Drones russos violam espaço aéreo da OTAN e provocam crise diplomática

Jota

17 de setembro de 2025

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O Reino Unido assumiu a liderança na reação diplomática às violações de drones russos em território da OTAN. Londres convocou o embaixador da Rússia para prestar explicações e classificou os episódios como “inaceitáveis”. O Ministério das Relações Exteriores alertou que novas incursões serão enfrentadas com força e destacou que tais ações reforçam a unidade dos aliados. Além disso, o governo britânico afirmou que permitir sobrevoos não autorizados colocaria em risco tanto a segurança militar quanto a aviação civil europeia.

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Além da resposta diplomática, o Reino Unido reforçou sua participação na missão Eastern Sentry. Caças Typhoon britânicos já realizam patrulhas conjuntas com aeronaves da França, Alemanha e Dinamarca. Em seguida, navios e sistemas de defesa aérea também foram deslocados para o flanco leste da aliança. Dessa forma, Londres enviou um recado direto a Moscou: a OTAN não considera essas violações acidentais, mas sim ameaças à sua integridade. Essa postura pressiona os demais membros a fortalecer sua presença militar e a adotar medidas de dissuasão semelhantes.

A Força Aérea polonesa confirmou o abate de 19 drones russos que cruzaram a fronteira em 9 de setembro. Fragmentos caíram em áreas rurais, assustando moradores e provocando danos agrícolas. Portanto, o governo polonês acionou consultas emergenciais previstas no Artigo 4 do tratado, que convoca os aliados para avaliar ameaças à segurança. Varsóvia ressaltou que a repetição desses episódios aumenta a probabilidade de incidentes graves, seja contra alvos militares ou contra civis.

Na Romênia, a Força Aérea monitorou um drone por cerca de 50 minutos no espaço aéreo próximo ao vilarejo de Chilia Veche. Dois caças F-16 acompanharam o drone até sua saída em direção à Ucrânia. Nesse cenário, a União Europeia classificou o incidente como uma “escalada imprudente”. Moscou, por outro lado, negou envolvimento e acusou Kiev de provocação. Além disso, Bucareste reforçou a vigilância no Mar Negro e anunciou novos investimentos em radares e sistemas antimísseis, reforçando sua preparação para novos incidentes.

A OTAN ampliou a operação Eastern Sentry, destacando aeronaves, navios e tropas adicionais para proteger o flanco leste. Paralelamente, governos europeus adotaram medidas preventivas diante da possibilidade de conflito. A França ordenou que seus hospitais estejam prontos para lidar com cenários de guerra, justificando a medida como preparação estratégica. Além disso, Paris lançará a cartilha “Todos Resilientes”, que reunirá instruções para emergências, incluindo situações de conflito armado. Assim, especialistas avaliam que a resposta europeia não se limita ao campo militar, mas envolve também a preparação da sociedade civil.

Os drones russos sobrevoando territórios da OTAN representam ameaça concreta para a aviação executiva e comercial. Aeronaves não identificadas ou desgovernadas podem colidir com jatos de passageiros, helicópteros ou aviões de pequeno porte, obrigando controladores de tráfego aéreo a redirecionar rotas. Além disso, autoridades de segurança comparam o risco ao de aves migratórias, mas alertam que o impacto de um drone seria muito mais devastador. Por esse motivo, cresce a pressão para que países europeus modernizem seus sistemas de defesa e aumentem a proteção do espaço aéreo.

Reino Unido lidera reação e OTAN se fortalece

Com 19 drones abatidos na Polônia e um sobrevoo de 50 minutos monitorado na Romênia, a convocação do embaixador russo pelo Reino Unido simboliza a gravidade da crise. Londres deixou claro que drones russos violam espaço aéreo da OTAN não apenas como provocação militar, mas também como risco à aviação civil. Além disso, a preparação hospitalar francesa mostra que os europeus tratam o tema de forma abrangente. Dessa forma, cada novo incidente será visto não apenas como ameaça imediata, mas como um teste político à unidade da aliança atlântica.

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