Será que a Esquadrilha da Fumaça está perto de voltar às demonstrações?
Esquadrilha da Fumaça sem apresentações e os possíveis reflexos no EDA
Esquadrilha da Fumaça sem apresentações deixa os céus do Brasil em silêncio desde a última exibição pública. A demonstração mais recente ocorreu em 29 de julho de 2025, em Porto Ferreira (SP), durante os 129 anos do município. O retorno foi especial, já que a cidade não recebia uma demonstração do EDA desde 2015, e o público lotou o evento para se emocionar com as acrobacias.
Durante voo com 4 aeronaves, em 30 de julho de 2025, um acidente durante treinamento entre Descalvado e Porto Ferreira interrompeu o ritmo das atividades. Dois A-29 Super Tucano colidiram em pleno voo, e uma das aeronaves foi perdida. O piloto Cel Av NUNES, Cmte da Fumaça conseguiu se ejetar a tempo e saiu ileso. Além disso, não houve feridos em solo. O episódio levou à suspensão por tempo indeterminado das apresentações, o que deixou a Esquadrilha afastada de sua missão mais nobre: encantar o público. Desde então, a curiosidade só cresce — quando será que a Fumaça voltará a desenhar os céus?
Cortes orçamentários e possíveis reflexos na Esquadrilha
Não existe confirmação oficial de que a Esquadrilha da Fumaça foi diretamente afetada pelos cortes orçamentários que atingiram a Força Aérea Brasileira em 2025. No entanto, os sinais chamam atenção. As apresentações, quanto tinham, começaram a ter um espaçamento maior do que o normal, e a agenda oficial deixou de ser atualizada com a mesma frequência de anos anteriores.
É importante lembrar que cada deslocamento da Fumaça para uma demonstração envolve uma operação logística complexa. Além dos sete A-29 Super Tucano que realizam o show, viajam também viaturas de apoio em solo. Por outro lado, aeronave de transporte levam peças, equipamentos e uma grande equipe técnica. Tudo isso eleva os custos de cada apresentação. Dessa forma, em tempos de orçamento reduzido, é natural imaginar que restrições financeiras tenham pesado na rotina do Esquadrão.
A ejeção que entrou para a estatística
O acidente de 30 de julho só não terminou em tragédia porque o piloto conseguiu acionar o assento ejetor a tempo. O sistema, fabricado pela britânica Martin-Baker, cumpriu seu papel e salvou mais uma vida. Segundo a própria fabricante, a ejeção realizada no A-29 da Fumaça marcou a 7.793ª ejeção bem-sucedida de seus assentos em todo o mundo. Cada número nessa contagem representa uma vida preservada. Além disso, reforça a importância de manter esse recurso em perfeito funcionamento. No caso da Esquadrilha, a ejeção evitou que um acidente grave se transformasse em uma tragédia irreparável.
Um breve resumo da história e a evolução da Esquadrilha da Fumaça
A Esquadrilha da Fumaça nasceu oficialmente em 1952, quando instrutores da antiga Escola de Aeronáutica, na cidade do Rio de Janeiro, decidiram mostrar ao público as acrobacias que treinavam nos céus. Desde então, transformou-se em símbolo da Força Aérea Brasileira e orgulho nacional.
Ao longo de sua trajetória, a Esquadrilha passou por diferentes fases de modernização. Começou com os lendários NA T-6 Texan, em operação até 1976, e seguiu com os jatos Fouga Magister, os T-25 Universal e o icônico T-27 Tucano, que serviu por três décadas.
A fase atual começou em 2013, quando a Esquadrilha iniciou a implantação do A-29 Super Tucano. A despedida do T-27 ocorreu em 31 de março de 2013, em Brasília, e a estreia oficial do A-29 em demonstração pública veio em 03 de julho de 2015, durante a Cerimônia de Entrega de Espadins na AFA (Pirassununga). Entre essas datas, o EDA manteve treinamentos e o programa de implantação
No dia 03 de julho de 2025, a Esquadrilha celebrou os 10 anos oficiais de operação com o A-29 Super Tucano. Uma década marcada por apresentações que misturam potência, precisão e emoção, em milhares de exibições no Brasil e no exterior. Dessa forma, a Fumaça consolidou seu papel de divulgar a FAB e a indústria aeronáutica nacional para o mundo.
O vazio da ausência e a expectativa pelo retorno
As apresentações começaram a ser reduzidas ao longo de 2025 e, após o acidente, foram suspensas por tempo indeterminado. O resultado é um vazio sentido em todas as regiões: de norte a sul, de leste a oeste, aniversários de cidades e eventos aéreos perderam seu ponto alto. O público, acostumado a vibrar com o desenho estilizado da Bandeira do Brasil nos aviões ou com a emoção de uma formação perfeita, agora vive da saudade e da expectativa. A ausência da Fumaça mostra o quanto ela faz parte do imaginário coletivo e do calendário de festas em todo o país.
Agora, a torcida é para que a Esquadrilha volte com força total, retomando seu papel de símbolo de orgulho nacional. E fica a provocação final: será que ainda em 2025 veremos novamente os céus do Brasil riscados pela fumaça branca do EDA?
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