F 16 argentinos em Natal antes de seguirem para Buenos Aires-AR

Jota

3 de dezembro de 2025

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Os caças F 16 argentinos em Natal deixam de ser apenas possibilidade e passam a constar em comunicado oficial da Força Aérea Brasileira. Em nota enviada à imprensa, nessa terça-feira, dia 02 dezembro 2025, a FAB informou que as aeronaves da Força Aérea Argentina estão autorizadas a sobrevoar o território brasileiro. Além disso, podem pousar na Base Aérea de Natal, no Rio Grande do Norte. O sobrevoo está previsto para esta quarta-feira, 3 de dezembro de 2025.

Segundo o informe, os caças e suas tripulações devem permanecer na BANT até sexta-feira, 5 de dezembro. Nessa data, está prevista a decolagem rumo à Argentina. Assim, a parada técnica em Natal encerra a etapa mais crítica da travessia transatlântica e consolida a cooperação entre as duas forças aéreas. Além disso, reforça a importância estratégica do Nordeste brasileiro como porta de entrada para operações de longo curso.

Como o AeroJota já havia antecipado em reportagens anteriores, a escala em Natal era tratada inicialmente como hipótese. Ela se baseava, sobretudo, na previsão de treinamentos da FAB com caças F-39E Gripen na região, incluindo exercícios de emprego de armamento sobre o mar. Nesse contexto, a presença dos F 16 argentinos em Natal se encaixava na mesma janela operacional.

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A jornada que traz os F 16 argentinos em Natal começou na Base Aérea de Skrydstrup, na Dinamarca. Até a conclusão do acordo de venda para Buenos Aires, o país europeu operava os caças em sua própria defesa aérea. A primeira perna da viagem levou as aeronaves até Zaragoza, na Espanha, em um deslocamento sem incidentes. Por isso, o trecho marcou o início operacional da transferência.

De Zaragoza, os caças seguiram para a Base Aérea de Gando, nas Ilhas Canárias, território espanhol no Oceano Atlântico. Essa ilha funciona como trampolim logístico clássico para missões que cruzam o Atlântico pela rota mais curta rumo ao Nordeste brasileiro. Desse modo, a posição avançada sobre o oceano encurta a perna mais longa do trajeto e facilita o planejamento da missão.

A partir de Gando, os F-16 iniciam a perna mais longa, cruzando o Atlântico em coordenação com aeronaves de apoio. Além dos seis caças — quatro bipostos F-16BM e dois monopostos F-16AM — a formação inclui ainda aeronaves dedicadas ao suporte da missão. Entre elas estão um KC-135R, um KC-130H Hercules e um Boeing 737 da Força Aérea Argentina. Assim, essas aeronaves são responsáveis pelo apoio logístico, pelo transporte de pessoal e, se necessário, pelo reabastecimento em voo.

Nesse contexto, a posição geográfica de Natal reduz significativamente o tempo de voo sobre o mar. Além disso, oferece uma base com infraestrutura para receber caças e aviões de apoio. Por isso, a escala dos F 16 argentinos em Natal é considerada a peça central da travessia entre Europa e Cone Sul. Ela combina segurança operacional, facilidade de controle de tráfego aéreo e coordenação com o sistema de defesa brasileiro.

Após a permanência dos F 16 argentinos em Natal até sexta-feira, a expectativa é que as aeronaves decolem rumo à Argentina. Nesse último trecho, o voo combina traslado e demonstração pública. Avisos a pilotos publicados em território argentino já preveem um sobrevoo de boas-vindas sobre Buenos Aires. Além disso, estão planejadas passagens baixas sobre áreas centrais da cidade.

O plano da Força Aérea Argentina inclui um desfile aéreo e uma apresentação inédita no céu da capital. Dessa forma, a chegada oficial dos jatos ao país ganha caráter de cerimônia pública. Depois da exibição, os caças devem seguir para base já preparada para recebê-los, como a Área Material Río Cuarto. O local passou por adaptações em hangares e oficinas para operar o novo vetor de combate.

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