. Para maior tranquilidade, vale confirmar as exigências diretamente com a companhia aérea antes da viagem.
Dessa forma, o passageiro evita transtornos, reduz o risco de atrasos e embarca com maior tranquilidade.
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