Aviao-A-321-Da-Lufthansa
Embora os voos comerciais obedeçam a regras rigorosas de segurança, nem todos os riscos são visíveis para o passageiro comum. Recentemente, o setor aéreo europeu foi surpreendido por um relatório oficial que expôs um incidente ocorrido em 2024. Apesar disso, o caso permaneceu fora do conhecimento público por mais de um ano.
Desde então, o episódio envolvendo um avião Lufthansa reacendeu o debate sobre o uso do piloto automático e a ausência temporária de tripulantes na cabine de comando. Por esse motivo, autoridades começaram a revisar os procedimentos operacionais vigentes. Enquanto isso, especialistas defendem mudanças imediatas para reforçar a segurança em voos comerciais.
O voo LH77X, operado por um Airbus A321, partiu do Aeroporto de Frankfurt com 205 pessoas a bordo. O destino era a cidade de Sevilha, na Espanha, e tudo seguia normalmente até por volta das 10h31 da manhã. Foi quando o comandante se ausentou da cabine de comando para atender a uma necessidade fisiológica. Na cabine, permaneceu apenas o copiloto, que minutos antes conversava normalmente sobre as condições meteorológicas do trajeto.
Enquanto o comandante estava fora, o copiloto sofreu um mal súbito. A aeronave seguiu voando sem supervisão humana direta por cerca de 10 minutos. O piloto automático manteve o trajeto estável durante esse tempo. Ao retornar, o comandante tentou acessar a cabine utilizando o código padrão de segurança, mas a porta não abriu. Desconfiado de que havia digitado o código incorreto, tentou novamente várias vezes, sem sucesso.
Preocupado com a falta de resposta do copiloto, o comandante solicitou ajuda da tripulação e acionou o sistema de emergência da porta da cabine, que permite a reentrada após um tempo de espera. Apesar de debilitado, o copiloto conseguiu abrir a porta manualmente às 10h42. Ele estava pálido, suando e visivelmente desorientado. Um passageiro médico e a equipe de bordo prestaram os primeiros socorros ainda em voo.
Diante da gravidade da situação, o comandante decidiu desviar o avião para o Aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas, onde realizou um pouso de emergência cerca de 20 minutos depois. O copiloto foi atendido por uma equipe médica e recebeu o diagnóstico de um possível transtorno convulsivo, condição até então não identificada nos exames médicos exigidos para renovação de sua licença. Como medida preventiva, seu certificado médico foi suspenso.
O episódio só se tornou público em 17 de maio de 2025, com a divulgação oficial do relatório final da Comissão de Investigação de Acidentes e Incidentes de Aviação Civil da Espanha (CIAIAC). O documento aponta que a ausência de uma segunda pessoa autorizada na cabine durante a saída do comandante impediu a rápida identificação da emergência. Na ocasião, a Lufthansa seguia diretrizes da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), que não exigem a presença de um segundo tripulante nesses casos.
Após a análise do ocorrido, a CIAIAC recomendou formalmente à EASA a revisão das normas operacionais, sugerindo a exigência da presença contínua de dois tripulantes autorizados na cabine. A medida, segundo o órgão espanhol, pode ampliar a segurança na aviação e evitar situações semelhantes no futuro. Até o momento, a Lufthansa não emitiu nenhuma nota pública sobre o incidente.
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