Aeroportos Devem Compartilhar Custos com Impactos de Aves, Defende Azul
Executivo da Azul Reforça Debate sobre Segurança e Custos com Aeroportos
O CEO da Azul, John Rodgerson, expressou apoio às recentes declarações do presidente da Latam, Jerome Cadier, sobre os impactos financeiros das colisões entre aeronaves e aves. Em conversa com jornalistas nesta segunda-feira (24.fev.2025), Rodgerson defendeu que os custos desses incidentes deveriam ser compartilhados entre as companhias aéreas e os operadores aeroportuários.

Azul e Latam pedem mudanças na responsabilidade dos prejuízos
Segundo o executivo, as companhias aéreas acabam sendo penalizadas por um problema que foge ao seu controle, já que a responsabilidade pela segurança das operações de decolagem e aterrissagem – momentos mais propensos a colisões com aves – cabe aos administradores dos aeroportos. Ele destacou que a presença de lixões próximos a diversas pistas contribui significativamente para o aumento dessas ocorrências, atraindo um número excessivo de aves.
A segurança dos voos em risco?
“A segurança é o principal valor de qualquer companhia aérea, então estamos juntos nessa questão”, afirmou Rodgerson. “Hoje, quem arca com esse custo somos nós e os passageiros, enquanto os operadores aeroportuários não assumem essa despesa. É frustrante para o setor lidar com fatores fora do nosso controle.
Solução passa por investimentos em infraestrutura
Precisamos de mais investimentos nos aeroportos, especialmente para a remoção de resíduos ao redor dessas áreas, tornando-os mais seguros”. O tema reforça um debate importante no setor aéreo, que busca soluções para minimizar riscos operacionais e redistribuir responsabilidades de maneira mais equitativa. As empresas esperam que esse diálogo incentive melhorias na infraestrutura e na segurança dos aeroportos brasileiros.
Casos recentes evidenciam o problema
Na sexta-feira (21.fev), o presidente da Latam, Jerome Cadier, afirmou que muitas colisões entre aviões e aves poderiam ser evitadas com um melhor manejo da fauna por parte dos municípios e aeroportos. A declaração foi dada um dia após um pássaro colidir com a parte frontal de uma aeronave da companhia, causando danos estruturais.
Impacto das colisões: números preocupantes
Segundo Cadier, a Latam registrou 562 colisões entre aves e aeronaves em 2024, afetando aproximadamente 30.000 passageiros devido a cancelamentos e atrasos de voos. O CEO ressaltou que os custos dos reparos acabam sendo incorporados ao preço das passagens, repassando o impacto financeiro para os consumidores.
GOL também enfrenta problemas com bird strikes
No domingo (23.fev), um avião da GOL, que partiu do Aeroporto de Brasília com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, precisou retornar à origem após um “bird strike” – termo técnico utilizado para colisões com pássaros. O incidente reforça a necessidade de ações efetivas para mitigar esses riscos operacionais e garantir maior segurança no setor aéreo.
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