Avião Antonov An-24 soviético ainda em operação enfrenta escassez de peças e riscos operacionais
Popularidade do avião Antonov An-24 soviético ainda em operação cresce após sanções internacionais
O avião Antonov An-24 soviético ainda em operação continua ativo em diversas rotas regionais da Rússia, mesmo após mais de 60 anos desde sua criação. Com estrutura robusta e desempenho confiável, o modelo segue útil em regiões remotas e pistas não preparadas. Além disso, a escassez de aeronaves modernas e o bloqueio de peças ocidentais, provocados pelas sanções de 2022, ampliaram sua permanência no espaço aéreo russo.
Detalhes técnicos do Antonov An-24 e suas variantes operacionais
A Antonov desenvolveu o An-24 como um bimotor turboélice nos anos 1950, voltado para voos regionais de curta e média distância. O modelo utiliza dois motores Ivchenko AI-24 com 2.820 hp cada e atinge velocidade de cruzeiro próxima de 450 km/h. O alcance operacional chega a 2.400 quilômetros, com capacidade entre 44 e 52 passageiros, conforme a configuração. Além da versão comercial, o projeto originou variantes cargueiras — como o An-26 — e militares, amplamente empregadas em missões logísticas. Por conta de sua versatilidade e resistência, o An-24 se mantém essencial em regiões isoladas e com infraestrutura limitada.
Robustez soviética mantém o An-24 voando em pistas de gelo e regiões isoladas
A equipe de engenharia da Antonov projetou o An-24 para enfrentar o frio intenso e as condições severas da aviação soviética. O apelido “trator voador” se popularizou justamente por sua habilidade de operar com segurança em ambientes como a Sibéria e o Ártico. Mesmo com idade avançada, as companhias aéreas ainda escalam o modelo em rotas para localidades com infraestrutura precária. Enquanto outras aeronaves exigem manutenção constante, o An-24 prova diariamente sua durabilidade histórica.
Sanções aumentam o valor do An-24 e mantêm sua presença nos céus russos
Desde que as sanções internacionais bloquearam o acesso da Rússia a peças e aeronaves ocidentais, muitas companhias regionais russas — como a Angara Airlines — optaram por manter o avião Antonov An-24 soviético ainda em operação. A Angara, por exemplo, utiliza dez aeronaves do tipo, fabricadas entre 1972 e 1976, e realiza voos regulares em regiões de difícil acesso. Com escassez de peças e frota envelhecida, as operadoras prolongaram ao máximo a vida útil de cada unidade disponível.
Acidente fatal reacende debate sobre riscos operacionais do An-24
Em 24 de julho de 2025, um avião Antonov An-24 soviético ainda em operação caiu durante uma tentativa de pouso em Tynda, no extremo leste da Rússia. A aeronave da Angara Airlines transportava 42 passageiros e seis tripulantes. Infelizmente, todos os ocupantes morreram no impacto. Durante a segunda aproximação, o bimotor desapareceu dos radares e, pouco depois, equipes localizaram os destroços em chamas a 16 quilômetros do aeroporto. As investigações consideram fatores como baixa visibilidade e falha humana. O acidente reacendeu o debate sobre segurança operacional envolvendo aeronaves antigas.
Avião Antonov An-24 soviético ainda em operação continua voando mesmo sob alerta
Apesar do acidente, o avião Antonov An-24 soviético ainda em operação permanece ativo em várias rotas domésticas da Rússia. A robustez da aeronave impressiona, embora a idade da frota e as restrições logísticas aumentem os riscos. Para substituí-lo, o governo russo aposta no UZGA TVRS-44 Ladoga, um novo turboélice projetado para operar em pistas curtas e em temperaturas negativas. Embora o projeto tenha avançado, a produção industrial só deve começar em 2027. Enquanto isso, o veterano trator voador segue decolando diariamente — como símbolo da resistência soviética e da falta de alternativas atuais.
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