Cuidado com o banco alto na aproximação Cmte.
Sentar-se muito alto não é recomendável: as condições de visibilidade melhoram, mas a visão dos instrumentos de bordo fica prejudicada. Analogamente se avançamos muito a posição da cadeira, perdemos a noção de profundidade para o arredondamento e toque na pista.
Naturalmente existem fatores além do simples ajuste visual. imaginemos um piloto de Hércules- C-130 executando uma aproximação, sentado no lado direito, (2P é assim que é chamado o segundo piloto em um avião militar na Força Aérea Brasileira), e com vento cruzado da esquerda.
Vamos considerar que tal piloto seja de estatura mediana e que logo que obtiver condições visuais sinta necessidade de aumentar potência dos motores para manter-se na rampa de aproximação. Naturalmente ele irá inclinar-se para à esquerda e para a frente, de maneira a alcançar os manetes localizados do lado esquerdo do controle central. Fazendo assim, nosso piloto tenderá a aumentar a dosagem de pé no pedal esquerdo além de aplicar mais pressão no manche para o mesmo lado.
Pouco há o que fazer nesta situação, a não ser estar alerta e consciente da necessidade de maior precaução ou, em último caso, passar o comando para o piloto sentado à esquerda.
Na realidade, o problema do ajuste visual somente surgiu com a última geração de aviões, particularmente nos jatos de alta performance.
Continue usando sua técnica particular para o ajuste do ângulo de visão e use sempre a mesma e lembre-se daquela velha máxima:
Se funciona não invente!
Fique vivo, voe padrão comandante!
Coluna de JPassarelli
Cmte José Passarelli
Engenheiro Cívil
Professor Universitário
Instrutor de Navegação Aérea,
Teoria de Vôo e Aerodinâmica em Vôo em Escolas de Aviação Civil.
Escreve voluntariamente para o site AeroJota.
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