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Avião que capotou em Toronto estava rápido demais ao pousar, aponta investigação

Um relatório divulgado pelo Transportation Safety Board (TSB) do Canadá revelou novos detalhes sobre o acidente ocorrido com uma aeronave regional que capotou durante o pouso no Aeroporto Internacional Toronto Pearson, em fevereiro deste ano. O avião havia partido de Minneapolis, nos Estados Unidos, e levava 80 pessoas a bordo, incluindo passageiros e tripulantes. Ao menos 21 ficaram feridos, mas felizmente não houve mortes.

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Segundo a investigação preliminar, a aeronave se aproximou da pista com velocidade excessiva, o que gerou uma aproximação instável — condição perigosa que compromete a segurança da aterrissagem. Um alarme sonoro foi disparado na cabine quando o avião estava a cerca de 200 pés (aproximadamente 61 metros) do solo, indicando que os parâmetros ideais de pouso não estavam sendo atendidos.

Apesar do alerta, a tripulação optou por não arremeter, procedimento que normalmente seria indicado para garantir a segurança da operação.

Após o toque na pista, a aeronave percorreu uma curta distância até perder o controle direcional. O jato desviou para fora do eixo da pista e capotou lateralmente, ficando de cabeça para baixo. Equipes de emergência do aeroporto foram acionadas imediatamente, e a evacuação foi realizada com rapidez.

A cauda, asa direta e a parte superior da fuselagem ficaram seriamente danificadas, e os passageiros foram retirados pelas saídas de emergência. Imagens do local mostraram a aeronave parcialmente destruída, com a fuselagem invertida sobre a neve ao lado da pista.

Aproximação instável é um termo usado na aviação para descrever situações em que o avião, nos momentos finais antes do pouso, não está cumprindo critérios essenciais de segurança — como velocidade correta, ângulo de descida e alinhamento com a pista.

Outros fatores que determinam uma aproximação instável são: ventos laterais fortes, variação do vento repentinamente, proximidade com aeronave a sua frente, ou de outra que acabou de decolar, deixando uma esteira de turbulência para o avião que vem logo atrás, falta de visibilidade.

Companhias aéreas ao redor do mundo treinam seus pilotos para interromper o pouso (arremeter) sempre que uma aproximação instável é detectada, justamente para evitar acidentes. Em muitos casos, seguir com o pouso mesmo após o alarme pode comprometer o controle da aeronave, como aconteceu neste incidente.

Além da velocidade excessiva, o TSB está investigando outros possíveis fatores que podem ter contribuído para a decisão da tripulação:

  • Condições meteorológicas no momento do pouso (vento cruzado, pista molhada, visibilidade reduzida)
  • Fadiga da tripulação, que pode afetar o julgamento
  • Comunicação entre piloto e copiloto
  • Treinamento da tripulação quanto a respostas a aproximações instáveis

Os dados do gravador de voz da cabine (CVR) e do gravador de dados de voo (FDR) já foram recuperados e estão sendo analisados.

A aeronave acidentada era um jato regional do modelo Bombardier CRJ-200, com cerca de 15 anos de operação. Apesar da idade, estava com a manutenção em dia e não apresentava falhas técnicas conhecidas. O modelo CRJ-200 é amplamente utilizado por companhias regionais na América do Norte e tem bom histórico de segurança, apesar de sua produção ter sido descontinuada nos últimos anos.

O Toronto Pearson é o maior e mais movimentado aeroporto do Canadá, recebendo dezenas de milhões de passageiros por ano. O acidente não causou maiores impactos no tráfego aéreo, mas a pista onde o capotamento ocorreu foi temporariamente fechada para remoção da aeronave e inspeção estrutural.

O TSB ainda não divulgou um parecer final sobre o acidente. A conclusão da investigação deve ocorrer nos próximos meses e poderá incluir recomendações de segurança para a indústria aérea.

Incidentes como esse reforçam a importância da adoção rigorosa de protocolos de segurança e do treinamento constante de tripulações para lidar com situações críticas.

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