Esquadrilha da Fumaça está sem apresentação completa há dois meses

Jota

30 de setembro de 2025

Esquadrilha da Fumaça sem apresentação completa em formação reduzida com quatro aeronaves A-29 Super Tucano_Imagem Ilustrativa

A Esquadrilha da Fumaça está sem apresentação completa há dois meses, o que chama atenção de fãs da FUMAÇA e admiradores da aviação. A última demonstração integral ocorreu em 29 de julho de 2025, em Porto Ferreira, no interior de São Paulo. Desde então, a agenda oficial não registrou novas exibições completas, o que aumentou as especulações.

Esquadrilha da Fumaça sem apresentação completa em formação reduzida com quatro aeronaves A-29 Super Tucano_Imagem Ilustrativa
Esquadrilha da Fumaça sem apresentação completa em formação reduzida com quatro aeronaves A-29 Super Tucano_Imagem Ilustrativa

No dia seguinte, em 30 de julho, dois A-29 Super Tucano da FUMAÇA, colidiram durante um voo de treinamento na região de Descalvado–SP, área de treinamento do EDA. Como resultado, um dos aviões foi perdido, o número 1, e o comandante da Fumaça, coronel aviador Nunes, precisou ejetar. Felizmente, ele não sofreu ferimentos graves, mas ficou com uma pequena sequela que está sendo tratada com fisioterapia, e também não houve vítimas em solo.

O assento ejetor funcionou perfeitamente, sendo registrado pela fabricante Martin-Baker como a 7.793ª ejeção bem-sucedida em sua história. O acidente provocou um impacto operacional, o que levou à suspensão temporária das demonstrações completas enquanto o CENIPA, apurava possíveis falhas e ajustes para serem feitos, para o fato não se repetir. Poucos dias depois da ejeção — já no início de agosto — a mídia especializada começou a apontar publicamente as dificuldades orçamentárias da FAB, destacando que o EDA, como parte da Força Aérea, seria diretamente afetado por cortes nos recursos operacionais.

Além do acidente, surgiram outras hipóteses para explicar a ausência das demonstrações. Entre elas, pode estar na dificuldade de reposição da aeronave, já que os A-29 da Fumaça, são desmilitarizados e possuem pintura exclusiva. Dessa forma, não podem ser rapidamente substituídos por modelos camuflados da frota operacional da FAB

Outra explicação envolve cortes orçamentários. Cada deslocamento em viagem exige logística complexa, com sete aviões para demonstração, um de reserva e aeronave de transporte para os Anjos da Guarda e equipe de apoio, com peças de manutenção. Sem verba suficiente, as viagens pelo Brasil tornam-se cada vez mais difíceis. Além disso, a FAB enfrenta restrições em manutenção, combustível e pessoal, o que amplia as limitações de apoio a outras unidades.

Vale lembrar, entretanto, que todas essas hipóteses circulam apenas entre entusiastas da aviação em conversas informais em porta de hangar. Nem o EDA, nem a FAB, divulgaram qualquer informação oficial que confirme essas especulações de bastidores.

Ainda assim, houve aparições pontuais. Em 7 de setembro, a Esquadrilha da Fumaça realizou um sobrevoo com apenas quatro aeronaves. Poucos dias depois, no Domingo Aéreo do PAMA SP, a cena se repetiu. Nesses casos, entretanto, não houve manobras tradicionais, apenas apresentações reduzidas.

Em Brasília, durante os Portões Abertos da Base Aérea, o público foi informado de que a exibição seria novamente parcial. Assim, a Esquadrilha da Fumaça manteve presença, mas sem o espetáculo completo que a consagrou como símbolo nacional.

Diante de tantos questionamentos, o Esquadrão de Demonstração Aérea EDA, respondeu a um internauta pelas redes sociais. A mensagem foi clara: as apresentações estão suspensas por ajustes internos na formação de pilotos. Essa resposta, embora breve, confirmou que a pausa não se limita a questões de orçamento, mas também envolve preparação técnica e treinamento.

Nos bastidores, comenta-se que a retomada integral só ocorrerá após a consolidação de um novo “Piloto Líder” — que é quem voa na posição #1, também chamado de “Líder da Esquadrilha“. Vale lembrar, que essa função é distinta do cargo de comandante do grupo, que é também o Líder de Esquadrão. Portanto, a FAB deve priorizar a formação de novas lideranças antes de retomar exibições completas.

Impacto simbólico e expectativas para o futuro

A ausência da Esquadrilha da Fumaça sem demonstração completa representa muito mais que uma lacuna no calendário aéreo. Na prática, eventos cívicos e festividades regionais perdem parte de sua identidade sem o espetáculo da fumaça nos céus.

Mesmo com uma ou quatro aeronaves, cada aparição continua atraindo encantos e suspiros. Ainda assim, o público acompanha com atenção e aguarda o retorno do time integral. A torcida permanece voltada para a plena recuperação do coronel aviador Nunes e para a rápida definição de novos líderes. Somente assim, a Fumaça poderá retomar o brilho de sempre e continuar emocionando plateias em todo o Brasil.

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