Colisao-Helicoptero-e-Jato-Comercial-em-Washington
Os primeiros dados extraídos das caixas-pretas do jato comercial Bombardier CRJ-700, operado pela cia aérea American Airlines, que colidiu com um helicóptero militar Sikorsky UH-60 Black Hawk, do Exército Norte Americano, no dia 29 de janeiro sobre o Rio Potomac, próximo ao Aeroporto Ronald Reagan, em Washington, revelaram detalhes importantes sobre os momentos finais antes do impacto. O acidente resultou na morte de todos os 64 ocupantes do avião comercial, assim como os 3 militares que faziam parte da tripulação do helicóptero.
No sábado, dia 1º, o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) realizou a terceira coletiva de imprensa para divulgar as informações iniciais da investigação. Com as caixas-pretas rapidamente recuperadas e enviadas ao laboratório de análise, a equipe conseguiu acessar dados críticos em tempo recorde.
De acordo com Brice Banning, investigador-chefe da NTSB, o Sistema de Prevenção de Colisão de Tráfego Aéreo (TCAS) do CRJ-700 emitiu automaticamente um alerta de tráfego potencial de colisão com o aviso sonoro “TRAFFIC, TRAFFIC” pouco antes do impacto. No mesmo instante, os controladores de voo informaram à tripulação do Black Hawk sobre a proximidade do jato comercial.
A comunicação captada pelo gravador de voz indica que os militares responderam afirmando que tinham a aeronave em vista e foram instruídos a passar por trás do jato. No entanto, um segundo depois, os dados da caixa-preta do CRJ-700 revelam uma “reação verbal” — possivelmente um grito de alerta ou aviso entre os pilotos — seguida por uma manobra brusca no manche para tentar subir e evitar o helicóptero. Infelizmente, poucos segundos depois, o gravador de voz registrou o som de impacto e a gravação foi interrompida.
Os dados preliminares apontam que o helicóptero Black Hawk pode ter violado as restrições de altitude aplicáveis à área. O Black Hawk estava a cerca de 300 pés (aprox. 91 metros) de altitude, acima do limite permitido de 200 pés (aprox. 61 metros) para voos de helicópteros naquela região, enquanto o jato comercial se aproximava a 325 pés (aprox. 99 metros). Especialistas sugerem que a falta de separação adequada, associada a uma possível falha de comunicação entre o controle de tráfego aéreo e as tripulações das aeronaves, pode ter contribuído para a colisão em voo.
Além disso, será investigado se os pilotos do Black Hawk estavam usando seus óculos de visão noturna (NVG) no momento do acidente. Embora o uso desse equipamento fosse esperado durante uma missão noturna de treinamento, há indícios de que os militares possam não ter seguido os procedimentos operacionais adequados.
Os gravadores de voz e dados do Black Hawk foram recuperados, mas apresentavam danos por água. Atualmente, estão passando por um processo de secagem especializado antes da análise completa. Os investigadores da NTSB estão confiantes de que conseguirão recuperar a maioria, se não todos, os dados do dispositivo.
Além disso, outro incidente envolvendo um Embraer E175 da American Eagle e um helicóptero Black Hawk no mesmo aeroporto, ocorrido um dia antes da colisão fatal, está sendo considerado como parte da investigação. A NTSB busca entender se os procedimentos adotados no Aeroporto Ronald Reagan apresentavam falhas sistêmicas.
A NTSB realizará novas coletivas de imprensa nas próximas semanas para divulgar atualizações conforme os dados forem analisados. A Administração Federal de Aviação (FAA) também está revisando os protocolos de segurança e a comunicação entre aeronaves civis e militares em áreas de grande movimento aéreo, especialmente em Washington, D.C.
Essa colisão em voo, levanta questões sobre a segurança em espaços aéreos compartilhados por aeronaves civis e militares, além da necessidade de reforçar os protocolos de prevenção de colisões. Embora o TCAS tenha funcionado como projetado, a coordenação entre os pilotos e os controladores de tráfego será um ponto central na apuração final.
A tragédia em Washington serve como um lembrete da complexidade da aviação moderna e da importância de medidas de segurança mais rigorosas para evitar acidentes semelhantes no futuro.
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