EUA se afastam das Forças Armadas brasileiras em meio a crise
Crise na cooperação militar EUA e Brasil: FAB, Marinha e Exército sentem
Os cancelamentos de operações conjuntas entre EUA e Brasil acenderam um alerta dentro das Forças Armadas. A crise começou quando os Estados Unidos suspenderam a Conferência Espacial das Américas, que ocorreria em Brasília no fim de julho. O evento, organizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) em parceria com o Comando Sul dos EUA, foi descartado após notificação enviada em 23 de julho.
O encontro teria importância estratégica, pois reuniria autoridades civis e militares para debater cooperação aeroespacial e defesa. No entanto, a desistência americana expôs a fragilidade diplomática e levantou dúvidas sobre a solidez da parceria de defesa entre os dois países.
FAB e cancelamentos de operações conjuntas entre EUA e Brasil
Apesar do desgaste político, a FAB manteve ativa a cooperação no Exercício Conjunto Tápio 2025, realizado em Campo Grande–MS. A operação incluiu transporte aéreo, lançamento de paraquedistas, evacuação aeromédica e missões de apoio em combate. Os EUA enviaram cargueiros C-17 Globemaster III, que reforçaram a robustez logística das atividades.
Além disso, a interoperabilidade entre as aviações segue como elo mais sólido da cooperação militar. Pilotos e equipes dos dois países atuaram em conjunto, demonstrando que, apesar da crise diplomática, a ligação operacional aérea continua firme. Assim, o Tápio mostrou que ainda existe espaço para colaboração prática.
Marinha cancela Operação Formosa e redireciona esforços
No mar, o cenário foi distinto. A Marinha anunciou em 21 de agosto o cancelamento da Operação Formosa 2025, tradicional exercício anfíbio que reúne fuzileiros navais e aviação embarcada. A ausência dos EUA pesou na decisão, embora a justificativa oficial tenha destacado restrições orçamentárias e a prioridade da Operação Atlas – Armas Combinadas, planejada para reforçar a segurança da COP-30.
Portanto, o cancelamento da Formosa frustrou analistas militares. O exercício simbolizava a capacidade da Marinha em mobilizar meios anfíbios de grande porte. Sua suspensão mostrou como cortes de recursos e a retração de aliados afetam diretamente a prontidão operacional.
Exército observa riscos à Operação CORE
O Exército também acompanha os desdobramentos. A Operação CORE, prevista para a Caatinga e realizada em parceria com tropas norte-americanas, pode ser prejudicada pela atual conjuntura. O treinamento é considerado vital, pois envolve simulações de combate em terreno árido, com uso intensivo de aviação de asa fixa e rotativa.
Caso os cortes se ampliem, a CORE poderá ser reduzida ou adiada. Dessa forma, o Exército perderia mais um espaço importante de intercâmbio de doutrinas e técnicas com as forças terrestres dos EUA.
Cooperação militar e cancelamentos de operações conjuntas entre EUA e Brasil
Os episódios revelam um contraste. A FAB manteve sua ligação aérea com os EUA no Tápio, enquanto a Marinha cancelou seu maior exercício e o Exército avalia o futuro da CORE. Assim, a mensagem transmitida é clara: há um distanciamento progressivo entre EUA e Brasil, que se materializa em cancelamentos sucessivos e incertezas para a agenda militar.
Se esse distanciamento persistir, e caso o socialismo vença as eleições presidenciais em 2026, as Forças Armadas brasileiras poderão ter de aprender a falar e escrever em chinês e russo para manter cooperação internacional. Essa hipótese provoca debates nos bastidores e reforça a preocupação com o futuro da defesa nacional.
Incerteza sobre a participação dos EUA na CRUZEX
Além das operações já impactadas, cresce a expectativa sobre a CRUZEX, maior exercício multinacional aéreo realizado pela Força Aérea Brasileira em Natal–RN. Os Estados Unidos sempre enviaram caças de combate e aeronaves de apoio, fortalecendo a integração da FAB com forças aéreas da América do Sul e da OTAN.
No entanto, após os recentes cancelamentos de operações conjuntas entre EUA e Brasil, surge a dúvida sobre a postura norte-americana. Assim, a próxima edição da CRUZEX tornou-se um ponto de atenção. Caso os EUA optem por reduzir ou suspender sua participação, o Brasil enfrentará uma perda estratégica importante. Portanto, a decisão norte-americana servirá como termômetro da real intensidade da cooperação aérea.
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