Avião empina no solo e encosta a cauda no chão durante operação na Noruega!
O que causou o incidente com o Boeing 737 que chamou atenção em pleno aeroporto europeu?
O incidente surpreendente durante o desembarque de um voo da Wizz Air
Na terça-feira, 10 de junho de 2025, um Boeing 737‑800 operado pela GetJet Airlines deu um susto em Haugesund, na Noruega. A aeronave, em operação para a Wizz Air, empinou no solo após o pouso, fazendo com que sua cauda encostasse no chão. O desequilíbrio ocorreu durante o desembarque de passageiros e a descarga da bagagem. Embora impressionante, não houve feridos.
Entenda por que o avião empinou no pátio do aeroporto
Ao contrário do que muitos pensam, esse tipo de ocorrência tem explicação técnica. Neste caso, o compartimento dianteiro de carga foi esvaziado antes do compartimento traseiro. Simultaneamente, os passageiros da parte frontal também deixaram a aeronave. Essa combinação fez com que o centro de gravidade se deslocasse para a cauda, provocando o chamado “tail tipping”.
Além disso, a ausência de um suporte de cauda — equipamento comum para evitar esse tipo de situação — contribuiu para o desfecho inusitado.
Aeronave ex-Virgin Australia voltou ao serviço menos de 30 horas depois
O Boeing 737 envolvido no incidente levava o registro LY-UNO e pertence atualmente à GetJet Airlines. Antes disso, ele integrava a frota da Virgin Australia, onde operava com a matrícula VH-VOT. A companhia adquiriu o jato em 2022 e, desde então, o utiliza em voos sob demanda, como foi o caso do fretamento para a Wizz Air.
Após o empinamento, as equipes de solo agiram rapidamente para reestabilizar a aeronave. Como resultado, o avião foi inspecionado, aprovado e liberado para voltar à operação comercial em menos de 30 horas. Esse desfecho comprova a eficácia dos protocolos de resposta rápida adotados no aeroporto de Haugesund.
Repercussão entre entusiastas da aviação e especialistas
A cena do avião empinado rapidamente viralizou em redes como o Reddit. Um técnico compartilhou: “A gente usa tail stand em todos os 800 e Max 8 agora.” Outro completou: “Usar as duas portas para desembarque ajuda bastante no equilíbrio.”
De fato, casos semelhantes já ocorreram com outras variantes do 737, como o 900ER. Contudo, a repetição do problema evidencia falhas nos procedimentos de solo, que deveriam prever esse risco.
O que o setor pode aprender com esse episódio
Situações como essa servem de alerta para toda a cadeia da aviação. Em primeiro lugar, é essencial reforçar o treinamento das equipes de solo quanto à ordem de retirada de passageiros e bagagens. Além disso, companhias aéreas devem revisar seus manuais operacionais e considerar o uso obrigatório de suportes de cauda sempre que houver risco.
Por fim, o incidente destaca que segurança não depende apenas de tecnologia, mas também de disciplina operacional.
Casos anteriores: o MD‑11 e seus riscos em operações de carga
De fato, esse tipo de “tail tipping” não é exclusividade do Boeing 737. Por exemplo, o cargueiro McDonnell Douglas MD‑11F tem histórico de incidentes semelhantes. Em 2013, um MD‑11F da Ethiopian Airlines empinou durante o carregamento em Addis Abeba, provocando danos leves à cauda após o peso se mover repentinamente para trás. Além disso, há relatos nos fóruns aeronáuticos sobre um MD‑11 da Korean Air empinando em Sydney recentemente, reforçando que mesmo as grandes aeronaves podem estar vulneráveis quando o carregamento não é bem conduzido.
Nesse contexto, observa-se que o problema persiste sobretudo nos cargueiros: o MD‑11 tem sensibilidade alta ao balanceamento e requer procedimentos rigorosos de sequência e suporte para evitar que a cauda chegue a tocar o solo.
Caso nacional: Grand Caravan da Azul Conecta quase repetiu o episódio
Recentemente, um avião menor também protagonizou situação similar aqui no Brasil. Um Cessna C208EX Grand Caravan da Azul Conecta, durante o embarque em Viracopos, empinou e encostou a cauda no chão. Segundo a Azul, o episódio teria sido causado por falha no balanceamento durante o embarque de passageiros. Embora não tenha havido danos ou feridos, o incidente reforça que esse risco não está restrito a modelos maiores, mas sim à gestão de peso — até mesmo em aeronaves regionais e executivas.
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