Concessões de aeroportos regionais no Brasil enfrentam avanços lentos e novos desafios

Jota

13 de novembro de 2025

Por que as concessões de aeroportos regionais no Brasil ainda não decolaram_Imagem Ilustrativa

As concessões de aeroportos regionais no Brasil avançam lentamente, mesmo após mais de uma década de iniciativas estaduais e municipais. Embora o modelo federal tenha mostrado eficiência, a estrutura local ainda enfrenta limitações financeiras, técnicas e regulatórias que dificultam o avanço desses projetos.

Por que as concessões de aeroportos regionais no Brasil ainda não decolaram_Imagem Ilustrativa
Por que as concessões de aeroportos regionais no Brasil ainda não decolaram_Imagem Ilustrativa

O cenário atual mostra que apenas cerca de 15 aeroportos regionais foram concedidos a operadores privados em mais de dez anos. Apesar de alguns editais terem sido lançados, muitos não despertaram interesse suficiente. Assim, os entraves se acumulam e dificultam a expansão do modelo para fora da esfera federal.

Grande parte desses aeroportos opera com baixa movimentação de passageiros, o que reduz receitas e dificulta a sustentabilidade das operações. Como consequência, investidores buscam projetos com maior capacidade de retorno. Além disso, o modelo tradicional de concessão depende de receitas que, nos terminais menores, não atingem volumes suficientes para garantir investimentos robustos.

Muitos estados e municípios enfrentam dificuldades por falta de equipes especializadas e recursos financeiros. Por isso, há obstáculos tanto para manter as operações quanto para estruturar projetos de concessão com previsibilidade e atratividade. Frequentemente, a infraestrutura existente carece de modernização, o que eleva os custos de entrada para futuros operadores.

Outro ponto crítico é a variação entre legislações locais. Isso gera incertezas e aumenta o risco percebido por operadores privados. Diferente da estrutura federal, os processos regionais não seguem um padrão, o que reduz a competitividade e afugenta investidores.

O Ministério de Portos e Aeroportos lançou o programa AmpliAR para fortalecer as concessões regionais. A iniciativa incorpora aeroportos deficitários a contratos já existentes de terminais maiores, permitindo que concessionárias consolidadas subsidiem operações regionais. Além disso, o programa prevê contratos mais longos para receitas comerciais, o que cria incentivos adicionais para novos investimentos.

Regiões prioritárias e potencial de crescimento

Nesta primeira etapa, o AmpliAR prioriza aeroportos da Amazônia Legal e do Nordeste. Essas regiões possuem grande importância estratégica para o país, especialmente no desenvolvimento regional e na integração logística. Com esse apoio, os aeroportos podem ganhar eficiência e maior atratividade operacional.

Dessa forma, as concessões de aeroportos regionais no Brasil ainda enfrentam barreiras significativas. Entretanto, o reforço federal pode abrir caminhos para um novo ciclo de investimentos. As ações propostas pelo AmpliAR reduzem riscos, estimulam a modernização e ampliam a competitividade entre operadores.

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