Conheça os aviões presidenciais de Trump e Putin: Air Force One x Ilyushin Il-96-300PU

Jota

18 de agosto de 2025

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Em 15 de agosto de 2025, Donald Trump e Vladimir Putin reuniram-se em Anchorage, no Alaska, para discutir temas geopolíticos centrais, incluindo a guerra na Ucrânia. A chegada dos presidentes chamou atenção pelo simbolismo: um bombardeiro B-2 Spirit sobrevoou a base, escoltado por caças F-35, enquanto F-22 se alinhavam ao fundo. O cenário foi reforçado por um tapete vermelho em formato de “L” e pela estrutura especial batizada de “ALASKA 2025”.

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O desembarque ocorreu em momentos distintos, mas planejados para gerar impacto. Trump chegou às 10h22 e Putin às 10h55. Os dois caminharam lado a lado, cumprimentaram-se diante das câmeras e até dividiram o mesmo transporte. O local escolhido para o encontro, a Joint Base Elmendorf-Richardson, é estratégico: abriga instalações conjuntas da Força Aérea e do Exército dos EUA e funciona como núcleo de defesa do Ártico.

Apesar da expectativa global, a reunião terminou sem acordo formal. Analistas apontaram que Putin saiu fortalecido, ao passo que Trump foi criticado pela falta de avanços práticos. No entanto, ambos destacaram a continuidade do diálogo. Nesse pano de fundo, os aviões presidenciais ganharam protagonismo, reforçando o peso político e simbólico do evento.

O Air Force One é a designação dada ao Boeing VC-25A, uma versão presidencial modificada do 747-200B, é um dos maiores aviões presidenciais do mundo. Mede 70,7 metros, tem envergadura de 64,4 metros e decola com até 377 toneladas. Seu alcance ultrapassa 12.500 quilômetros, com velocidade de cruzeiro de 900 km/h. Além disso, possui capacidade de reabastecimento em voo, o que lhe confere autonomia quase ilimitada em missões intercontinentais.

O Ilyushin Il-96-300PU, por outro lado, é menor. Mede 55,3 metros, tem envergadura de 60,1 metros e peso máximo de 250 toneladas. Seu alcance é de cerca de 11.000 quilômetros, suficiente para missões diplomáticas de longo curso. Com velocidade de 850 km/h, atende bem às necessidades do governo russo, ainda que ofereça menor flexibilidade operacional que seu rival americano.

O interior do Air Force One prioriza eficiência. São 370 m² de espaços organizados em suítes, enfermaria, salas de reunião, escritórios e acomodações para assessores e jornalistas. As cozinhas industriais preparam refeições para cem pessoas, permitindo suporte contínuo em longas jornadas. A configuração reforça a ideia de mobilidade do governo dos EUA.

Já o Il-96-300PU exibe luxo imponente. Decorado em estilo neoclássico, abriga gabinete presidencial, salas de conferência, lounges, academia, bar, chuveiros e sala de jantar. O ambiente reflete o Kremlin em pleno ar, com ornamentos artesanais e símbolos nacionais. O modelo russo não apenas transporta o presidente, mas também transmite imagem de grandeza.

O Air Force One é um verdadeiro bunker aéreo. Equipado com sistemas de comunicação via satélite altamente seguro, resiste a pulsos eletromagnéticos e possui contramedidas contra mísseis. Sua capacidade de operar por longos períodos, graças ao reabastecimento em voo, garante a continuidade do comando mesmo em cenários de guerra nuclear.

O Il-96-300PU, em contrapartida, também funciona como centro de comando aéreo. Oferece comunicações criptografadas, sistemas redundantes e defesa contra ataques eletrônicos. Um detalhe simbólico é a presença do “botão nuclear”, associado ao controle direto das forças estratégicas russas. Embora menos avançado que o modelo americano em autonomia, mantém-se no mesmo patamar em termos de comando e comunicação.

O Air Force One entrou em operação no início dos anos 1990. Em 2018, Trump assinou contrato de US$ 3,9 bilhões para substituir os dois VC-25A por modelos baseados no Boeing 747-8, chamados VC-25B. A entrega está prevista para 2027.

O Il-96 voou pela primeira vez em 1992 e teve produção limitada, restrita à frota governamental russa. Poucas unidades foram fabricadas, todas destinadas a missões presidenciais. Ainda que não tenha sucesso comercial, tornou-se peça central da aviação de Estado da Rússia, preservando autonomia tecnológica frente ao Ocidente.

O encontro de Anchorage destacou não apenas a importância diplomática, mas também o peso simbólico das aeronaves. Na disputa Air Force One x Ilyushin Il-96 comparação, surgem dois conceitos distintos. O modelo norte-americano privilegia eficiência, autonomia e poder de comando ininterrupto. O russo, por sua vez, transmite luxo, imponência estética e continuidade do Kremlin nos céus. Ambos permanecem ícones da aviação de Estado, representando visões opostas de poder global.

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