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Você acredita que agora até avião precisa pagar pedágio?

Uma prática polêmica voltou a gerar revolta entre operadores, pilotos e oficinas de manutenção. Vídeos, fotos e relatos tomaram conta das redes sociais nas últimas semanas que é a reinstalação de uma estrutura física com cancela, cobrança obrigatória e exigência de reboque de aeronaves. O cenário surpreendeu ainda mais por ocorrer justamente no Aeroporto de Sorocaba, um dos centros mais relevantes da aviação geral no país. O assunto viralizou, reacendendo dúvidas jurídicas e operacionais. Apesar da repercussão, nem a administradora responsável, nem a ANAC haviam se manifestaram até o então.

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Relatos indicam que a cobrança voltou a ocorrer no Aeroporto de Sorocaba (SDCO), considerado um dos centros mais importantes da aviação executiva brasileira. Desde o início do mês passado, pilotos e operadores afirmam que a taxa de R$ 343,60 passou a ser exigida novamente. A quantia serve para liberar aeronaves pela cancela da área privada do aeroporto.

Segundo os relatos, o pagamento precisa ocorrer no ato da saída, exclusivamente com cartão de crédito ou débito. Além disso, o deslocamento da aeronave até a cancela deve ser feito por reboque. Para muitos, o processo compromete a eficiência operacional do aeroporto. Mesmo com toda a repercussão, a VOA e a ANAC não comentaram o retorno da medida.

Esse tipo de cobrança não surgiu agora. Em 2019, a Associação dos Proprietários dos Hangares Particulares do Aeroporto de Sorocaba (Aprohapas) moveu uma ação para suspender a medida. A entidade argumentava que a taxa não possuía respaldo legal. Pouco depois, em julho de 2020, uma liminar concedida pela Justiça suspendeu os efeitos da portaria que autorizava a cobrança.

No entanto, o impasse permaneceu. O caso avançou para a esfera federal e chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde ainda aguarda uma decisão definitiva. Mesmo com esse cenário indefinido, a VOA voltou a aplicar a cobrança — o que gerou um novo ciclo de críticas e discussões.

A cobrança para liberar aeronaves por cancela coloca o Aeroporto de Sorocaba em uma lista que, até então, era formada apenas por curiosidades internacionais. Por exemplo, em Gibraltar, a pista do aeroporto cruza uma avenida principal, e o tráfego de veículos é interrompido toda vez que uma aeronave pousa ou decola. Já em Wakatobi, na Indonésia, duas lápides reais permanecem no meio da pista, exigindo atenção redobrada dos pilotos.

Na Ilha de Barra, na Escócia, a maré interfere diretamente nas operações: quando ela sobe, a pista simplesmente desaparece, já que o pouso ocorre na própria areia da praia. E em Don Mueang, na Tailândia, uma linha de trem atravessa o pátio de aeronaves, criando uma rotina insólita de sincronia entre locomotivas e jatos.

Agora, com o retorno do pedágio para aviões, Sorocaba pode ter conquistado seu lugar nessa galeria internacional de aeroportos nada convencionais. Afinal, enquanto em outros países os desafios vêm da geografia, aqui eles podem surgir da gestão.

https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/video/video-mostra-momento-em-que-aviao-bate-em-cancela-na-pista-do-aeroporto-de-sorocaba-12156658.ghtml

Nas últimas semanas, vídeos e fotos da cancela voltaram a circular nas redes sociais. Vários perfis ligados à aviação geral divulgaram imagens da estrutura funcionando normalmente. Além disso, em grupos de WhatsApp, pilotos compartilharam relatos de surpresa com o retorno da cobrança.

Como se não bastasse o impacto financeiro, o reboque obrigatório aumenta o tempo de liberação da aeronave, o que gera atrasos e frustrações no dia a dia de operação. Para muitos operadores, o processo também demonstra falta de planejamento e comunicação com os usuários do aeroporto.

Apesar da repercussão crescente, nenhuma nota oficial foi divulgada até agora. Tanto a VOA Aeroportos, que administra o terminal, quanto a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) evitam comentar o assunto publicamente. Enquanto isso, os operadores continuam lidando com os efeitos diretos da cobrança, inclusive com riscos jurídicos envolvidos.

O caso de Sorocaba reacende um debate cada vez mais comum na aviação regional: onde termina a gestão eficiente e onde começa o excesso de burocracia? Com a cobrança sendo aplicada antes do julgamento final, cresce o sentimento de insegurança jurídica. Ao mesmo tempo, operadores esperam mais diálogo, clareza e respeito ao que já tramita na Justiça.

Portanto, a situação exige atenção imediata. A aviação geral não pode continuar refém de medidas unilaterais, especialmente quando há decisões judiciais pendentes e silêncio por parte das autoridades reguladoras. O setor espera uma solução que priorize o bom senso — e que respeite o direito de quem voa, trabalha e investe no país.

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