História distorcida.
Caderno Especial do jornal ‘O Estado de São Paulo’, traz assunto que poucos brasileiros e aviadores sabem da vida do inventor do avião.
Seu suicídio foi registrado como ‘colapso cardíaco’, como era um herói, Santos Dumont não se matou e sim morreu do coração.
Essa foi a versão divulgada na época da morte. Era uma farsa. A mentira acabou registrada no Cartório do Guarujá-SP: ‘Aos 23 de julho de 1932, em Guarujá, compareceu Próspero Ângelo Esmolari e declarou que em seu apartamento do Grande Hotel do Guarujá, neste distrito, às 11 horas do dia de hoje, faleceu o cidadão Alberto Santos Dumont, sexo masculino, cor branca, solteiro, e engenheiro inventor, natural de Minas Gerais e residente em São Paulo, com 59 anos de idade. Atestou o óbito o doutor Roberto Catunda, que deu como causa-morte colapso cardíaco.’
Esmolari era gerente do Grande Hotel La Plage, o cinco-estrelas onde o inventor viveu as últimas semanas de vida. Santos-Dumont ocupava o apartamento 152. No quarto ao lado, ficava Jorge Dumont Villares, o sobrinho que cuidou dele nos últimos meses de vida. No dia 23, após caminhar pela praia, o inventor subiu para sua suíte e se enforcou com duas gravatas no cano do chuveiro.
A morte parou a Revolução de 1932 por um dia. Esse era o texto da Ordem do dia: ‘Em homenagem à memória do imortal pioneiro da aviação, as unidades aéreas do Destacamento do Exército Leste deixarão de bombardear hoje as posições inimigas.’
O luto oficial durou três dias.
Coluna de JPassarelli
Voando Padrão
Cmte José Passarelli
Engenheiro Cívil
Professor Universitário
Instutor de Navegação Aérea, T
eoria de Voo e Aerodinâmica em Voo em Escolas de Aviação Civil.
Escreve voluntariamente para o site AeroJota.
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