Helibras pode fabricar no Brasil os Airbus H145M que o Exército analisa comprar
Exército Brasileiro analisa comprar helicópteros Airbus H145M para entregas previstas entre 2028 e 2030
O Exército Brasileiro analisa comprar helicópteros Airbus H145M como parte de um programa de modernização da sua aviação. O modelo ainda não integra forças militares nacionais. A Helibras, em Itajubá, Minas Gerais, deverá produzir as aeronaves e, desse modo, fortalecerá a indústria aeronáutica brasileira.
Segundo o planejamento apresentado no Senado, as primeiras entregas estão previstas entre 2028 e 2030. O cronograma inclui também a chegada de novos UH-60 Black Hawk produzidos nos Estados Unidos. Dessa forma, o Exército pretende modernizar a frota e, ao mesmo tempo, estimular a indústria de defesa nacional.
O General de Divisão Everton Pacheco da Silva, chefe do Escritório de Projetos Estratégicos do Exército, apresentou os dados durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Além disso, ele informou que o plano prevê quatro unidades em 2028 e mais quatro em 2030.
Produção nacional em parceria com a Helibras
A Helibras, subsidiária da Airbus, deverá liderar a produção do H145M no Brasil. A empresa já fabrica versões do H125M Esquilo e do H225M Caracal para as Forças Armadas, dentro do programa H-XBR. O acordo entre Brasil e França prevê até 200 helicópteros em 15 anos. Portanto, o projeto poderá atender tanto à demanda nacional quanto às exportações.
Esse plano deve consolidar a Helibras como centro regional de helicópteros de médio porte. Além disso, ampliará a geração de empregos especializados e estimulará fornecedores locais. O projeto também integra o programa “Nova Indústria Brasil”, que busca fortalecer a base tecnológica nacional e expandir projetos de alto valor agregado.
Capacidades do H145M
O Airbus H145M é reconhecido pela versatilidade. Ele pode transportar até dez soldados totalmente equipados. Sua autonomia é de três horas e 35 minutos, com alcance de 650 quilômetros. Assim, ele pode atuar em missões de transporte, apoio logístico e combate.
O modelo também se destaca pela compatibilidade com o sistema de armamentos HForce. Esse sistema permite integrar metralhadoras 7,62 mm, metralhadoras .50 BMG, canhões de 20 mm e foguetes de 70 mm, guiados ou não. Além disso, o H145M pode receber mísseis ar-ar ou ar-terra. Entre eles está o Spike, já utilizado pelo Exército Brasileiro.
Comparativo com a frota atual
Atualmente, a Aviação do Exército utiliza o H125M Esquilo em missões armadas. Apesar de confiável, o Esquilo apresenta limitações em autonomia, transporte de tropas e armamentos. Ele, por exemplo, não dispara mísseis guiados lançados do ar.
Se a compra for confirmada, o H145M representará um salto operacional. O helicóptero ampliará o alcance das missões e aumentará a flexibilidade de emprego. Além disso, aproximará o Brasil de padrões da OTAN. Dessa forma, facilitará treinamentos conjuntos e operações de interoperabilidade.
Impactos estratégicos da possível aquisição
O fato de que o Exército Brasileiro analisa comprar helicópteros Airbus H145M traz impactos estratégicos importantes. A produção local garantirá maior autonomia logística e reduzirá a dependência externa. Além disso, estimulará a indústria nacional de defesa e criará oportunidades para empresas brasileiras.
O Exército ainda precisa formalizar o contrato. O cronograma, que prevê entregas entre 2028 e 2030, pode mudar por restrições orçamentárias ou ajustes estratégicos. Entretanto, o planejamento segue ativo e conta com apoio político. A integração de armamentos modernos exigirá homologações específicas, testes de campo e treinamento das tripulações.
Mesmo com esses desafios, a análise demonstra uma estratégia de modernização consistente. Dessa forma, o Exército poderá ampliar capacidades de transporte, apoio e combate. Assim, a força terrestre atingirá um novo patamar operacional.
Finalizando
O anúncio de que o Exército Brasileiro analisa comprar helicópteros Airbus H145M reforça a intenção de modernizar a aviação do Exército em médio prazo. Produzido no Brasil, o modelo reunirá tecnologia avançada e impacto econômico positivo.
Se a decisão for confirmada e o cronograma cumprido, a partir de 2028 o Exército contará com um helicóptero moderno e versátil. Portanto, o Brasil entrará em um novo estágio da aviação militar, preparado para desafios contemporâneos de defesa.
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