FAB enfrenta crise operacional e Esquadrilha da Fumaça ainda não tem apresentações confirmadas para agosto de 2025
Corte de verbas ameaça apresentações da Esquadrilha da Fumaça
Chegamos ao dia 30 de julho sem nenhuma apresentação confirmada da Esquadrilha da Fumaça para o mês seguinte. A agenda oficial permanece vazia, e isso não é coincidência. Em 2025, a Força Aérea Brasileira atravessa uma crise orçamentária sem precedentes, e os efeitos já atingem diretamente a operação de diversas unidades da instituição.
FAB reduz voos, transfere pilotos e adia eventos
A falta de recursos já forçou a interrupção de voos em várias unidades. Ao todo, 40 aeronaves foram retiradas de operação por falta de manutenção. Além disso, 137 pilotos precisaram ser realocados para funções administrativas. Treinamentos, cursos e viagens também sofreram cancelamentos. Eventos tradicionais, como o Domingo Aéreo AFA 2025, foram adiados sem nova data definida.
GTE mantém voos, mas enfrenta limitações
Embora o Grupo de Transporte Especial GTE ainda transporte autoridades, suas operações enfrentam restrições cada vez maiores. Falta combustível, aviões disponíveis e condições técnicas mínimas para cumprir as missões. Um dos voos mais criticados foi o que levou o deputado federal pelo estado da Paraíba Hugo Motta a Lisboa para participar do evento particular “Gilmarpaloosa”, sem nenhuma agenda oficial relevante. A operação gerou revolta nas redes sociais e expôs o contraste entre prioridades funcionais e viagens a lazer.
Origem da Esquadrilha da Fumaça
A Esquadrilha da Fumaça surgiu em 1952, quando instrutores da antiga Escola de Aeronáutica realizaram acrobacias para inspirar os cadetes. A iniciativa cresceu, ganhou reconhecimento e passou a integrar a estrutura oficial da Força Aérea Brasileira. Desde então, o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) leva a imagem da FAB para os céus do Brasil e do mundo, promovendo valores como disciplina, técnica e espírito de equipe.
Aeronaves utilizadas pela Esquadrilha da Fumaça
Desde sua criação, a Esquadrilha já operou aeronaves como o T-6 Texan, o Fouga Magister, o T-25 Universal e o lendário T-27 Tucano. Atualmente, o EDA utiliza o A-29 Super Tucano, modelo da Embraer adotado em 2013. Agora em 2025, o A-29 Super Tucano completou 10 anos em uso nas demonstrações, com mais de 450 apresentações realizadas em diversas regiões do Brasil e em países vizinhos.
Missão institucional da Esquadrilha da Fumaça
Além de encantar o público com suas manobras, a Esquadrilha cumpre um papel institucional importante. Suas apresentações promovem aproximação entre a FAB e a população, especialmente os jovens. A cada demonstração, o EDA inspira vocações, fortalece a imagem da Força Aérea e transmite valores que vão além da técnica. Portanto, sua eventual e não oficial paralisação afeta diretamente essa conexão com a sociedade.
A ausência que representa um alerta
Embora o Brasil enfrente outros problemas mais graves e preocupantes em várias áreas, o possível cancelamento das apresentações da Esquadrilha da Fumaça representa um sinal de alerta. Para quem ama a aviação, o silêncio dos céus indica que algo muito maior está fora do lugar. Se nem mesmo a principal vitrine da FAB consegue decolar, o impacto simbólico é inegável — e a crise institucional se torna ainda mais visível.
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