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Boeing tem primeira greve na área de defesa em 30 anos

Desde a madrugada desta segunda-feira, 4 de agosto, cerca de 3.200 trabalhadores da Boeing Defense, Space & Security cruzaram os braços em três unidades nos estados do Missouri e de Illinois. A paralisação, conduzida pela Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM), Distrito 837, é a primeira na área de defesa da fabricante em quase 30 anos. A última ocorreu em 1996, ainda no período da McDonnell Douglas, antes da fusão com a Boeing. Por isso, o movimento representa um marco histórico para a companhia.

Boeing
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A greve na Boeing começou após a rejeição, no domingo, da segunda proposta contratual apresentada pela empresa. O pacote oferecia aumento salarial de 20%, bônus de assinatura de US$ 5.000 e melhorias em férias e aposentadoria. No entanto, para o sindicato, o reajuste não cobre o nível de responsabilidade exigido. Além disso, mantém lacunas nos benefícios previdenciários e cria regras de programação que dificultam o acesso às horas extras. Dessa forma, os sindicalistas entenderam que não houve avanço suficiente para encerrar o impasse.

As unidades de St. Louis e St. Charles, no Missouri, e Mascoutah, em Illinois, fabricam plataformas de alto valor para as Forças Armadas dos Estados Unidos e aliados internacionais. Por esse motivo, a paralisação afeta diretamente programas estratégicos. Entre eles estão o caça F‑15EX Eagle II, o F/A‑18 Super Hornet e sua versão EA‑18G Growler, o jato de treinamento avançado T‑7A Red Hawk e o drone de reabastecimento aéreo MQ‑25 Stingray. Portanto, a greve ameaça cronogramas já considerados apertados.

A greve na Boeing também coloca em risco o desenvolvimento do caça de sexta geração da USAF, parte do programa Next Generation Air Dominance (NGAD). Esse projeto é considerado vital para manter a superioridade aérea dos Estados Unidos. A fabricante recebeu o contrato em março de 2025 e iniciou a expansão de suas instalações em St. Louis para atender à produção da nova aeronave, conhecida como F‑47. Com a paralisação, cresce a preocupação sobre possíveis atrasos, o que pode impactar contratos de alto valor.

Para reduzir os impactos, a Boeing anunciou planos de contingência e mobilizou trabalhadores não sindicalizados a fim de manter parte da produção. Apesar dessas medidas, analistas afirmam que é improvável evitar atrasos em compromissos militares. Vale lembrar que, em 2024, a greve de 33.000 empregados da aviação comercial causou prejuízos significativos. Desta vez, embora o movimento seja menor, ele atinge diretamente projetos de interesse estratégico para os EUA.

A divisão de defesa respondeu por cerca de 30% da receita da Boeing no segundo trimestre de 2025. Após o anúncio da greve, as ações da empresa caíram aproximadamente 1%, sendo negociadas em torno de US$ 219,80. Por outro lado, o sindicato IAM reforçou que está aberto a novas negociações, desde que a empresa apresente avanços concretos nos salários e benefícios. Assim, o resultado final das conversas definirá o futuro imediato dos programas em andamento.

Com quase três décadas sem paralisações nessa divisão, a Boeing enfrenta um cenário delicado. Além de envolver questões trabalhistas, o impasse ameaça o cumprimento de contratos militares sensíveis. A continuidade da greve dependerá das próximas rodadas de negociação. Enquanto isso, programas estratégicos da Força Aérea e da Marinha dos EUA permanecem sob risco de atraso, o que aumenta a pressão para um acordo rápido.

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