Comissária processa a Delta após acidente em Toronto
Voo terminou de cabeça para baixo com 21 feridos e avião encharcado de combustível
A comissária de bordo Vanessa Miles processa a Delta Air Lines após sobreviver ao incidente ocorrido em Toronto, em 17 de fevereiro de 2025. Ela pede R$ 420 milhões por danos físicos e psicológicos. Na ocasião, viajava como passageira técnica em regime de deadheading, ou seja, deslocava-se para assumir uma escala futura e não estava em serviço. O voo DL 4819, operado pela subsidiária Endeavor Air, capotou ao pousar, deixando 21 pessoas feridas entre os 80 ocupantes.
Acusação cita pilotos inexperientes e treinamento acelerado
O processo aponta que a Delta teria agido com negligência ao escalar pilotos inexperientes e acelerar o treinamento. Segundo a comissária Vanessa, a empresa priorizou eficiência operacional, ignorando riscos evidentes. Além disso, documentos citam um alerta sonoro que indicou uma taxa de descida perigosa três segundos antes do impacto. Por isso, a ação foi registrada na Justiça Federal de Michigan.
Vanessa ficou presa de cabeça para baixo e pulou para escapar
O impacto deixou a comissária inconsciente, pendurada de cabeça para baixo, presa ao cinto de segurança. Ao recobrar a consciência, percebeu que estava encharcada de combustível e envolta por fumaça densa. Como os escorregadores de emergência falharam, ela se soltou e saltou de uma altura de dois metros. Mesmo sem explosão ou incêndio visível, ela relatou risco iminente, o que levou à evacuação urgente.
Ferimentos foram físicos e emocionais, com impacto duradouro
Conforme descrito no processo, Vanessa sofreu uma fratura no ombro, lesões nos joelhos e na coluna, além de uma lesão cerebral traumática. Como consequência, desenvolveu síndrome pós-concussão, depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático. Todos esses fatores, segundo ela, comprometem sua saúde e colocam sua carreira em risco permanente.
Delta nega negligência e afirma que pilotos tinham experiência
Apesar das alegações, a Delta já respondeu a outras ações e nega qualquer tipo de negligência. A empresa afirma que os pilotos estavam certificados e cumpriam os requisitos da FAA. Além disso, destaca que ambos possuíam experiência suficiente. Enquanto isso, a investigação oficial conduzida pelo Transportation Safety Board do Canadá segue sem conclusão definitiva.
Passageiros também movem ações com base na Convenção de Montreal
O caso de Vanessa não é isolado. Outros passageiros, ao menos 16 até o momento, entraram com ações contra a Delta e a Endeavor Air. Todos utilizam como base a Convenção de Montreal, que permite indenizações ilimitadas em situações de conduta imprudente. Por isso, o caso atrai atenção de especialistas e pode estabelecer um precedente importante.
Investigação preliminar aponta falhas, mas causa oficial não foi definida
O relatório inicial do TSB revelou que o avião pousou com ângulo de pitch abaixo do ideal, além de apresentar uma velocidade de descida elevada. Embora o sistema de alerta tenha sido acionado, a tripulação não conseguiu evitar o acidente. Ainda assim, a causa principal segue em análise. Dessa forma, o desfecho jurídico permanece em aberto.
Comissária processa a Delta após acidente em Toronto e denuncia falhas graves
A ação movida por Vanessa Miles ampliou a repercussão do acidente com o voo 4819. A comissária denuncia falhas operacionais, técnicas e de resposta a emergências. Enquanto o caso tramita na Justiça americana, a Delta se defende e a investigação técnica avança. O resultado poderá definir responsabilidades e influenciar práticas futuras da aviação regional nos EUA.
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