O caça Northrop F-5 Tiger II completa, nesta sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020, 45 anos de bons serviços à Força Aérea Brasileira (FAB), onde acumulou até o momento mais de 300 mil horas de voo.
Foi nesta data, em 1975, que os primeiros 3 aviões F-5 do primeiro lote de 42 adquiridos em Palmadade (EUA), iniciaram seu traslado em voo para o Brasil, para equipar as unidades de Caça da FAB e comecar a substituir os antigos aviões Caças da época.
O traslado das aeronaves dos Estados Unidos para o Brasil foi efetuado por militares da FAB com apoio de um C-130 Hércules em uma operação denominada Tigre.
No total, a FAB recebeu 75 aviões do modelo F-5, adquiridos e trasladados em 3 lotes distintos, sendo que dois dos lotes as aeronaves vieram voando e no terceiro, vieram desmontados.
O Segundo lote com 22 caças F-5 chegou ao Brasil em 1988 e o terceiro e último lote comprado, chegou em 2008 com outros 11 Caças F-5 usados, adquiridos da Força Aérea da Jordânia.
Esses vieram desmontados em aviões cargueiros, que foram recebidos na BASP – Base Aérea de São Paulo e, foram levados em caminhões para revisão e modernização no PAMA-SP – Parque de Material Aeronáutico de São Paulo, local onde até hoje são feitos diversos serviços de manutenção pesada de todos os F-5 em operação na Força Aérea Brasileira.
Os aviões Caça F-5 que chegaram ao Brasil durante a aquisição dos 3 lotes, eram de vários modelos: F-5A (modelo mais antigo e logo desativado; F-5E e F-5B (bi-plano), usado para treinamento dos pilotos e os mais modernos na época o F-5F.
Boa parte deles foram futuramente modernizados pela EMBRAER para o padrão F-5BR, designados F-5EM (Mike) e F-5FM (Fox) e irão operar até sua completa substituição pelos novos F-39E e F-39F Gripen, a partir de 2021.
Aliás, o primeiro F-5E de produção em série do mundo está em serviço na FAB, como o F-5EM FAB 4856.
Com a aposentadoria dos Mirage, em 2013, o F-5 passou a ser a principal aeronave para defesa aérea do espaço aéreo brasileiro.
Hoje, os F-5 integram cinco esquadrões da FAB: o Jambock e o Pif Paf, sediados em Santa Cruz (RJ); o Pacau, sediado em Manaus (AM); o Pampa, sediado em Canoas (RS); e o Jaguar, sediado em Anápolis (GO).
Com duas turbinas a jato e possibilidade de superar a velocidade do som, a chegada dos caças representou um avanço para a defesa aérea do país, com a viabilidade de executar missões de interceptação, patrulha aérea de combate e escolta, ataque ao solo, reconhecimento aéreo e socorro em voo.
O F-5E também foi o primeiro caça da FAB capaz de ser reabastecido em voo.
Crédito das Imagens: Acervo pessoal do Sargento Especialisata da FAB Miguel Arcanjo e do F-5 FAB 4856 do Acervo da Força Aérea Brasileira.
Copilado de artigos do CECOMSAER – Centro de Comunicação Social da Força Aérea Brasileira – e, Revista ASAS
Crédito do Filme do F-5EM Tiger II – The Camper DCS F-5 do Brasil.
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