Colômbia adia assinatura do contrato dos caças Gripen pela segunda vez

Jota

13 de novembro de 2025

Colômbia adia assinatura do contrato dos caças Gripen_Imagem Ilustrativa

A Colômbia adia assinatura do contrato dos caças Gripen novamente, ampliando uma sequência de atrasos que já se arrasta há meses. O acordo, considerado estratégico para substituir a frota envelhecida de IAI Kfir, estava previsto para setembro de 2025 e depois outubro. No entanto, o Ministro da Defesa, Pedro Sánchez, afirmou que a expectativa atual é de formalização apenas em novembro.

Colômbia adia assinatura do contrato dos caças Gripen_Imagem Ilustrativa
Colômbia adia assinatura do contrato dos caças Gripen_Imagem Ilustrativa

A Colômbia adia assinatura do contrato dos caças Gripen alegando “ajustes técnicos e administrativos”, conforme informou o Ministério da Defesa. Segundo o governo, as áreas jurídicas e financeiras ainda analisam cláusulas contratuais, termos de financiamento e garantias associadas ao pacote oferecido pela Saab.

Apesar dos contratempos, o ministro insiste que não há risco de cancelamento. Ele reforçou que a negociação é complexa e envolve diversos órgãos do Estado, o que justificaria o ritmo lento.

O pacote colombiano inclui a aquisição de até 16 aeronaves JAS 39 Gripen E/F, com valor estimado em US$ 3,9 bilhões. O contrato também envolve treinamento, apoio logístico, armamentos, simuladores e possíveis parcerias industriais.

Além disso, a Saab estaria oferecendo um modelo de financiamento facilitado, incluindo créditos suecos e ampliação de contrapartidas industriais. Em paralelo, as negociações de offsets – são contrapartidas que o fornecedor (neste caso, a Saab/Suécia) oferece ao país comprador (a Colômbia) como condição adicional ao contrato -, também passaram por revisões, o que contribuiu para o prolongamento do processo.

Um dos pontos mais sensíveis é que a Colômbia adia assinatura do contrato dos caças Gripen enquanto avalia a participação da Embraer no processo. O Brasil opera o Gripen F-39 e possui linha de montagem, além de capacidade de integração, testes e desenvolvimento.

A possibilidade de que a montagem final colombiana ocorra no Brasil preocupa setores estratégicos de Bogotá, que temem dependência excessiva da indústria brasileira e eventuais impactos em cronogramas se o programa sofrer atrasos.

Ainda assim, a proximidade industrial entre Brasil e Suécia foi considerada um dos fatores que pesaram na escolha do Gripen em relação a outras propostas, como o Dassault Rafale e o Lockheed Martin F-16V.

Com a Colômbia adiando a assinatura do contrato dos caças Gripen pela segunda vez, a nova previsão é que o acordo seja formalizado até o fim de novembro de 2025. Caso isso não ocorra, abre-se um cenário de incerteza futura, especialmente considerando que os Kfir já operam no limite da vida útil. Ainda assim, o governo afirma que o processo não está comprometido.

Por enquanto, o discurso oficial permanece otimista. O Ministério da Defesa afirma que a assinatura “é uma questão de tempo” e que a Colômbia seguirá comprometida com a modernização de sua capacidade de defesa aérea. Além disso, técnicos envolvidos no programa reforçam que a urgência operacional torna o projeto ainda mais necessário.

Mesmo com a Colômbia adiando a assinatura do contrato dos caças Gripen em um momento crítico para a renovação de sua frota de combate e com ajustes pendentes e análises internas, o governo sustenta que o programa avançará. Se confirmado em novembro, o Gripen deverá se tornar o principal vetor de defesa aérea do país pelas próximas décadas, fortalecendo a proteção do espaço aéreo e ampliando a capacidade de dissuasão.

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