Em 1950, a Amazônia tinha 17 pistas para pouso e decolagens, apenas três, Belém-PA, Manaus-AM e Santarém-PA eram asfaltadas.
A Comissão de Aeroportos da Amazônia (CAA) foi criada em 1953, em um contexto que demandava a expansão das capacidades de transporte aéreo na Região Amazônica. A formação da CAA ocorreu em resposta a um cenário de necessidade crescente por infraestrutura que conectasse as áreas remotas da Amazônia ao resto do Brasil, facilitando não apenas a mobilidade da população, mas também a integração econômica e social. Com criação desse órgão que foi um marco importante, visto que a região apresentava desafios logísticos significativos, incluindo extensões territoriais vastas, densidade populacional reduzida e um ambiente natural complexo.
Nos anos que se seguiram à fundação da CAA, o órgão passou por várias fases de reestruturação e adaptação, refletindo as mudanças nas prioridades do governo brasileiro e nas necessidades da população local. Em dezembro de 1956, a Comissão de Aeroportos da Amazônia evoluiu para a Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA), sinalizando uma abordagem mais abrangente e integrada na gestão do transporte aéreo na região. Essa evolução foi impulsionada pela crescente demanda por serviços aéreos confiáveis e pela necessidade de promover o desenvolvimento regional através de melhor conectividade.
A COMARA enfrentou desafios consideráveis desde o início de suas atividades. A geografia única da Amazônia, marcada por florestas densas e uma rede fluvial complexa, complicava as operações logísticas e a construção de infraestruturas adequadas. Além disso, questões sociais e econômicas também influenciavam a eficácia das iniciativas da comissão. Todavia, com a persistência e dedicação, a COMARA contribuiu significativamente para o fortalecimento da infraestrutura aérea na Amazônia, se tornando um vetor essencial para a mobilidade e o desenvolvimento regional.
A Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) desempenha um papel crucial na promoção da infraestrutura de transporte aéreo na região amazônica, uma área caracterizada por desafios logísticos significativos. A principal função da COMARA é a construção e manutenção de aeroportos, fundamentais para a conectividade regional e o desenvolvimento socioeconômico. Com a vasta extensão territorial da Amazônia, que abrange áreas remotas e de difícil acesso, a criação de uma rede de aeroportos eficaz é essencial para garantir que as comunidades locais possam se conectar ao restante do Brasil e ao mundo.
Além da construção, a COMARA é responsável pela supervisão e melhorias contínuas nas operações aeroportuárias existentes. Isso inclui o monitoramento das condições de segurança, a atualização de equipamentos e a implementação de novos serviços que facilitam o transporte de passageiros e cargas. A importância dessa organização se destaca ainda mais quando se considera que a Amazônia é uma região de grande biodiversidade e possui uma população que depende de serviços aéreos para acesso a recursos essenciais, como saúde e educação.
Os métodos utilizados pela COMARA para o transporte de equipamentos e materiais são adaptados às peculiaridades do ambiente amazônico. Devido à localização remota de muitas áreas, a logística requer planejamento cuidadoso. Muitas vezes, o transporte é realizado por via fluvial ou terrestre antes de ser transferido para a aérea. Isso pode envolver a utilização de pequenas aeronaves e o uso de helicópteros para alcançar locais de difícil acesso. Cada operação é projetada para minimizar o impacto ambiental, alinhando-se às diretrizes de sustentabilidade fundamentais na administração da região amazônica.
A Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da infraestrutura aérea da região amazônica, ao construir e ampliar diversos aeroportos estratégicos, onde podemos citar alguns: Aeroporto de Tabatinga–AM, Aeroporto de Tefé–AM, Aeroporto de São Gabriel da Cachoeira–AM, Aeroporto de Eirunepé–AM, Aeroporto de Cruzeiro do Sul–AC, Aeroporto de Lábrea–AM, Aeroporto de Barcelos–AM, Aeroporto de Carauari–AM, Aeroporto de Coari–AM, Aeroporto de Humaitá–AM, no total foram 180 aeroportos construídos ou ampliados pela COMARA.
Entre os mais notáveis estão os aeroportos de Tabatinga–AM, Tefé-AM e São Gabriel da Cachoeira–AM. Cada um desses aeroportos possui características que os tornam vitais para as comunidades locais e para o desenvolvimento econômico e social da região.
O aeroporto de Tabatinga–AM, por exemplo, possui uma pista de 2.600 metros, permitindo a operação de aeronaves de grande porte. Ele é um importante ponto de conexão entre o Brasil e os países vizinhos, como a Colômbia e o Peru. Sua localização estratégica promove o turismo e o comércio, além de facilitar o transporte de produtos locais, contribuindo significativamente para a economia da Zona Franca de Tabatinga. Com um terminal moderno, o aeroporto atende a necessidades tanto de passageiros quanto de cargas, integrando ainda mais a região ao resto do país e ao exterior.
Em Tefé–AM, o aeroporto também foi ampliado, com melhorias que aumentaram sua capacidade operacional. Este aeroporto desempenha um papel essencial no acesso a áreas remotas e na facilitação do transporte de serviços médicos e educacionais, essenciais para as comunidades ribeirinhas circunvizinhas. Tefé também se destaca como um centro turístico, devido à proximidade com o Parque Nacional de Anavilhanas, o que justifica ainda mais a sua importância.
Por fim, o aeroporto de São Gabriel da Cachoeira, o terceiro maior do estado do Amazonas, serve como um vetor de desenvolvimento para a região. Sua infraestrutura foi aprimorada para receber um maior fluxo de passageiros e cargas, promovendo não apenas o turismo, mas também o transporte de produtos locais que são cruciais para a subsistência da população. Essa modernização também resultou em um impacto positivo nas condições de vida dos habitantes da região, ao facilitar o acesso a serviços essenciais.
Assim, a COMARA, que nasceu genuinamente Amazônica, em razão de sua capacidade e experiência em construções de aeródromos, passou a ser empregada em outras regiões do País e até mesmo no exterior. Como exemplo, citamos os trabalhos executados nas pistas da Academia da Força Aérea, em Pirassununga–SP, no aeródromo da cidade de Barbacena–MG e na pista da Escola de Especialistas da Aeronáutica, em Guaratinguetá–SP, além do aeródromo de Letícia, na Colômbia.
A Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) desempenha um papel crucial na logística de transporte fluvial e aéreo na vasta e complexa região amazônica do Brasil. Com uma força de trabalho composta por aproximadamente 600 profissionais, a organização combina tanto homens e mulheres militares quanto civis, criando um ambiente colaborativo essencial para a eficácia de suas operações. Esta diversidade de talentos e experiências contribui para a flexibilidade e adaptabilidade da COMARA diante dos desafios únicos encontrados na região.
A sede da COMARA, situada em Belém, é um ponto central que proporciona coordenação e suporte logístico vital. Este local estratégico permite à equipe não apenas gerenciar operações diárias, mas também interagir diretamente com as comunidades locais e outras organizações, facilitando uma integração eficaz das iniciativas de transporte. A infraestrutura disponível na base inclui importantes recursos, como oito barcaças e três rebocadores, essenciais para o transporte de materiais e pessoal em ambientes muitas vezes inacessíveis por terra.
Os desafios enfrentados pela COMARA são contínuos e complexos. A densa vegetação amazônica e a variabilidade das condições climáticas podem complicar as operações de transporte, exigindo que a organização esteja sempre pronta para se adaptar e inovar. Além disso, a necessidade de respeitar e integrar-se às comunidades locais, considerando suas dinâmicas e eco-sistemas, é um aspecto que a COMARA sempre leva em conta em todas as suas atividades. Estas condições tornam ainda mais vital o papel da COMARA na interconexão de áreas remotas e no fornecimento de serviços essenciais para a população que reside na região amazônica.
Dedico esse pequeno e muito resumido texto sobre a COMARA a dois grandes entusiastas desta Organização Militar (OM) da Força Aérea Brasileira, pouco conhecida por muitos, mas muito importante para o Brasil e brasileiros principalmente da região Norte.
Tenente-Brigadeiro-do-Ar Carlos Alberto Pires ROLLA – ex-Presidente da COMARA
“Não existe empresa de engenharia, que construa, três aeroportos ou três pistas de pouso por ano, principalmente numa região como a região amazônica”
Major Brigadeiro do Ar – Nilson Soilet CARMINATI – vice-presidente da COMARA
Que gentilmente me presenteou com o livro COMARA 50 anos, de 2007, editora Terra Brasil, Direção-Geral e Fotografia: Araquém Alcântara e Textos Otávio Rodrigues.
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