Doação de helicópteros para a Armada Uruguaia, pedido é enviado ao Congresso
Governo confirma que Brasil vai doar helicópteros para a Armada Uruguaia em acordo de cooperação militar
O governo brasileiro enviou à Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 2216/2025, solicitando autorização para doar dois helicópteros Bell Jet Ranger III (IH-6B) da Marinha do Brasil à Armada Nacional do Uruguai. As aeronaves serão entregues no estado atual de conservação e, além disso, o Uruguai assumirá todas as despesas de transporte e manutenção. Segundo o Ministério da Defesa, a medida reduz custos de desativação e, ao mesmo tempo, mantém as aeronaves operando em missões de interesse regional.
Contexto e objetivos da doação
Embora o orçamento das Forças Armadas esteja restrito, o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que a ação busca fortalecer a Armada uruguaia no cenário sul-americano. Além disso, o projeto pretende ampliar a capacidade operacional do país vizinho e garantir o sucesso de operações conjuntas com a Marinha do Brasil. Essas missões costumam ocorrer em exercícios como a Operação ACRUX, que promove integração e treinamento entre forças militares da região.
Histórico e uso dos helicópteros Bell Jet Ranger III
Ao longo dos anos, os dois helicópteros desempenharam papel relevante na formação de oficiais aviadores da Marinha. Também foram utilizados em missões logísticas de menor complexidade. O Bell Jet Ranger III é reconhecido pela confiabilidade, pela versatilidade e pelo baixo custo operacional, o que explica seu uso em forças militares e policiais de diversos países. No Brasil, entretanto, já existe um processo de substituição por modelos mais modernos, como o Airbus H125 Esquilo (IH-18), dentro do programa de modernização da Aviação Naval.
Impacto estratégico e debate político
A doação dos helicópteros gerou debates no meio militar e político. Isso acontece porque o Brasil enfrenta cortes no orçamento de defesa, afetando inclusive despesas básicas das Forças Armadas. Por um lado, alguns analistas defendem que a medida fortalece a integração regional e, além disso, reforça a diplomacia de defesa. Por outro, críticos argumentam que vender as aeronaves geraria receita e atenderia órgãos nacionais, como Corpos de Bombeiros e forças policiais. Mesmo assim, o governo mantém a decisão e afirma que a cooperação com o Uruguai trará benefícios operacionais, reforçando, assim, os laços históricos entre as duas nações.
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