Sobrevoo de caças Harrier em Georgetown reforça poder militar dos EUA no Caribe
Caças Harrier em Georgetown destacam capacidade V/STOL em meio à tensão com a Venezuela
Em 7 de setembro de 2025, dois caças V/STOL AV-8B+ Harrier II, fabricados pela McDonnell Douglas e operados pelos Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (esquadrão VMA-223 “Bulldogs”), realizaram um sobrevoo da capital da Guiana, durante a cerimônia de posse do presidente Mohamed Irfaan Ali. A operação, conduzida a partir do navio de assalto anfíbio USS Iwo Jima (LHD-7), simbolizou apoio político e militar dos EUA ao país. Além disso, o gesto ocorreu em meio às disputas territoriais com a Venezuela sobre a região de Esequibo, aumentando seu peso estratégico.
Capacidades técnicas e operacionais dos Harrier
Os AV-8B+ Harrier II são impulsionados pelo motor Rolls-Royce Pegasus F402, capaz de redirecionar o fluxo de jato para possibilitar decolagem e pouso vertical ou em pistas curtas. Assim, essa característica garante flexibilidade operacional única, permitindo que a aeronave atue em porta-aviões menores ou em locais sem infraestrutura aeronáutica robusta.
O VMA-223 é o último esquadrão da aviação naval americana a operar o modelo, mantendo viva a tradição de elevada flexibilidade tática dos Harrier. Embora estejam próximos da aposentadoria, essas aeronaves ainda cumprem funções estratégicas. Portanto, continuam ideais para demonstrações rápidas de poder em áreas geopolíticas sensíveis como o Caribe.
Impacto estratégico do sobrevoo em Georgetown
A passagem dos Harrier sobre Georgetown foi um recado claro da projeção de poder aéreo embarcado dos EUA. Do ponto de vista técnico, destacou a utilidade dos caças V/STOL como instrumentos de dissuasão, já que podem ser deslocados rapidamente. Além disso, sua operação não depende de bases em terra, fator crucial para cenários de instabilidade.
O voo também reforçou a interoperabilidade entre Estados Unidos e Guiana, integrando esforços em defesa e combate ao crime organizado. Dessa forma, a presença dos Harrier evidenciou como aeronaves veteranas ainda são indispensáveis, mesmo com a chegada do F-35B Lightning II, substituto dos Harrier
O legado dos Harrier na aviação militar
Descendentes diretos do britânico Hawker Siddeley Harrier, que entrou em serviço em 1969, os Harrier II representam uma revolução na aviação militar. Eles abriram caminho para o desenvolvimento do F-35B Lightning II, caça de quinta geração que combina capacidade V/STOL com tecnologia furtiva.
O sobrevoo em Georgetown comprovou que, apesar do avanço tecnológico, os Harrier seguem relevantes tanto pelo simbolismo quanto pela capacidade real de projeção aérea. Assim, o episódio reafirmou seu papel como ícones da aviação militar e lembrou sua contribuição histórica para a evolução dos caças de decolagem vertical.
Finalizando
O sobrevoo dos dois Harrier em Georgetown não foi apenas um gesto diplomático, mas também uma demonstração clara de capacidade operacional e valor estratégico da aviação V/STOL. Portanto, a ação ressaltou como aeronaves projetadas há décadas ainda podem desempenhar papéis decisivos em missões modernas. Dessa forma, ficou evidente que o legado dos Harrier permanece vivo e essencial para a aviação militar.
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