Atrasos de voos no feriado de Halloween nos EUA refletem efeitos da paralisação do governo

Jota

3 de novembro de 2025

Feriado de Halloween nos EUA registra aumento de atrasos em diversos aeroportos_Imagem Ilustrativa

Os atrasos de voos no feriado de Halloween nos EUA voltaram a evidenciar os impactos da paralisação parcial do governo americano, conhecido como Shutdown. Enquanto a maioria dos passageiros buscava aproveitar o feriado, a falta de pagamento aos controladores de voo da Federal Aviation Administration (FAA) reduziu a capacidade operacional de várias regiões do país.

Além disso, o problema coincidiu com um dos períodos de maior movimento do ano. Como consequência, o tempo médio de espera em solo aumentou, e o número de cancelamentos cresceu em grandes centros urbanos.

Feriado de Halloween nos EUA registra aumento de atrasos em diversos aeroportos_Imagem Ilustrativa
Feriado de Halloween nos EUA registra aumento de atrasos em diversos aeroportos_Imagem Ilustrativa

Operações afetadas pela escassez de controladores e longas filas de embarque

De acordo com a FAA, parte dos principais centros de controle aéreo trabalhou com equipes reduzidas, especialmente nas áreas de Nova York, Chicago e Los Angeles. No Aeroporto Internacional de LaGuardia, por exemplo, o número de atrasos chegou a dobrar em relação à média semanal.

Na Flórida, aeroportos como Orlando e Miami também sentiram os efeitos da redução de pessoal. Por esse motivo, algumas companhias precisaram reprogramar voos e redistribuir horários, buscando equilibrar a carga de trabalho dos controladores disponíveis. Mesmo assim, os passageiros enfrentaram longas filas e decolagens espaçadas.

Desde a pandemia, a aviação americana enfrenta grandes desafios para recompor o quadro de controladores de voo. Muitos profissionais se aposentaram, enquanto as novas contratações continuam aquém da necessidade. Dessa forma, a paralisação do governo agravou um problema que já era antigo, deixando cerca de 13 mil servidores sem remuneração temporária.

Mesmo com escalas emergenciais e remanejamento de equipes, o acúmulo de funções aumentou o tempo de pousos e decolagens. Além disso, conexões precisaram ser canceladas para evitar sobrecarga no sistema.

Preocupadas com o impacto financeiro e reputacional, companhias como United, Delta e American Airlines se reuniram na Casa Branca para pedir ao Congresso a aprovação do orçamento federal. Durante o encontro, o CEO da United, Scott Kirby, afirmou que a indefinição política já causa queda nas reservas e afeta diretamente a confiança dos passageiros.

Enquanto isso, o sindicato National Air Traffic Controllers Association (NATCA) também reforçou o pedido de normalização dos pagamentos. Segundo a entidade, a incerteza prolongada gera estresse entre os profissionais e aumenta o risco de afastamentos por motivos de saúde.

A FAA garantiu que a segurança operacional segue preservada, embora admita que o sistema trabalha sob pressão. Por essa razão, foram adotadas medidas temporárias, como a redistribuição de tráfego entre aeroportos e a limitação de decolagens em horários de pico.

Ainda assim, o episódio deixou evidente a vulnerabilidade da infraestrutura aérea americana. Dessa maneira, especialistas defendem a adoção de políticas permanentes de incentivo à carreira de controlador de voo, além de investimentos em tecnologia e gestão de tráfego.

Com isso, espera-se que futuras paralisações não provoquem o mesmo nível de impacto observado durante o feriado de Halloween.

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