Entenda o sigilo sobre os custos do voo da FAB em viagem a Buenos Aires para o Gilmarpalooza
Após o sigilo da Câmara, surge o sigilo sobre os custos do voo da FAB no caso Gilmarpalooza
Custos do voo da FAB viraram o ponto mais sensível do caso ligado ao evento apelidado de Gilmarpalooza, realizado em Buenos Aires, na Argentina. A discussão ganhou força após a informação de que a Aeronáutica restringiu o acesso aos valores do deslocamento oficial.
A imprensa informou que o Comando da Aeronáutica classificou como “reservados” dados sobre os custos operacionais do voo. Com isso, a regra permite manter a informação sob sigilo por até cinco anos, conforme a Lei de Acesso à Informação.
O deslocamento partiu de Brasília em 5 de novembro de 2025 e levou autoridades para o encontro jurídico em Buenos Aires. A partir dessa decisão, o debate mudou de eixo e passou a incluir, de forma direta, o tema de gastos públicos.

O que muda quando o sigilo recai sobre despesas
Quando o foco está na lista de passageiros, a discussão costuma envolver segurança e protocolos de proteção de autoridades. No entanto, quando o sigilo recai sobre despesas, o impacto é outro, porque o dado restringido vira o próprio gasto público.
Nesse caso, a blindagem se concentra nos custos do voo da FAB, que incluem itens operacionais ligados ao emprego da aeronave. Assim, o público fica sem um número objetivo para comparar esse deslocamento com outros voos oficiais divulgados em ocasiões anteriores.
Além disso, a repercussão do caso aponta que houve tentativa de obter a informação via LAI, mas a resposta manteve a restrição. Como resultado, o tema passou a ser tratado como um teste de transparência sobre despesas associadas a viagens oficiais.
Por que o episódio é diferente do sigilo citado pela Câmara
O AeroJota já havia publicado uma matéria sobre o mesmo assunto, mas com um recorte distinto e importante para o leitor. Na ocasião anterior, o debate girava em torno de sigilo atribuído à Câmara em informações sobre quem estava a bordo.
Agora, o ponto principal envolve a Aeronáutica e os custos do voo da FAB, porque a restrição mira valores e despesas do deslocamento. Em outras palavras, antes se discutia a identificação de passageiros, enquanto agora se discute a indisponibilidade de números.
Portanto, são camadas diferentes, com atores diferentes, embora o contexto seja o mesmo evento em Buenos Aires. Por isso, a atualização ajuda a separar responsabilidades e a explicar por que o caso ganhou outra dimensão.
O que a Lei de Acesso à Informação prevê no grau reservado
A Lei 12.527/2011 prevê graus de classificação de informação e define prazos máximos para restrição de acesso. No grau “reservado”, a regra estabelece prazo de até cinco anos, que é o menor entre as classificações previstas na lei.
Ainda assim, essa classificação impede o acesso público durante o período, salvo mudanças formais ou reavaliações cabíveis dentro do processo administrativo. Por esse motivo, a discussão se concentra no alcance dessa restrição quando o assunto são despesas.
O que fica registrado e o que segue sem divulgação
Até aqui, a informação pública disponível não traz o valor detalhado do deslocamento, já que a classificação impede a divulgação dos números. Assim, o caso permanece sem um dado central para auditoria social, que é o custo total do voo.
Ao mesmo tempo, a atualização não elimina o debate anterior sobre passageiros, porque os dois temas convivem no mesmo episódio. No entanto, o ponto novo é a blindagem aplicada aos custos do voo da FAB por um período de cinco anos.
Quer levar um pedacinho da história da aviação para casa? Confira o Classificados Aeronáutico AEROJOTA com souvenirs, colecionáveis e decorativos exclusivos. Acesse agora: www.aerojota.com.br e descubra raridades que fazem qualquer apaixonado por aviação decolar de emoção!





