Evacuação mobilizou helicóptero Black Hawk com capacidade para operar com visão noturna na região de Surucucu
Mulher com malária cerebral e criança desidratada recebem atendimento imediato em Surucucu
Na madrugada de 28 de julho, o Comando Operacional Conjunto Catrimani II coordenou uma evacuação aeromédica EVAM de indígenas Yanomamis. Uma mulher apresentava malária cerebral grave. Ao mesmo tempo, uma criança sofria com desidratação severa. Ambos estavam em estado crítico e exigiam remoção imediata para atendimento especializado. Por essa razão, a operação foi ativada com máxima prioridade. O resgate aconteceu no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Surucucu, a cerca de 330 quilômetros de Boa Vista. Enquanto aguardavam o transporte aéreo, os pacientes receberam os primeiros socorros de um profissional local, o que permitiu estabilizá-los até o embarque.
FAB realiza missão noturna com Black Hawk e tripulação equipada com visão noturna
Para realizar a evacuação aeromédica de indígenas Yanomamis, a Força Aérea Brasileira utilizou um helicóptero H-60 Black Hawk, ideal para operações em regiões de selva. No entanto, o fator decisivo foi o uso de Óculos de Visão Noturna (OVN) pelos militares a bordo, o que permitiu a condução segura do voo em meio à escuridão. A tripulação incluía um médico, um enfermeiro e militares especializados em Busca e Salvamento. Apesar da baixa visibilidade, a missão ocorreu com estabilidade e precisão. Além disso, o uso de tecnologia adequada garantiu segurança em cada fase do deslocamento.
Pacientes são levados ao hospital após pouso em Boa Vista
Após aproximadamente três horas de voo, o helicóptero chegou à Base Aérea de Boa Vista. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) aguardavam com ambulâncias prontas para o deslocamento terrestre. Logo após o desembarque, os pacientes foram conduzidos ao Hospital Geral de Roraima, onde permanecem internados sob cuidados médicos especializados. A operação demonstrou integração eficaz entre os meios aéreos e terrestres. Além disso, todas as etapas seguiram os protocolos para emergências médicas em regiões remotas.
Comandante da missão elogia a atuação da tripulação
“Foi extremamente gratificante salvar mais duas vidas, colocando em prática todo o nosso preparo”, afirmou o Major Aviador Filipe Campos Dutra, comandante da missão. Mesmo diante dos desafios impostos pelo ambiente, a equipe se manteve focada e executou todas as etapas com profissionalismo. Para ele, o sucesso da ação refletiu diretamente o nível de treinamento e a capacidade de resposta dos militares envolvidos. Além disso, o oficial destacou o papel estratégico da FAB em garantir apoio rápido e seguro à população.
Operação Catrimani II fortalece presença do Estado em áreas isoladas
A evacuação aeromédica realizada em 28 de julho foi a 14ª missão desse tipo dentro da Operação Catrimani II. A ação reafirma o compromisso das Forças Armadas com a proteção das comunidades indígenas e com a atuação em áreas de difícil acesso. Coordenada pela Casa de Governo de Roraima, a operação envolve militares, agências federais e órgãos de segurança pública. Criada pela Portaria GM-MD nº 5.831, de 20 de dezembro de 2024, a Catrimani II combate o garimpo ilegal, os crimes ambientais e os ilícitos transfronteiriços. Ao mesmo tempo, oferece suporte humanitário às populações da Terra Indígena Yanomami.
Fonte: Comando Operacional Conjunto Catrimani II
Edição: Agencia Força Aérea
Fotos: Comando Operacional Conjunto Catrimani II
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