Chegada dos caças F-16 argentinos em Buenos Aires terá sobrevoo histórico na Casa Rosada

Jota

22 de novembro de 2025

A chegada dos caças F-16 argentinos em Buenos Aires, prevista para 6 e 7 de dezembro de 2025, promete uma exibição aérea marcante na região, com os F-16 em formação, as aeronaves de apoio da Força Aérea Argentina (C-130 Hércules), acompanhando a operação e o KC-135R da Força Aérea dos Estados Unidos responsável pelo reabastecimento em voo durante o traslado, transformará a capital em palco de uma das maiores exibições aéreas militares da história recente da América do Sul.

Documentos aeronáuticos publicados em sistemas internacionais de NOTAM definem um corredor aéreo exclusivo sobre o centro da cidade, com passagens extremamente baixas sobre a Avenida de Mayo e a Casa Rosada. A operação envolve aeronaves de alto desempenho recém-adquiridas da Dinamarca e exige coordenação complexa entre caças, aviões-tanque e equipes de apoio logístico. Além disso, o planejamento considera protocolos rigorosos de segurança e condições meteorológicas variáveis ao longo de um trajeto superior a quatorze mil quilômetros.

Chegada dos caças F-16 argentinos em Buenos Aires terá sobrevoo histórico_Imagem Ilustrativa

As primeiras seis unidades F-16 A/B MLU, totalmente modernizadas, tiveram pintura e certificação operacional concluídas em Aalborg, na Dinamarca. O comandante da Força Aérea Argentina, brigadeiro mayor Gustavo Valverde, detalhou que o traslado utilizará um KC-135R Stratotanker para reabastecimento em voo, um C-130 Hercules para suporte logístico e um Boeing 737 da FAA que transportará equipes técnicas responsáveis pela manutenção durante cada parada. Além disso, outro C-130 permanecerá em alerta na Argentina para atender qualquer contingência imediata. Essa estrutura garante maior segurança ao voo transcontinental, que cruzará o Atlântico, enfrentará zonas de instabilidade próximas ao Equador e exigirá precisão nas janelas de voo.

Valverde também destacou que o traslado representa um marco operacional para a FAA. A tripulação passará por diferentes fusos horários e precisará monitorar fatores climáticos que influenciam diretamente o desempenho de aeronaves supersônicas em longos deslocamentos. Apesar disso, a operação deverá ocorrer com grande controle, devido ao suporte integrado das equipes de manutenção e navegação.

Os NOTAMs A5139/2025 e A5140/2025 revelam a dimensão da exibição aérea que acompanhará a chegada dos caças F-16 argentinos em Buenos Aires. A área reservada para o display abrange um raio de dez milhas náuticas e afeta temporariamente as zonas de controle dos Aeroportos Internacionais de Aeroparque e Ezeiza. Além disso, o centro geométrico do espetáculo está exatamente sobre a Avenida de Mayo, permitindo uma passagem extremamente baixa com foco visual direto para a Casa Rosada.

A altitude impressiona: do solo até mil pés AGL, cerca de trezentos metros acima do terreno. Essa condição garante visibilidade total para o público, que poderá observar os caças em uma configuração rara em áreas urbanas densamente povoadas. Para aumentar a segurança, a FAA ativou uma área de ejeção controlada nas proximidades de General Rodríguez. Essa zona permite que um piloto direcione a aeronave a um corredor desocupado em caso de falha crítica, garantindo a ejeção com menor risco ao solo.

Apesar da grande expectativa, a rota completa não foi divulgada por razões de segurança. A FAA confirmou que o trajeto envolverá três países e que qualquer divulgação prévia poderia gerar aglomerações em aeroportos intermediários. Além disso, fatores como tempestades tropicais e ventos equatoriais podem exigir ajustes de última hora. Por esses motivos, o plano de voo não será disponibilizado antes da chegada.

Entre os rumores, destaca-se a possibilidade de uma escala na Base Aérea de Natal. No entanto, essa hipótese não foi confirmada, já que a instalação está sendo usada para testes do Gripen com armamentos além do alcance visual. Ainda assim, as aeronaves devem passar próximas ao território brasileiro, pois as rotas atlânticas utilizadas em voos militares para o Cone Sul costumam se aproximar do Nordeste.

Em 2007, o Diário Oficial da União registrou a passagem de seis F-16 da Real Força Aérea Holandesa durante o traslado das aeronaves vendidas ao Chile. Os caças cruzaram o Atlântico com escala em Recife, enquanto um KDC-10 de apoio também utilizou Recife e Salvador como pontos estratégicos. Esse precedente demonstra que o Nordeste brasileiro já serviu como ponte natural para operações envolvendo aeronaves F-16 em direção à América do Sul. Embora isso não confirme a rota atual, esse histórico reforça a relevância geográfica da região e mostra como aeroportos brasileiros podem auxiliar missões transcontinentais.

Apesar do sigilo, três caminhos aparecem como tecnicamente plausíveis. A primeira rota liga a Dinamarca aos Açores ou às Canárias, cruza o Atlântico até o Nordeste brasileiro e segue para Córdoba. Essa opção oferece facilidade logística e aproveita infraestruturas já usadas em traslados anteriores. A segunda rota considera a costa oeste africana antes da travessia direta para o Cone Sul, reduzindo paradas, embora exija maior dependência do KC-135R. A terceira abordagem utiliza o Atlântico Central com escalas discretas ajustadas conforme a meteorologia. Essas análises não representam declarações oficiais, mas ajudam a compreender o desafio operacional envolvido na chegada dos caças F-16 argentinos em Buenos Aires.

A incorporação dos F-16 devolve à Argentina a capacidade supersônica perdida desde a retirada dos Mirage em 2015. Além disso, o sobrevoo no eixo cívico de Buenos Aires reforça o impacto público e político dessa modernização. O pacote adquirido inclui simuladores, treinamento, suporte logístico e peças sobressalentes, garantindo maior disponibilidade operacional. Por isso, a chegada dos caças F-16 argentinos em Buenos Aires representa um marco tecnológico e simbólico para a defesa aérea do país e reacende o interesse pela aviação militar na região.

A chegada dos caças F-16 argentinos em Buenos Aires reúne logística complexa, segurança rigorosa e grande apelo público. A operação destaca a modernização da Força Aérea Argentina e fortalece sua presença no cenário militar sul-americano. Além disso, o sobrevoo histórico sobre a Casa Rosada transformará o evento em um dos momentos mais marcantes da aviação continental. Dessa forma, a chegada dos caças F-16 argentinos em Buenos Aires se consolida como um marco estratégico e simbólico para o final do ano de 2025.

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