Esquadrão de Demonstração Aérea poderá voltar a voar o T-27M em breve

Jota

16 de dezembro de 2025

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Esquadrão de Demonstração Aérea poderá voltar a voar o T 27M em breve, segundo análises em andamento dentro de um Grupo de Trabalho (GT) da Força Aérea Brasileira. O GT estuda alternativas para a frota do Esquadrão e, além disso, avalia ajustes na formação da Academia da Força Aérea (AFA). Por enquanto, a FAB não anunciou decisão formal, e o tema segue no campo de estudos técnicos.

Até aqui, a FAB não anunciou decisão formal. Portanto, o tema segue no campo dos estudos técnicos. Mesmo assim, o assunto entrou no radar institucional. Por isso, ele ganhou tração dentro do debate sobre sustentabilidade operacional.


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O T 27 Tucano marcou a história do EDA. A aeronave operou nas demonstrações por décadas. Durante esse período, o Esquadrão consolidou visibilidade pública e identidade operacional.

Quando o A 29 Super Tucano assumiu a função, o EDA passou a voar um modelo mais moderno. No entanto, essa mudança também elevou a complexidade logística. Além disso, aumentou a pressão por disponibilidade e manutenção, porque o A 29 tem outros papéis estratégicos na FAB.

Dentro dos cenários estudados, o GT avalia o T 27M como alternativa para o EDA. A modernização mantém a célula do Tucano, mas atualiza sistemas e aviônicos. Assim, em tese, o modelo poderia cumprir o papel de demonstração com menor impacto sobre a frota de A 29.

Ao mesmo tempo, existe um ponto crítico. Assim como os T 25M, os T 27M também não são mais fabricados. Na prática, a FAB moderniza unidades já existentes. Por isso, a disponibilidade real vira fator decisivo.

Além disso, ainda não há informação pública sobre quantas aeronaves estariam na reserva técnica, incluindo as que ficam no PAMA LS. Da mesma forma, não se sabe por quantos anos o T 27M poderia permanecer “a mais” em operação, tanto no EDA quanto no 2º/5º GAv, sem comprometer planejamento, manutenção e estoque de peças.

Além das mudanças na AFA, o Grupo de Trabalho – GT – também estuda a possibilidade de transferir todos os T 27M Tucano da Academia para o 2º/5º GAv. A ideia, nesse cenário, seria concentrar o modelo no Esquadrão para preparar pilotos para a aviação de caça leve, etapa que se conecta ao emprego do A 29 Super Tucano.

No mesmo pacote de análises, o GT também considera a redistribuição dos A 29 hoje usados pelo EDA. Nesse caso, as aeronaves poderiam voltar para os Esquadrões de Caça, reforçando a frota operacional. Ainda assim, a FAB não divulgou cronograma, quantitativos ou critérios para uma eventual realocação.

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O mesmo GT também avaliará alterações na formação dos cadetes na AFA. A ideia em estudo prevê o uso dos T 25M do 1º ao 4º ano, cobrindo instrução básica e avançada. Com isso, o plano retiraria os T 27M da instrução avançada, como ocorre hoje.

Esse ponto chama atenção por dois motivos. Primeiro, ele redistribui a missão do T 27M dentro da FAB. Segundo, ele pode influenciar diretamente a disponibilidade do Tucano modernizado para outras unidades. Ainda assim, o GT não divulgou cronograma, quantitativos ou estimativas de custo.

Hoje, o A 29 Super Tucano continua como aeronave do EDA. O modelo, além disso, atende demandas operacionais e de treinamento. Por isso, parte do debate gira em torno de prioridade. Se o A 29 precisa cumprir múltiplas missões, então a FAB tende a avaliar alternativas para preservar disponibilidade.

Nesse contexto, o retorno do T 27M Tucano ganha lógica operacional. No entanto, a viabilidade depende de números e prazos. Sem dados sobre a reserva técnica e sem horizonte de sustentação, o tema fica condicionado a avaliação técnica detalhada.

Para ficar mais claro para os leitores do site AeroJota, o Grupo de Trabalho avalia um cenário em que a FAB reorganizaria o uso de cada aeronave por função. Se o Grupo de Trabalho concluir que a proposta é viável do ponto de vista econômico e operacional, a AFA passaria a operar apenas o T 25M Universal, enquanto o EDA poderia voltar a voar o T 27M Tucano.

Nesse mesmo desenho, o 2º/5º GAv concentraria os T 27M, assumindo o treinamento avançado voltado à transição para a aviação de caça leve. Assim, o fluxo seguiria em direção ao A 29 Super Tucano, que teria prioridade de disponibilidade para emprego operacional.

Por fim, dentro dessa lógica, os A 29 que hoje atuam no EDA poderiam ser redistribuídos para Esquadrões de Caça. Em tese, isso aumentaria a capacidade operacional, enquanto o EDA manteria sua missão com uma frota dedicada.

No fundo, é exatamente esse tipo de equilíbrio que o GT pretende medir. O grupo analisa viabilidade, custo, disponibilidade de aeronaves e retorno operacional para a FAB ao longo das próximas décadas.

Por enquanto, o Grupo de Trabalho trabalha com cenários de médio e longo prazo. Assim, não há indicação de mudança imediata no EDA. Também não há confirmação sobre como a FAB pretende equalizar a disponibilidade do T 27M entre EDA, 2º/5º GAv e a instrução na AFA.

Ainda assim, o debate revela um objetivo claro. A FAB busca manter o EDA ativo e sustentável, sem enfraquecer unidades operacionais. Portanto, os próximos passos devem depender de dados internos sobre frota, reserva técnica no PAMA LS e capacidade de modernização ao longo dos anos.

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