Aviao-Patrulha-CASA-CN-235-da-Forca-Aerea-da-Irlanda
Um avião de patrulha CASA CN 235, da Força Aérea Irlandesa, foi mobilizado recentemente para monitorar e interceptar um navio da Marinha da Rússia que navegava em uma área especial do Atlântico Norte, na próxima costa irlandesa. O local da entrega chamou atenção por sua proximidade com importantes cabos submarinos de telecomunicações, responsáveis por conectar a Europa à América do Norte.
Segundo autoridades de defesa irlandesas, a aeronave – uma CASA CN-235 Maritime Patrol Aircraft, especializada em missões de vigilância marítima – foi acionada após o navio russo ser detectado em águas internacionais, mas próximo da zona econômica exclusiva (ZEE) da Irlanda. A patrulha teve como objetivo monitorar de perto a entrega e garantir que não houvesse qualquer ameaça à infraestrutura submarina instalada na região.
O patrulhamento aéreo também contou com apoio da Marinha Irlandesa, que manteve contato visual com a embarcação russa – YANTAR -, que se identifica como navio de pesquisa -, durante a trajetória. Nenhuma ação hostil foi registrada, mas fontes do governo indicaram que o comportamento do navio foi considerado “atípico” para uma missão convencional de navegação.
O Yantar é um navio russo de coleta de informações suspeito de ser um navio espião. Ele é operado pela Diretoria Principal de Pesquisa Subaquática (GUGI) da Marinha Russa desde 2015.
A presença de um navio militar russo nas imediações dos cabos submarinos manifestou preocupações entre os países ocidentais. Esses cabos são responsáveis por mais de 95% do tráfego global de dados, incluindo transações bancárias, comunicações diplomáticas e trocas de informações entre servidores internacionais.
Durante os últimos anos, a OTAN e outras agências de inteligência alertaram para o risco crescente de sabotagens cibernéticas e físicas nessas infraestruturas estratégicas. Qualquer dano, mesmo que localizado, pode afetar milhões de pessoas e causar perdas financeiras bilionárias.
A vigilância da aeronave irlandesa ocorre em um contexto de tensão crescente entre o Ocidente e a Rússia, especialmente após a invasão da Ucrânia em 2022. Desde então, os países membros da OTAN reforçaram seus sistemas de vigilância aérea e marítima, além de estreitar laços com parceiros não membros da aliança, como a própria Irlanda.
Embora a Rússia não tenha comentado oficialmente o episódio, analistas militares acreditam que a presença do navio poderá fazer parte de uma operação de mapeamento estratégico ou coleta de dados sobre as rotas dos cabos submarinos. A possibilidade de ações de guerra híbrida – que misturam tecnologia, desinformação e sabotagem – é vista com preocupação crescente.
O episódio reforça a importância da vigilância aérea estratégica, especialmente em regiões com infraestrutura crítica. O uso de aviões de patrulha como o CN-235 mostra como as forças aéreas continuam desempenhando um papel fundamental na proteção de ativos não apenas militares, mas também civis.
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