Boeing-737-MAX_Foto-Boeing
A Boeing iniciou a repatriação de aeronaves 737 MAX que antes seriam entregues a companhias aéreas da China. A decisão ocorre após o agravamento das tensões comerciais entre os Estados Unidos e o governo chinês. Como resposta às tarifas impostas por Washington, a China determinou a suspensão de novas entregas da fabricante norte-americana.
Nos últimos dias, dois jatos 737 MAX deixaram o centro de finalização da Boeing, localizado em Zhoushan, na China. Um deles, por exemplo, já estava pintado com a identidade visual da Xiamen Airlines. Essa aeronave decolou rumo aos Estados Unidos, com escalas em Guam e no Havaí, antes de pousar em Seattle.
Por esse motivo, a operação foi vista como um movimento estratégico diante das tensões entre os dois países. Enquanto isso, a Boeing não se pronunciou oficialmente sobre o destino dessas aeronaves. Mesmo assim, a expectativa é que elas sejam redirecionadas para outros clientes fora da China.
A disputa comercial entre Estados Unidos e China ganhou novos contornos em 2025. A China elevou suas tarifas de importação para aeronaves norte-americanas, chegando a 125%. Em contrapartida, os Estados Unidos aplicaram tarifas de até 145% sobre produtos chineses. Essas medidas tornaram a aquisição de aeronaves da Boeing financeiramente inviável para operadoras chinesas.
Diante da suspensão das entregas, a Boeing passou a negociar as aeronaves com outras companhias aéreas. Entre os interessados, destacam-se a Malaysia Airlines e a Air India. Ambas as empresas manifestaram interesse em adquirir os jatos originalmente destinados à China, aproveitando a disponibilidade imediata das aeronaves e os slots de produção liberados.
Esse episódio revela como a indústria da aviação está diretamente exposta a tensões geopolíticas. A Boeing, que tinha uma previsão inicial de entrega de 44 aeronaves encomendadas por empresas chinesas, precisará redirecionar essas unidades. Por fim, o caso evidencia a necessidade de estratégias mais resilientes para mitigar riscos comerciais em tempos de instabilidade internacional.
Além disso, essas entregas faziam parte de um plano estratégico para recuperar a confiança no mercado chinês após os anos de restrições sanitárias e operacionais.
No entanto, devido à escalada da guerra comercial entre China e Estados Unidos, o governo chinês orientou suas companhias aéreas a suspenderem temporariamente as encomendas da Boeing. Como resultado, aeronaves que já estavam finalizadas, como as destinadas à Xiamen Airlines, foram devolvidas aos Estados Unidos antes mesmo da entrega.
Diante da suspensão das entregas, a Boeing passou a buscar alternativas comerciais para os jatos encomendados por empresas chinesas. Companhias como a Air India e a Malaysia Airlines demonstraram interesse em adquirir essas aeronaves. A ação da fabricante visa evitar prejuízos com o acúmulo de aeronaves prontas e não entregues.
Vale destacar que o mercado chinês representa aproximadamente 15% das vendas globais da Boeing. Segundo projeções do setor, esse percentual pode subir para 20% nas próximas duas décadas. Portanto, mesmo com o impasse atual, a fabricante norte-americana continuará tentando preservar sua presença em um dos mercados mais promissores do mundo.
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