Campanha contra soltura de balões não tripulados alerta para riscos à aviação e ao meio ambiente

Jota

20 de julho de 2025

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A campanha contra soltura de balões não tripulados mobiliza autoridades federais e estaduais após o registro de mais de 2 mil ocorrências ao longo de 2024. Os dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) mostram que os estados de São Paulo e Rio de Janeiro lideram o número de casos. A prática representa uma ameaça direta à segurança da aviação civil, compromete áreas urbanas e agrava os riscos ambientais. Por isso, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), a SAC e a Polícia Ambiental ampliaram suas ações de combate, tanto preventivas quanto repressivas.

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Os balões não tripulados, geralmente feitos com material inflamável e muitas vezes equipados com artefatos explosivos, comprometem seriamente a segurança nos arredores de aeroportos. Em 2023, por exemplo, ao menos 20 balões caíram dentro da área operacional do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Um deles chegou, inclusive, a lançar rojões ainda em chamas. Em 2025, o número de avistamentos já ultrapassou 120 apenas nessa região. Portanto, o impacto direto nas operações aéreas exigiu a intensificação da campanha contra soltura de balões não tripulados.

A coordenadora de Segurança Operacional da SAC, Raquel Nascimento Rocha, destaca que balões não tripulados podem obrigar pilotos a alterar rotas ou realizar manobras evasivas. Isso compromete o planejamento do voo, além de gerar atrasos, cancelamentos e riscos operacionais. Por conseguinte, a campanha contra soltura de balões não tripulados também visa conscientizar a população sobre os impactos dessa prática ilegal, que ainda é romantizada por parte da sociedade.

Segundo o 1º Tenente Aurélio Alexandre Teixeira, porta-voz da Polícia Ambiental de São Paulo, a corporação trabalha em três frentes principais. Em primeiro lugar, realiza ações educativas com palestras e campanhas. Em segundo, intensifica o patrulhamento em áreas críticas como São José dos Campos, Campinas e a capital paulista. Por fim, atua em operações integradas com o Ministério Público e a Polícia Civil. Além disso, a ANAC e a FAB monitoram o espaço aéreo com radares e postos de observação próximos a aeroportos.

Soltar balões é crime ambiental previsto no artigo 42 da Lei nº 9.605/1998, com pena de detenção de um a três anos. Apesar disso, grupos criminosos seguem atuando com estrutura profissional. Muitos contam com galpões de produção e olheiros para escapar da fiscalização. Apenas no primeiro semestre de 2025, por exemplo, a Polícia Ambiental de São Paulo lavrou 25 autos de infração. Como resultado, as multas aplicadas ultrapassaram R$ 380 mil. A campanha contra soltura de balões não tripulados busca impedir os lançamentos antes que os balões alcancem o espaço aéreo.

A efetividade da campanha contra soltura de balões não tripulados depende do engajamento coletivo. Por isso, as denúncias anônimas são fundamentais para desativar locais clandestinos de fabricação. Os principais canais para denúncia são:

Com isso, a população se torna parte ativa na preservação da segurança aérea.

O crescimento no número de ocorrências em regiões populosas e próximas a aeroportos reforça a urgência da mobilização. A campanha contra soltura de balões não tripulados promove ações conjuntas entre MPor, SAC, Polícia Ambiental, ANAC e Força Aérea. Portanto, garantir a segurança da aviação e preservar o meio ambiente exige envolvimento direto da sociedade, das autoridades e de todos os operadores do setor.

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