Aviões dos EUA monitoram Venezuela em meio à recompensa por Nicolás Maduro

Jota

22 de agosto de 2025

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Aviões dos EUA monitoram a Venezuela em missões de vigilância que chamam atenção internacional. O patrulhamento no Caribe envolve aeronaves especializadas em inteligência e combate ao narcotráfico. Além disso, Washington aumentou a recompensa por Nicolás Maduro, ampliando a pressão política sobre Caracas e elevando o impacto diplomático das operações aéreas.

Avião Boeing 707-E3 usado para vigiar a Venezuela pelos EUA

Nos últimos dias, aviões Boeing P-8A Poseidon da Marinha dos EUA e Boeing 707 E-3 Sentry da Força Aérea dos Estados Unidos USAF, foram identificados em espaço internacional próximo à Venezuela. O P-8A Poseidon, baseado em Porto Rico, executa patrulhas marítimas e detecta alvos de superfície e submarinos. Já o Boeing E-3 utiliza seu radar de longo alcance para comandar e controlar o espaço aéreo, garantindo integração com outras unidades.

Esses voos, portanto, fazem parte de uma rotina estratégica que inclui o envio de destróieres com sistema Aegis ao Caribe. As autoridades norte-americanas explicam que o foco principal está na interceptação de rotas de tráfico de drogas e no monitoramento de atividades ilícitas em águas internacionais.

No mesmo período, Washington decidiu elevar a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação de Nicolás Maduro. O valor subiu para US$ 50 milhões no programa de combate ao narcotráfico.

O governo dos EUA afirma que o regime venezuelano mantém conexões diretas com organizações criminosas transnacionais. Para reforçar esse ponto, autoridades citam rotas de cartéis que partem da Venezuela e abastecem o tráfico nos Estados Unidos. Dessa forma, a recompensa atua como complemento a autorização política e jurídica às operações de vigilâncias aéreas em andamento.

Além da questão antidrogas, a aproximação entre Caracas e Moscou gera preocupação em Washington. Em maio, Nicolás Maduro e Vladimir Putin assinaram um tratado estratégico em Moscou que ampliou a cooperação bilateral. Pouco depois, Caracas inaugurou em Maracay uma fábrica de munições Kalashnikov, resultado direto de parceria com a estatal russa Rosoboronexport.

Essas iniciativas demonstram que a Venezuela fortalece seu vínculo com a Rússia. Para os Estados Unidos, no entanto, a movimentação representa risco político e estratégico, já que um aliado de Moscou atua a poucos quilômetros de suas fronteiras.

O governo Maduro denuncia publicamente os voos de vigilância como provocações. Além disso, autoridades de Caracas afirmam que aviões de inteligência norte-americanos sobrevoaram áreas próximas a La Orchila. Essa retórica fortalece a narrativa oficial de ameaça externa e mobiliza apoio interno.

Enquanto isso, os EUA devem manter o padrão de patrulha. O P-8A continuará decolando de Porto Rico em missões de longa duração. Em paralelo, o E-3 seguirá com a cobertura de radar e a integração aérea. Ao mesmo tempo, navios de guerra norte-americanos vão reforçar a vigilância marítima e oferecer suporte às aeronaves.

Aviões dos EUA monitoram a Venezuela com foco em operações antidrogas e em demonstrar força política. Assim, a recompensa de US$ 50 milhões por Nicolás Maduro soma-se às patrulhas aéreas como parte de uma estratégia mais ampla. Desse modo, o Caribe volta ao centro da disputa geopolítica, com Washington, Caracas e Moscou envolvidos em um jogo de alto risco de conflito militar na região.

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