Colisão com pássaro Azul 2688 provoca sobrevoo prolongado e retorno ao Salgado Filho
Piloto do voo Azul 2688 declarou pan pan pan após colisão com ave
Na manhã de 19 de junho de 2025, a rotina no Aeroporto Salgado Filho foi novamente interrompida por um incidente envolvendo segurança de voo. O voo Azul 2688, operado por um Airbus A320, decolou com destino a Campinas–SP, mas sofreu uma colisão com pássaro ainda na fase inicial da subida. O impacto obrigou o piloto a declarar “pan pan pan”, código utilizado para sinalizar emergência em situação não crítica, porém com potencial de agravamento. Nesse caso reforça como fatores externos, como a presença de aves, seguem sendo desafiadores mesmo em cenários de alta tecnologia.
Aeronave sobrevoou Vale dos Sinos e Guaíba por quase uma hora
Após o alerta de colisão com pássaro Azul 2688, o controle de tráfego aéreo instruiu a tripulação a iniciar um procedimento de órbitas, mantendo a aeronave em voo sobre o Vale dos Sinos e a região de Guaíba. O objetivo era claro: reduzir o peso da aeronave através da queima de combustível, garantindo assim condições seguras para o retorno. Embora pareça um simples protocolo, o procedimento exige coordenação precisa entre piloto, torre e centro de controle, já que o espaço aéreo precisa ser reorganizado para acomodar o retorno não previsto.
Pouso seguro e pássaro encontrado na taxiway após o incidente
Cerca de uma hora depois da decolagem, o Azul 2688 tocou o solo novamente em Porto Alegre, sem intercorrências. A operação, no entanto, ainda reservava uma imagem simbólica do ocorrido: ao seguir pela taxiway em direção ao terminal, a tripulação percebeu que o pássaro que havia colidido com o nariz da aeronave havia se desprendido, caindo sobre o asfalto. A presença do animal preso ao radome (nariz do avião) durante todo o voo evidencia o ponto do impacto e reforça a eficácia da decisão pelo retorno imediato.
Passageiros seguiram para Campinas em outra aeronave da Azul
Com a aeronave fora de operação para inspeção e manutenção, a Azul Linhas Aéreas acionou rapidamente seu plano de contingência. Por volta das 13h00, os passageiros foram realocados em outro avião e seguiram viagem para o Aeroporto de Viracopos, restabelecendo o fluxo normal. Ainda que o episódio tenha provocado atraso e desconforto, a pronta resposta da companhia e da equipe de solo garantiu que os impactos operacionais fossem minimizados.
Dois incidentes em sequência acendem alerta em Porto Alegre
O fato de a colisão com pássaro Azul 2688 ter ocorrido apenas 15 minutos após o pouso de emergência do voo LATAM 8118 chamou atenção para um dia atípico na aviação gaúcha. Embora os dois casos não tenham ligação direta, a coincidência temporal evidencia a complexidade das operações em grandes centros urbanos. Ambos os incidentes exigiram protocolos rigorosos e comprovaram, mais uma vez, a capacidade da aviação brasileira de lidar com situações adversas de forma segura e eficiente.
Colisão com pássaro Azul 2688 reacende debate sobre segurança contra fauna nos aeroportos
A colisão com pássaro Azul 2688 reforça um ponto sensível para a segurança operacional: o risco de impacto com fauna silvestre. Esses eventos, conhecidos como bird strikes, são mais comuns do que se imagina e podem causar danos significativos às aeronaves. Como resposta, aeroportos têm intensificado o uso de tecnologias de dissuasão, como radares, bioacústica, patrulhamento com cães treinados e até drones autônomos. Essas soluções, embora não eliminem o risco, reduzem sua frequência e contribuem diretamente para a proteção das operações aéreas.
A colisão com pássaro Azul 2688 evidencia riscos invisíveis
O caso da colisão com pássaro Azul 2688 se soma a uma estatística que preocupa especialistas em segurança de voo. Apesar dos avanços tecnológicos e operacionais, a interação entre aviões e fauna silvestre continua sendo um desafio recorrente. O episódio reforça a importância de medidas contínuas de prevenção, atualização de protocolos e investimento em novas tecnologias de mitigação de riscos nos aeroportos brasileiros.
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