Viagem com avião da FAB para evento privado em Lisboa provoca comparações
Viagem com avião da FAB para evento privado em Lisboa levanta debate sobre custos e recursos públicos
A viagem com avião da FAB para evento privado em Lisboa foi realizada pelo presidente da Câmara dos Deputados em exercício, Hugo Motta, no dia 1º de julho. O evento privado, organizado pela Fundação Getúlio Vargas, chegou à sua 13ª edição em 2025. Esse fórum reúne acadêmicos, autoridades e especialistas para discutir os impactos da Era Inteligente nas relações entre países e instituições.
Viagem com avião da FAB para evento privado teve alto custo gerado pelo parlamentar
Enquanto outros ministros presentes no evento embarcaram em voos comerciais pagos pelos organizadores, Hugo Motta optou pelo uso de uma aeronave oficial. Por isso, o jato utilizado foi um Embraer Legacy 600, pertencente ao Grupo de Transporte Especial (GTE), com matrícula FAB 2585. A aeronave decolou de Brasília, fez escala na Ilha do Sal, em Cabo Verde, e pousou em Lisboa no mesmo dia.
Viagem com avião da FAB para evento privado custaria até R$ 400 mil por trecho
Se esse trajeto tivesse sido realizado por meio de fretamento privado, o custo por hora do Legacy 600 giraria entre R$ 27 mil e R$ 40 mil. Consequentemente, considerando um voo de ida com mais de dez horas, o valor poderia ultrapassar R$ 400 mil por trecho. Em comparação, uma passagem aérea comercial entre Brasília e Lisboa custa entre R$ 1.900 e R$ 2.900, dependendo da companhia e da data de compra.
Evento privado no exterior reuniu majoritariamente brasileiros
Embora o fórum tenha sede em Portugal, a maioria dos participantes era brasileira. Além disso, tratava-se de um encontro com pauta essencialmente voltada a temas internos do Brasil. Isso reforça uma prática pouco comum no cenário internacional. Países como Estados Unidos e os membros da União Europeia não costumam realizar fóruns sobre assuntos domésticos em praias brasileiras. No caso do Fórum de Lisboa, o debate ocorreu fora do território nacional, mesmo sendo voltado quase exclusivamente ao público brasileiro.
Cortes internos na FAB contrastam com uso irrestrito por autoridades
Nos bastidores da Aeronáutica, um documento interno recentemente vazado revelou uma forte contenção de gastos em curso. Entre as medidas informadas, estão a paralisação de cerca de 40 aeronaves, o afastamento de mais de 130 pilotos, a suspensão de programas operacionais e até o cancelamento de participações da FAB em eventos públicos. Além disso, parte das unidades passou a operar em meio expediente. Ainda assim, autoridades seguem utilizando aeronaves públicas para agendas não institucionais, sem qualquer restrição ou reembolso. Portanto, o contraste entre as restrições internas e o uso externo segue evidente.
Uso de avião da FAB para evento privado reacende debate sobre prioridade e responsabilidade
A decisão da autoridade brasileira de usar avião da FAB para participar de evento privado em Lisboa chama atenção diante dos cortes enfrentados pela Aeronáutica. Embora o deslocamento tenha ocorrido dentro das normas, o contraste com os custos elevados e com as limitações operacionais reforça o debate sobre o uso responsável dos recursos públicos. Assim, a prática de usar avião da FAB para participar de evento privado em Lisboa tem gerado comparações constantes com os voos comerciais e com os gastos bancados pelo contribuinte.
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