Mudança de comando e acidente em treinamento marcaram a pausa da Fumaça
Esquadrilha da Fumaça enfrenta pausa prolongada e segue sem show completo
As apresentações completas da Esquadrilha da Fumaça estão suspensas há três meses.
Segundo fontes da Academia da Força Aérea (AFA), o grupo mantém sete aeronaves em treinamento dentro da Academia e segue em atividades internas, sem deslocamentos externos. O comandante da Fumaça, coronel aviador Nunes, está sob restrição médica e não pode liderar as formações. Outro oficial assumiu temporariamente o posto de líder operacional, conduzindo os treinos diários.
Passagem de comando prevista para dezembro
A passagem de comando da Esquadrilha deve ocorrer logo após a solenidade militar “Espadão”, tradicional cerimônia de entrega dos espadins aos cadetes da AFA. O evento está previsto para 12 de dezembro.
Logo depois, o Esquadrão inicia férias coletivas previstas para começar entre os dias 15 e 20 de dezembro. Atualmente, a Esquadrilha opera com oito aeronaves — uma delas ainda em reparo após a colisão ocorrida durante um treinamento. Assim, apenas sete aviões seguem em voo ativo, sem unidade reserva para acompanhar as demonstrações.
Três meses sem apresentações completas
Há três meses, a Esquadrilha da Fumaça não realiza apresentações integrais, o que chama a atenção de fãs e entusiastas da aviação. A última exibição completa ocorreu em 29 de julho de 2025, em Porto Ferreira, interior de São Paulo. Desde então, a agenda oficial não registrou novas demonstrações, o que intensificou as especulações sobre a pausa.
Acidente e impacto operacional
No dia seguinte àquela última apresentação, em 30 de julho, dois A-29 Super Tucano da Fumaça colidiram durante um voo de treinamento em Descalvado (SP). Um dos aviões foi perdido na queda, e o coronel Nunes precisou ejetar.
Ele sofreu lesões leves e iniciou fisioterapia para recuperação. O assento ejetor funcionou perfeitamente, registrando a 7.793ª ejeção bem-sucedida da fabricante Martin-Baker. O acidente levou o CENIPA a iniciar apurações, e o Esquadrão suspendeu temporariamente as demonstrações completas enquanto ajustava seus procedimentos internos.
Poucos dias depois, veículos especializados destacaram as dificuldades orçamentárias da Força Aérea Brasileira. Como parte da FAB, o EDA também enfrentou restrições de combustível, manutenção e deslocamento.
Possíveis causas da paralisação
Entre as explicações mais discutidas nos bastidores, estão a dificuldade para substituir o avião acidentado e os cortes de orçamento. Os A-29 da Fumaça possuem pintura exclusiva e são desmilitarizados, o que impede substituições rápidas por aeronaves operacionais.
Além disso, cada deslocamento envolve logística complexa: sete aviões de demonstração, um reserva, aeronave de transporte e equipe técnica. A falta de recursos limita essas missões. Mesmo assim, nem o EDA, nem a FAB confirmaram oficialmente as hipóteses levantadas por entusiastas.
Retornos pontuais e apresentações reduzidas
Apesar da pausa, o público ainda viu apresentações menores. Em 7 de setembro, a Fumaça participou de um sobrevoo com quatro aeronaves. No Domingo Aéreo do PAMA SP, repetiu a formação reduzida, apenas com passagem sobre o público.
Em Brasília, durante os Portões Abertos da Base Aérea, o aviso foi semelhante: o grupo marcaria presença, mas sem exibir o show completo que se tornou sua marca registrada.
Treinamento interno e nova liderança
Pelas redes sociais, o Esquadrão informou que as demonstrações completas estão suspensas devido a ajustes internos e formação de pilotos. A mensagem confirma que a pausa também está relacionada à preparação técnica.
Nos bastidores, comenta-se que o retorno integral só ocorrerá após a consolidação de um novo “Piloto Líder” — responsável pela posição número 1 na formação. A função difere do cargo de comandante do Esquadrão, e a FAB deve priorizar o treinamento dessa liderança antes de retomar as exibições completas.
Expectativa pelo retorno da Esquadrilha
A ausência de apresentações completas da Esquadrilha da Fumaça cria uma lacuna em eventos cívicos e festividades regionais. Ainda assim, as poucas aparições parciais continuam encantando o público e mantendo viva a admiração pelo grupo.
A torcida segue voltada para a plena recuperação do Coronel Aviador Nunes e para o retorno do time completo aos céus brasileiros, o mais breve possível, devolvendo à aviação nacional o espetáculo que emociona gerações.
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