Aviação regional em Santa Catarina pode conectar cidades com voos rápidos e aeronaves de pequeno porte
Governo estuda dois projetos privados com aeronaves de até 19 lugares para reduzir o tempo de viagem no estado
A aviação regional em Santa Catarina pode ganhar uma malha interna conectando os 24 aeroportos do estado com voos curtos e aviões de pequeno porte. A proposta do governo prevê o uso de aeronaves com capacidade entre oito e 19 lugares, em dois projetos apresentados por empresas do setor. O objetivo é oferecer uma alternativa rápida e eficiente ao transporte terrestre, com tarifas acessíveis e impacto positivo na economia e mobilidade regional.
Aviação regional em Santa Catarina quer reduzir tempo de deslocamento
O secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, afirma que a proposta pretende diminuir o tempo de viagem dentro do estado. Como a geografia catarinense é marcada por planaltos e vales, o transporte rodoviário se torna mais demorado. Por esse motivo, ele cita o trajeto entre Caçador e Florianópolis, que leva cerca de seis horas por terra. De avião, esse percurso poderia ser feito em 45 minutos. Além disso, a aviação regional atenderia demandas da saúde, como o transporte rápido de pacientes entre cidades.
Rede pretende integrar os 24 aeroportos de Santa Catarina
Santa Catarina possui 24 aeroportos. Cinco deles são privados e já recebem voos comerciais: Hercílio Luz (Florianópolis), Lauro Carneiro de Loyola (Joinville), Ministro Victor Konder (Navegantes), Humberto Ghizzo Bortoluzzi (Jaguaruna) e Serafim Enoss Bertaso (Chapecó). Os outros 19 têm estrutura para aeronaves de pequeno porte e ficam em cidades como Dionísio Cerqueira, Joaçaba, Caçador, Videira, Curitibanos e Blumenau. Além disso, aeroportos como Três Barras, Lages e São Francisco do Sul também integram a lista.
Governo busca aeronaves adaptadas para pistas curtas
Como os aeroportos menores não têm capacidade para grandes aeronaves, a solução está nos aviões regionais. Um dos projetos propõe o uso do modelo Harbin Y-12, de origem chinesa, com 17 lugares. Durante uma visita à China, entre 20 e 24 de junho, a comitiva catarinense conheceu a fábrica dessa aeronave. Por ser uma opção leve e versátil, o modelo consegue pousar em pistas de 700 a 800 metros. O outro projeto considera aviões ainda menores, com foco em operações de curta distância e manutenção simplificada.
Correia Pinto e Dionísio Cerqueira são pontos estratégicos
Correia Pinto já recebeu voos da companhia Azul, mas perdeu essa conexão em março de 2024. Por isso, o governo negocia com outras empresas para retomar as operações. Já Dionísio Cerqueira, no extremo oeste do estado, voltou a operar em 2023 após ficar fechado por dez anos. Como está localizada na fronteira com a Argentina, a cidade é considerada estratégica para a integração regional e para o desenvolvimento de novas rotas.
Estado analisa subsídios para viabilizar o projeto
Para que a aviação regional em Santa Catarina se torne realidade, o governo considera uma série de medidas de incentivo financeiro. Por esse motivo, estuda conceder isenções fiscais para a compra de aeronaves, peças e combustível, o que reduziria significativamente os custos operacionais. Além disso, analisa a possibilidade de adquirir assentos antecipadamente, garantindo a viabilidade de voos mesmo em períodos com menor demanda. Como complemento, também avalia o financiamento por meio de bancos de fomento, com condições especiais de juros. Dessa forma, espera-se atrair empresas dispostas a investir no transporte aéreo regional. Com planejamento e apoio adequado, o estado pretende criar um sistema funcional e economicamente viável.
Planejamento prevê escolha do projeto até o fim do ano
A definição do modelo deve ocorrer até o final de 2025. A partir dessa escolha, o governo poderá definir as rotas e conexões entre os aeroportos. Dessa forma, a previsão é iniciar as operações em 2026. Inicialmente, a malha deve integrar 12 aeroportos regionais com o terminal de Florianópolis. Assim, Santa Catarina pretende criar uma rede eficiente de voos curtos, com impacto direto no turismo, na saúde e na economia local.
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