Esquadrilha da Fumaça tem novo comandante para o biênio 2026 2027

Jota

10 de dezembro de 2025

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Esquadrilha da Fumaça tem novo comandante para o biênio 2026 2027, o Major Aviador Nilson Rafael Oliveira Gasparelo. Ele assume como líder e comandante do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA). A passagem de comando foi realizada na manhã desta quarta feira, 10 de dezembro de 2025, no hangar do Esquadrão de Demonstração Aérea, em Pirassununga. Ele sucede o Tenente Coronel Aviador Juliano Augusto Sousa Nunes e será o responsável por conduzir a equipe nas demonstrações de 2026 e 2027. Assim, a Força Aérea Brasileira consolida uma transição planejada e mantém a continuidade do trabalho desenvolvido nos últimos anos.

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A passagem de comando ocorre na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga, onde o EDA mantém seu hangar, sua estrutura de apoio e a rotina diária de treinamentos. Dessa forma, a cerimônia marca, ao mesmo tempo, o encerramento do ciclo do Tenente Coronel Aviador Nunes à frente da Fumaça e o início de uma nova fase sob a liderança do Major Gasparelo.

Ele já vinha sendo formado como piloto número 1 da equipe, o que torna a transição mais natural e gradual. Esse processo de preparação ajuda a reduzir riscos, reforça a padronização e aumenta a confiança de todo o grupo na nova liderança.

Natural de Bauru, no interior de São Paulo, o novo comandante reúne experiência como piloto operacional e como integrante da própria Esquadrilha da Fumaça. Por isso, sua chegada ao comando facilita a manutenção da doutrina, da padronização e da cultura interna da equipe.

Além disso, ele concluiu recentemente a fase de treinamento como líder da equipe e recebeu o tradicional “batismo”, marca registrada da Esquadrilha da Fumaça nas transições de comando. A partir de agora, ele será o piloto que estará à frente das formações de sete A 29 Super Tucano nas próximas temporadas. Esse movimento reforça a percepção de continuidade do projeto e mostra que a mudança de comando não representa uma ruptura, mas sim a sequência de um trabalho de longo prazo.

Na prática, o fato de a Esquadrilha da Fumaça ter novo comandante significa que o Major Gasparelo passa a responder formalmente por toda a atividade do Esquadrão. Isso inclui a aprovação da agenda anual de demonstrações, o relacionamento institucional com a Força Aérea Brasileira e com os organizadores de eventos, além da gestão da equipe de pilotos e do efetivo de apoio.

Dessa maneira, cada decisão operacional passa pelo crivo do comandante, que equilibra demandas de agenda, segurança e disponibilidade de meios. Esse papel central faz com que a liderança tenha impacto direto na quantidade de apresentações, nos deslocamentos e até no perfil de cada demonstração.

Acidente em 2025 e reforço da segurança

O ciclo que se encerra foi marcado por um acidente em julho de 2025, quando dois A 29 Super Tucano colidiram durante um treinamento no interior de São Paulo, com perda de uma aeronave e ejeção bem sucedida do piloto. Desde então, o Esquadrão de Demonstração Aérea ajustou sua rotina interna, reforçou procedimentos de segurança e reduziu o número de apresentações completas por um período.

Assim, a prioridade passou a ser o treinamento, a revisão de manobras e a formação de lideranças para o ciclo seguinte. Esse contexto torna a chegada do novo comandante ainda mais sensível, porque ele herdará uma equipe em processo de reequilíbrio, focada em reforçar margens de segurança sem perder a qualidade das demonstrações.

Este ano, a passagem de comando da Esquadrilha da Fumaça não ocorrerá em voo, algo que tradicionalmente marca esse tipo de cerimônia na FUMAÇA. Normalmente, duas aeronaves A 29 Super Tucano realizam a transmissão simbólica em fonia, permitindo que o público acompanhe a troca de liderança diretamente do solo. Depois desse momento, o comandante que deixa o cargo sai da posição de número 1 e o novo líder assume o posto, já iniciando sua primeira demonstração aérea oficial, com público.

Dessa vez, porém, o EDA, não realizará essa etapa em voo. A instituição não informou o motivo da mudança. Ainda assim, existem dois fatores possíveis. O primeiro é o acidente ocorrido durante um treinamento, quando o então comandante Cel Av Nunes, precisou ejetar após uma colisão em voo. Ele segue em acompanhamento médico e fisioterapia, o que pode ter influenciado a decisão. O segundo fator envolve as condições meteorológicas. Ventos com rajadas de até 60 km atingem o estado de São Paulo desde a manhã desta quarta-feira e podem estar afetando também a região de Pirassununga, onde o Esquadrão de Demonstração Aérea está sediado.

Assim, a cerimônia deste ano será concentrada no hangar do EDA, sem a tradicional demonstração inicial do novo comandante em voo.

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