Aeroportos

Após apagão na torre, Aeroporto de Vitória volta à normalidade no dia 9 de abril

Na noite de segunda-feira, 7 de abril de 2025, um apagão na torre de controle do Aeroporto de Vitória gerou caos nas operações aéreas. Como resultado, 48 voos foram cancelados até a manhã seguinte, dia 08 de abril. O incidente aconteceu por volta das 18h, quando um pico de energia interrompeu os sistemas operacionais da torre, impedindo pousos e decolagens.

Embora o terminal de passageiros continuasse iluminado com o uso de geradores, a torre de controle não pôde operar com segurança. Consequentemente, a movimentação aérea ficou suspensa por várias horas.

Aeroporto-de-Vitoria-ES

Logo após o início do problema, equipes técnicas foram acionadas para normalizar a situação. As operações visuais noturnas retornaram por volta das 23h10. Em seguida, por volta da 1h da madrugada de terça-feira, os procedimentos por instrumentos foram completamente restabelecidos.

Apesar da retomada parcial, a terça-feira, 8 de abril, ainda registrou atrasos e alguns cancelamentos, principalmente em voos operados pela companhia aérea Gol. No entanto, já na manhã do dia 9 de abril, a Gol confirmou que todas as operações foram normalizadas no Aeroporto de Vitória, sem novos impactos em sua malha aérea.

Adicionalmente, a NAV Brasil, empresa responsável pela torre de controle, enviou técnicos do Rio de Janeiro a Vitória. O objetivo é investigar as causas da falha elétrica e adotar medidas para evitar que eventos semelhantes voltem a ocorrer.

Na manhã do dia 8 de abril, o Procon do Espírito Santo notificou formalmente a Zurich Airport Brasil, empresa que administra o terminal. A notificação exige explicações sobre o apagão na torre do aeroporto de Vitória e a apresentação de medidas adotadas para minimizar os prejuízos causados aos consumidores.

Segundo a diretora-geral do Procon-ES, Letícia Coelho Nogueira, mesmo que as companhias aéreas não tenham causado o apagão, elas têm responsabilidade legal de assistir os passageiros prejudicados, conforme o Código de Defesa do Consumidor.

Usuários relatam falta de assistência durante o apagão

Apesar da retomada gradual das operações após o apagão na torre do Aeroporto de Vitória, muitos passageiros relataram uma experiência frustrante nos momentos mais críticos do incidente.

Conforme relatos colhidos por veículos de imprensa e nas redes sociais, diversos consumidores não receberam assistência adequada por parte das companhias aéreas. Em muitos casos, não houve fornecimento de alimentação, hospedagem ou transporte até locais alternativos.

Além disso, vários passageiros afirmaram que faltaram informações claras sobre o que estava acontecendo e sobre quais seriam seus direitos naquele momento. Para piorar, nem sempre havia funcionários disponíveis para prestar esclarecimentos ou auxiliar os viajantes.

Esses relatos reforçam a importância de que as empresas do setor aéreo estejam preparadas não apenas para lidar com falhas operacionais, mas também para amparar os passageiros de forma humana e eficiente.

Em situações como essa, os passageiros devem conhecer seus direitos. A Resolução nº 400/2016 da ANACAgência Nacional da Aviação Civil, estabelece regras claras para casos de atraso ou cancelamento de voos.

Veja a seguir as obrigações das companhias aéreas conforme o tempo de espera:

  • Após 1 hora: devem oferecer meios de comunicação, como acesso à internet e telefone;
  • Após 2 horas: precisam fornecer alimentação adequada aos passageiros;
  • Após 4 horas: devem garantir hospedagem (quando necessário) e transporte do aeroporto até o local de acomodação.

Além disso, os consumidores podem escolher entre ser reacomodados, receber reembolso integral ou ter o serviço executado por outro meio de transporte. Sempre que necessário, também é possível registrar reclamações nos canais do Procon ou da Anac.

Em conclusão, o apagão na torre do Aeroporto de Vitória reforça a importância de um planejamento eficiente por parte das administradoras aeroportuárias. É essencial que essas empresas estejam preparadas para lidar com emergências, prestando apoio imediato aos passageiros.

Portanto, além de corrigir falhas técnicas, é fundamental adotar medidas preventivas e de resposta rápida. Isso garante mais segurança nas operações e respeito aos direitos do consumidor em casos de incidentes.

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