Avião SC-105 Persuader é enviado ao litoral paulista após naufrágio
Esquadrão Pelicano da FAB: guardiões do resgate aéreo no Brasil
No domingo, 24 de agosto de 2025, o avião SC-105 Persuader é enviado ao litoral paulista após naufrágio, em uma missão de busca e resgate da Força Aérea Brasileira (FAB). A aeronave de matrícula FAB 6551 partiu da Base Aérea de Campo Grande–MS às 15h10, após a confirmação do acidente marítimo ocorrido próximo à Ilha da Queimada Grande, região de navegação considerada crítica.
A Marinha do Brasil já havia iniciado buscas no mar e pediu apoio aéreo para ampliar a cobertura da área. Com chegada da FAB fortaleceu o esforço conjunto e aumentou as chances de localizar sobreviventes.
Trajeto e padrões de busca do SC-105
O Airbus C-295 SC-105 “Persuader” (FAB 6551) pousou em São José dos Campos–SP às 18h51. Apenas 40 minutos depois, ele decolou novamente em direção ao Parque Estadual Marinho da Laje de Santos. Assim, iniciou padrões circulares típicos de operações SAR, cobrindo grandes áreas em pouco tempo.
Durante a noite, o avião voou baixo e afastado da costa. Por esse motivo, as plataformas de rastreamento deixaram de exibir sua posição até cerca de 23h40. Em seguida, os sinais reapareceram e a tripulação retornou a São José dos Campos, pousando às 00h10 de segunda-feira.
Na manhã seguinte, dia 25 agosto, pouco depois das 08h00, a FAB enviou o SC-105 de volta ao mar. Dessa forma, a continuidade das buscas foi garantida.
O naufrágio e as condições enfrentadas
Pescadores da Baixada Santista relataram que a embarcação era a lancha Jany, de 21 pés (6,4 metros), recém-adquirida pelo condutor. Ele viajava com os pais em um passeio iniciado no sábado. No entanto, o retorno pela rota da Ilha da Queimada Grande coincidiu com a chegada de uma forte tempestade.
A família enfrentou ventos de até 90 km/h, o que tornou a navegação extremamente perigosa. Antes de perder contato, eles transmitiram a última posição em Parcel dos Reis. Logo depois, a comunicação com a Marina do Guarujá interrompeu.
Até a manhã de segunda-feira, ninguém havia confirmado o resgate dos tripulantes. Entretanto, a Marinha manteve navios no local e solicitou colaboração de navegadores da região.
Esquadrão Pelicano: missão e frota de aeronaves
O 2º/10º Grupo de Aviação — Esquadrão Pelicano atua como a principal unidade de busca e salvamento aéreo da FAB. Criado em 1957, iniciou operações na Base Aérea de São Paulo, passou por Florianópolis e, desde 1980, mantém sede na Base Aérea de Campo Grande. Essa posição estratégica garante resposta rápida tanto ao litoral quanto à Amazônia.
A frota atual do Pelicano inclui três SC-105 Amazonas SAR, equipados com radar de longo alcance, câmeras infravermelhas e comunicação via satélite. Além disso, a unidade opera helicópteros H-60L Black Hawk, ideais para resgates verticais e evacuações médicas.
O efetivo reúne pilotos, operadores de sensores, médicos, paraquedistas e mecânicos. Todos recebem treinamento intenso em sobrevivência, mergulho e primeiros socorros. Dessa maneira, o Pelicano mantém prontidão para atuar em cenários hostis, tanto no mar quanto em áreas remotas.
Como o Esquadrão Pelicano é acionado
O acionamento ocorre por meio do SISSAR (Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico), coordenado pelo DECEA. Sempre que surge indício de aeronaves ou embarcações em perigo, os Centros de Coordenação de Salvamento (ARCC) iniciam a missão. Portanto, a FAB consegue responder de forma imediata.
Órgãos como a Marinha e a Defesa Civil solicitam com frequência esse apoio. O lema do esquadrão, “Para que outros possam viver”, expressa claramente o compromisso com a vida. Além das buscas, o Pelicano realiza evacuações aeromédicas e adapta aviões para servir como UTIs aéreas em situações críticas.
Contexto local e desafios da operação
A Ilha da Queimada Grande, também chamada de “Ilha das Cobras”, apresenta correntes fortes e fundos irregulares. Assim, a navegação requer embarcações adequadas e condutores experientes. Em condições de mau tempo, o risco aumenta consideravelmente.
A atual operação mostra a importância da integração entre FAB, Marinha e navegadores locais. A presença do SC-105 e de navios militares amplia a capacidade de resposta do país em emergências marítimas. Além disso, reforça o papel do Esquadrão Pelicano como guardião do resgate aéreo no Brasil.
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